domingo, outubro 30, 2011
sábado, outubro 29, 2011
sexta-feira, outubro 28, 2011
quarta-feira, outubro 26, 2011
Anatomia de uma morte exagerada
terça-feira, outubro 25, 2011
Teviter
Até há dois dias atrás, não tinha tido qualquer tipo de contacto nem com um (o Twitter), nem com outro (o 'teviter'). Com a actualização para o iOS 5.0, aderi, para já, ao Twitter (@macguffin_69). Não sei se alguma vez terei a honra de pertencer ao precursor.
sábado, outubro 22, 2011
Público e privado
sexta-feira, outubro 21, 2011
Dra. Fernanda Câncio, Dr. Carlos Zorrinho e, pasme-se, Prof. Dr. Anibal Cavaco Silva:
Isto, claro, se estiverem para aí virados. Caso contrário, podem sempre continuar a fazer de conta de que há por aí soluções alternativas indolores e cheiinhas de «equidade fiscal», que só por teimosia e maldade não se escolhem.
quinta-feira, outubro 20, 2011
É que não se perdoa
segunda-feira, outubro 17, 2011
domingo, outubro 16, 2011
À partida, onde está o problema?
Acena-se, de há uns tempos a esta parte, com um argumento grave: no que respeita aos cortes na despesa, o governo está empenhadíssimo (quiçá para lixar a malta, quiçá para dar ares de «bom aluno») em ultrapassar a troika. Exemplos: Saúde e Educação. O governo de Passos Coelho é, conclui-se com «indignação», mais «papista que o Papa».
Sem pretender achincalhar a prelecção que conduziu a tamanha conclusão, vislumbro algumas fissuras na estrutura deste notável edifício argumentativo. Se um ministro, através da reorganização e racionalização da área de governação que tutela, chegar à conclusão que pode cortar na despesa 10% em vez de 3%, não o deverá fazer? Dito doutra maneira, se o ministro da Saúde perceber que consegue, sem pôr em causa a qualidade dos serviços e os postos de trabalho, poupar 10% ao bolso dos contribuintes portugueses – através, por exemplo, da renegociação de contratos ou da reafectação de efectivos entre departamentos e secções, reduzindo os gastos de outsourcing -, deve prescindir de o fazer? Mal que pergunte, em nome de quê?
E agora algo de inesperado e escandaloso: não se (re)inventa um país num ano (nem em dois, três…)
No tumulto da rua, o mundo – vamos todos fingir que foi o mundo – assistiu à «indignação» das putativas vítimas e/ou dos intrépidos defensores da verdade (que topam a urdidura dos «ricos», do «patronato» e dos «especuladores» à distância).
Por muito que queira elaborar uma análise profunda sobre os mais recentes acontecimentos, com direito a name-dropping e a profundas conjecturas de natureza sociológica e económica, apenas consigo chegar – falha minha, certamente – a duas conclusões mesquinhas: o primeiro grupo – o dos fazedores de opinião - ou perdeu a memória ou desistiu de pensar (é o que dá tanta indignação); o segundo grupo – vulgo «povo agrilhoado» - insiste em não perceber em que país vive e em que situação nos encontramos.
Perdoem-me a indagação: não assinámos um Memorando de Entendimento com quem nos veio salvar da bancarrota, há coisa de seis meses atrás? Aquilo não era para valer? Assinámos uns papéis para ganhar tempo? O objectivo é não pagar ou, no mínimo, empatar? É assim que esperamos novas tranches do empréstimo? É assim que esperamos que nos reconheçam como um povo sério?
Em que parte do mundo ou momento da história se baixaram défices ou reduziram dívidas soberanas sem medidas recessivas? Sem dor e sacrifícios? Em que parte do mundo ou momento da história, um Estado de direito assinou um documento de auxílio financeiro com a secreta intenção de, passados poucos meses, anunciar que «não é para cumprir»? Não se fixaram metas, objectivas e mensuráveis, para consumar? Se queremos falar de reestruturação do empréstimo, vamos ter que tentar cumpri-lo. Nunca antes. Nunca ao contrário. É assim muito complicado, perceber isto?
