O MacGuffin: outubro 2011

domingo, outubro 30, 2011

sábado, outubro 29, 2011

Muito bom

sexta-feira, outubro 28, 2011

Em grande estilo

Laura Abreu Cravo e Francisco Mendes da Silva. A seguir absolutamente.

quarta-feira, outubro 26, 2011

Anatomia de uma morte exagerada

O Bruno Sena Martins foi repescar um post escrito em Agosto de 2009 (aqui), sobre o estado da blogosfera e a sua relação com os partidos.

A história está ligeiramente enviesada. É falsa a ideia de que a blogosfera lusa nasceu maioritariamente dominada por gente de direita (que, afiança o Bruno, estava à direita do PSD - uma afirmação que padece de um equivoco primário: não há, em Portugal, contiguidade possível e rigorosa entre o debate ideológico, de carácter mais teórico ou filosófico, e a doutrina partidária), a que se seguiu uma reacção de gente de esquerda. Antes, durante e imediatamente a seguir ao advento da Coluna Infame, já existiam, em mais ou menos igual número, blogues situados à esquerda com voz e espaço (não estou com isto a dizer que a Coluna Infame não foi marcante). A proliferação dos blogues de esquerda não foi, em bom rigor, reactiva relativamente aos de direita, na mesmíssima medida do contrário. Foram, ambas, reactivas face a um momento muito particular: vivia-se (e o Bruno também o refere) uma época de acesa discussão política, marcada pela guerra no Iraque e pelo pós-11 de Setembro, contexto que levou muita gente a presumir, também pela facilidade e liberdade da ferramenta, que tinha o direito e o dever de se pronunciar publicamente sobre o assunto.

A tese do Bruno incide sobre a relação partidos/blogosfera e é paralela/prima de uma outra: a da relação entre os media tradicionais e a blogosfera. A ideia de que a blogosfera perdeu gás e força por ter sido «apanhada» ou «amansada» pelos tentáculos dos partidos, ou assimilada pelos media ditos tradicionais (numa espécie de luta entre bons e inocentes vs. manhosos e interesseiros), é pouco interessante e simplista. Houve interesses legítimos, de ambas as partes, para que em parte isso sucedesse. Seria, aliás, natural que assim fosse. Por um lado, a grande maioria dos bloggers tinha a aspiração ou a expectativa de vir a ser notada pelos «grandes» e «mediáticos» (televisões e jornais). Quem disser o contrário sabe que está a mentir. Por outro, foi natural que os jornais, televisões e rádios, tentassem assimilar os melhores que se movimentavam no «submundo» blogosférico: havia gente de qualidade (logo apetecível) em acção num novo e admirável espaço de intervenção que importava explorar (a internet), tanto mais que nele decorria um desaforado escrutínio dos próprios media. No caso dos partidos, idem. Seria impensável que as máquinas partidárias não lançassem os respectivos apaniguados (os assumidos e os dissimulados) a exercer os seus deveres de proselitismo e, sempre que possível, a «aburguesar» os interessados.

O saldo final? Não é negativo. Se é verdade que a blogosfera perdeu um pouco do gás de outrora – não esquecer o facto da geração seguinte ter optado, por falta de tempo ou de jeito, preguiça ou desinteresse, pelas «benditas» redes sociais - não é menos verdade que a assimilação de gente oriunda da blogosfera reavivou o debate nos meios ditos tradicionais e, ainda que muito pouco, ajudou a renovar o ar nos partidos.

Em penúltimo caso, pode sempre perguntar-se: por que razão não escreves tu mais, Bruno? (género «onde estavas tu no 25 de Abril?»). Em último caso: terá sido a blogosfera assim tão importante?

terça-feira, outubro 25, 2011

Teviter

Há um senhor empregado de um restaurante em Évora, que jura a pés juntos ter inventado o Twitter. Ou o sistema que mais tarde viria a ser utilizado pelo Twitter. "Já em mil novecentos e troca o passo, comunicava com amigos através de um sistema igual ao utilizado pelo 'teviter'" (é assim que ele pronuncia o sistema de micro-blogging, desenvolvido por Jack Dorsey).

Até há dois dias atrás, não tinha tido qualquer tipo de contacto nem com um (o Twitter), nem com outro (o 'teviter'). Com a actualização para o iOS 5.0, aderi, para já, ao Twitter (@macguffin_69). Não sei se alguma vez terei a honra de pertencer ao precursor.

sábado, outubro 22, 2011

Público e privado

Escutava ontem, no Expresso da Meia-Noite (SIC-N), o Prof. Dr. Paulo Trigo Pereira a perorar sobre a tenebrosa e potencial clivagem social entre funcionários públicos e funcionários do sector privado, e ocorreu-me pensar como tudo aquilo é estranho e, no limite, uma grandessíssima treta. Há gente que parece retida há décadas na malha urbana das grandes cidades, e nos respectivos corredores académicos, não se dando conta de que existe um mundo «lá fora» que teima, de quando em vez, em não encaixar nos modelos e na pitoresca percepção dos teóricos das Finanças Públicas.

Os especialistas andam empenhadíssimos em esquecer o óbvio. Como disse um dia Orwell, afundámo-nos a um ponto em que reafirmar o óbvio constitui o dever dos homens inteligentes. Eu, que estou longe de ser particular ou genericamente inteligente, não tenho grandes problemas, neste caso, em arriscar o óbvio, de tão óbvio que é: as medidas de controlo do défice, por inerência recessivas (no fundo, pretende-se uma redução de custos e um re-enfoque sério nas questões da rentabilidade e da produtividade), irão provocar um nivelamento automático das remunerações no sector privado. Fatal como o destino. De um modo geral, a esmagadora maioria das PME vai tentar, e em última análise conseguir, contratar por menos dinheiro, cortar nos prémios, bónus e outros instrumentos remuneratórios de quem já trabalha e, desgraçadamente, despedir trabalhadores. Sem esquecer que um aumento de meia hora por dia útil de trabalho, equivale a um decréscimo remuneratório na casa dos 6%. Na função pública, isso só acontece por vontade e acção directa dos governos. Que se saiba, não foram anunciados despedimentos em massa. A categoria «empregos de longa duração» permanecerá quietinha e quentinha no colo do Estado. Funcionários, sindicatos e putativos defensores do sector público, deveriam saber que a moeda de troca (ganhar temporariamente menos vs. perder o emprego) é supimpa.

Bem pode o Prof. Dr. Paulo Trigo Pereira afastar do seu discurso a nuvem negra da clivagem social. Ele sabe que uns sabem que os outros sabem que aqueles sabem quem está mais sujeito a engrossar as filas nos Centros de Emprego.

sexta-feira, outubro 21, 2011

Dra. Fernanda Câncio, Dr. Carlos Zorrinho e, pasme-se, Prof. Dr. Anibal Cavaco Silva:

falem-nos de alternativas c-o-n-c-r-e-t-a-s. Se for possível, claro. E, claro, partindo do princípio de que V. Exas. defendem o cumprimentos do acordado com a troika. E, obviamente, partindo do princípio de que conhecem os termos do memorando de entendimento, que passo a relembrar, não a V. Exas., que tudo parecem saber, mas aos leigos e distraídos desta vida: em troca de um empréstimo, pago em tranches, o Estado português compromete-se a cumprir as metas orçamentais fixadas no acordo.

Isto, claro, se estiverem para aí virados. Caso contrário, podem sempre continuar a fazer de conta de que há por aí soluções alternativas indolores e cheiinhas de «equidade fiscal», que só por teimosia e maldade não se escolhem.

quinta-feira, outubro 20, 2011

É que não se perdoa

António Pires de Lima afirmou que tem faltado ao ministro da Economia, «peso político». É um facto comprovado: quem assistiu, no início de Outubro, à peixeirada que teve lugar na Comissão de Economia, com a Dra. Ana Paula Vitorino, a Dra. Heloisa Apolónia e o Dr. Paulo Campos em registo histérico e tresloucado, percebe do que fala António Pires de Lima. No fundo, o que se exige a quem ocupa o lugar de ministro, é valentia na picardia, jeitinho na contra-argumentação, gestos coléricos e heróicos, voz grossa e olhar de lanceta. Luz, cor, emoção, espectáculo. O nosso Álvaro é um educado, um cordato, um discreto. Numa expressão: um «copinho de leite». Isso não se perdoa, na arena mediática. Morte ao Álvaro. Já.

segunda-feira, outubro 17, 2011

domingo, outubro 16, 2011

À partida, onde está o problema?