O que o governo de Passos Coelho está a fazer é o dirty job que, muito provavelmente, nenhum governo de esquerda faria (ou, se o fizesse, desapareceria do mapa político), com origem em erros que lhe foram alheios. É preciso coragem para o fazer – e, sinceramente, nunca pensei que Passos Coelho a tivesse. Assim como nunca esperei que certos especialistas ou catedráticos da opinião, enveredassem por um discurso apocalíptico e «tremendo». No mínimo, patético.
Até ao final de 2013, vamos ter tempo para discutir como chegámos até aqui – o que aconteceu e quem foi directamente responsável pelo rumo dos acontecimentos. Vamos ter tempo para discutir que modelo de país queremos para as próximas décadas. Vamos ter tempo para exigir os cortes necessários nas mordomias e na organização do Estado. Vamos ter tempo para exigir o regresso da Ética e o fim da rapina do erário público. Mas convém perceber hoje, uma coisa simples: vamos também ter de honrar os compromissos que celebrámos. Vamos ter de assegurar os meios de cumprimento das metas.
Isso implicará uma mudança de vida. Farewell direitos adquiridos. Goodbye segundo carro ou casa própria. Au revoir férias abroad. Sejam bem-vindas as velhas profissões: o sapateiro ou a cerzideira, por exemplo. Seja bem-vindo o fim de um mundo fantasioso. Cabe-nos construir o muito que está por construir. Construímos muito pouco, nestas últimas décadas. Ao contrário do que pensamos. Vai ser difícil? Muito. Há uma maneira mais fácil de o fazer? Não.
sábado, outubro 15, 2011
sexta-feira, outubro 14, 2011
Ou há moralidade
Obrigado, Sr. Eng.
PS: descobri, agora, que a ideia não foi original. Desconhecia o post do Luis M. Jorge.
Fora do mundo
Moeda de troca
quinta-feira, outubro 13, 2011
Perceber o que aconteceu?
Ninguém ganha eleições a açoitar incessantemente um opositor, sobretudo quando o opositor é, digamos, um homem «querido», responsável por um governo do qual depende a esmagadora maioria da população (activa e passiva). Muito menos quando o grau e a forma das invectivas arriscou fazer escorregar a zurzidela para o domínio colectivo do «povo». A Esquerda – sobretudo a Esquerda mais radical – não percebeu que a raiva espelhada nas críticas a Alberto João Jardim, se travestiu de raiva contra o «povo madeirense», coisa que Alberto João Jardim aproveitou com especial prazer. «Eles gastaram - e nós, no Continente, pagámos!». O que aconteceu na Madeira seria um excelente ponto de partida para uma reflexão sobre a ineficácia de um certo tipo de discurso político radical e arrogante, carregado de ódio e tremendismo. Assim a Esquerda estivesse disposta a fazê-lo. O Dr. Louçã, por exemplo, não está para aí virado.
(originalmente publicado aqui)
segunda-feira, outubro 10, 2011
A diferença
Amarguíssima
Se o Nicholas Ray fosse vivo...
quinta-feira, outubro 06, 2011
sábado, outubro 01, 2011
Devastação, diz ele
"Depois da febre suspensiva que atacou todos os investimentos públicos significativos programados para a nossa região, o governo iniciou agora uma nova fase da sua acção de devastação, eliminando paulatinamente as estruturas desconcentradas de coordenação regional."O tom e os pressupostos que estão na base das elucubrações do líder da bancada parlamentar do PS são invariavelmente estes: “o país estava relativamente bem, sofrendo apenas um ligeiro abalo de origem externa; por culpa do PSD o país teve de pedir ajuda ao exterior, ajuda essa cujos termos o PS desconhece e em relação aos quais se está basicamente a marimbar; o governo actual está contra a região Alentejo”.
Uma mistura primária de caciquismo, amnésia e falta de sentido de responsabilidade, parece ter-se apoderado do Dr. Carlos Zorrinho (outrora actor, é bom não esquecer, da farsa socrática). Antes isso do que lançar no ar a ideia de que o Dr. Carlos Zorrinho é um demagogo que nos toma por parvos.