Acena-se, de há uns tempos a esta parte, com um argumento grave: no que respeita aos cortes na despesa, o governo está empenhadíssimo (quiçá para lixar a malta, quiçá para dar ares de «bom aluno») em ultrapassar a troika. Exemplos: Saúde e Educação. O governo de Passos Coelho é, conclui-se com «indignação», mais «papista que o Papa».


Sem pretender achincalhar a prelecção que conduziu a tamanha conclusão, vislumbro algumas fissuras na estrutura deste notável edifício argumentativo. Se um ministro, através da reorganização e racionalização da área de governação que tutela, chegar à conclusão que pode cortar na despesa 10% em vez de 3%, não o deverá fazer? Dito doutra maneira, se o ministro da Saúde perceber que consegue, sem pôr em causa a qualidade dos serviços e os postos de trabalho, poupar 10% ao bolso dos contribuintes portugueses – através, por exemplo, da renegociação de contratos ou da reafectação de efectivos entre departamentos e secções, reduzindo os gastos de outsourcing -, deve prescindir de o fazer? Mal que pergunte, em nome de quê?

E agora algo de inesperado e escandaloso: não se (re)inventa um país num ano (nem em dois, três…)

No remanso do lar, Pedro Marques Lopes, Pedro Adão e Silva, Miguel Sousa Tavares, Daniel Oliveira, Nicolau Santos, Basílio Horta, Boaventura Sousa Santos... Amigos, ex-amigos, apoiantes, detractores, simpatizantes, gente simplesmente indiferente à figura de Pedro Passos Coelho. A lista é infindável, o denominador comum: 1) fomos enganados; 2) as medidas são recessivas, logo suicidas; 3) contra o abismo, recuar recuar.

No tumulto da rua, o mundo – vamos todos fingir que foi o mundo – assistiu à «indignação» das putativas vítimas e/ou dos intrépidos defensores da verdade (que topam a urdidura dos «ricos», do «patronato» e dos «especuladores» à distância).

Por muito que queira elaborar uma análise profunda sobre os mais recentes acontecimentos, com direito a name-dropping e a profundas conjecturas de natureza sociológica e económica, apenas consigo chegar – falha minha, certamente – a duas conclusões mesquinhas: o primeiro grupo – o dos fazedores de opinião - ou perdeu a memória ou desistiu de pensar (é o que dá tanta indignação); o segundo grupo – vulgo «povo agrilhoado» - insiste em não perceber em que país vive e em que situação nos encontramos.

Perdoem-me a indagação: não assinámos um Memorando de Entendimento com quem nos veio salvar da bancarrota, há coisa de seis meses atrás? Aquilo não era para valer? Assinámos uns papéis para ganhar tempo? O objectivo é não pagar ou, no mínimo, empatar? É assim que esperamos novas tranches do empréstimo? É assim que esperamos que nos reconheçam como um povo sério?

Em que parte do mundo ou momento da história se baixaram défices ou reduziram dívidas soberanas sem medidas recessivas? Sem dor e sacrifícios? Em que parte do mundo ou momento da história, um Estado de direito assinou um documento de auxílio financeiro com a secreta intenção de, passados poucos meses, anunciar que «não é para cumprir»? Não se fixaram metas, objectivas e mensuráveis, para consumar? Se queremos falar de reestruturação do empréstimo, vamos ter que tentar cumpri-lo. Nunca antes. Nunca ao contrário. É assim muito complicado, perceber isto?

O que o governo de Passos Coelho está a fazer é o dirty job que, muito provavelmente, nenhum governo de esquerda faria (ou, se o fizesse, desapareceria do mapa político), com origem em erros que lhe foram alheios. É preciso coragem para o fazer – e, sinceramente, nunca pensei que Passos Coelho a tivesse. Assim como nunca esperei que certos especialistas ou catedráticos da opinião, enveredassem por um discurso apocalíptico e «tremendo». No mínimo, patético.

Até ao final de 2013, vamos ter tempo para discutir como chegámos até aqui – o que aconteceu e quem foi directamente responsável pelo rumo dos acontecimentos. Vamos ter tempo para discutir que modelo de país queremos para as próximas décadas. Vamos ter tempo para exigir os cortes necessários nas mordomias e na organização do Estado. Vamos ter tempo para exigir o regresso da Ética e o fim da rapina do erário público. Mas convém perceber hoje, uma coisa simples: vamos também ter de honrar os compromissos que celebrámos. Vamos ter de assegurar os meios de cumprimento das metas.

Isso implicará uma mudança de vida. Farewell direitos adquiridos. Goodbye segundo carro ou casa própria. Au revoir férias abroad. Sejam bem-vindas as velhas profissões: o sapateiro ou a cerzideira, por exemplo. Seja bem-vindo o fim de um mundo fantasioso. Cabe-nos construir o muito que está por construir. Construímos muito pouco, nestas últimas décadas. Ao contrário do que pensamos. Vai ser difícil? Muito. Há uma maneira mais fácil de o fazer? Não.

sábado, outubro 15, 2011

Artigo 297.º, Sr. Teixeira Lopes

Excelente post - simples, directo, em cheio - do Gabriel Silva.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Ou há moralidade

Ao contrário do que se irá dizer dentro de muito poucas horas – invocando-se os perigos de uma eventual caça às bruxas ou de uma suposta judicialização da política – é fundamental, para o futuro da nossa democracia, que este trabalho de apuramento de responsabilidades seja feito até ao fim, independentemente do valor probatório conducente à criminalização deste ou daquele acto. Em Portugal, a noção de ‘accountability’ continua a não deixar raízes. Não há meio dissuasor mais eficaz do que este: saber-se que as acções e decisões de quem desempenhou cargos públicos de governação ou direcção, serão passadas a pente fino. E que os responsáveis, se não julgados, serão publicamente chamados à pedra. Boa tarde também para si, Sr. Paulo Campos.

Novo hino

Obrigado, Sr. Eng.

Já recebemos a facturinha.


PS: descobri, agora, que a ideia não foi original. Desconhecia o post do Luis M. Jorge.

Fora do mundo

Ouvem-se os representantes da esquerda portuguesa, e fica-se com a sensação de que não vivem neste mundo. Luis Fazenda, por exemplo, preconiza, como alternativa às medidas de austeridade, «mais investimento público». Carlos Zorrinho, e a generalidade dos socialistas, insistem na mais recente efabulação socretina, disfarçada de uma putativa «dúvida quanto natureza do desvio»: foram estes quatro meses de governo que trouxeram o país até aqui. Bernardino Soares, em registo apopléctico, zurzia, ontem, contra as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, sem dizer o que faria em alternativa (nacionalização da banca e dos meios de produção, de acordo com o interesse colectivo? Prender os ricos e os «especuladores»? Substituir o patronato por comissões de trabalhadores? Criar dois escalões de IRS: um para ricos, a 80%, e um para os pobres, a 0%? Até hoje, ninguém sabe). Parafraseando o Francisco José Viegas, que parte da frase «não há dinheiro» não perceberam?

Moeda de troca

Ok: aceito e compreendo as medidas de austeridade ontem anunciadas. Nenhum primeiro-ministro as anunciaria com prazer ou motivado por desígnios ideológicos. Mas há uma coisa que quero exigir deste primeiro-ministro, como moeda de troca: o fim da imoralidade na gestão da coisa pública. Exemplo: não quero continuar a sustentar o monstro que dá pelo nome de RTP. You scratch my back and I'll scratch yours.

Primeira consequência das medidas ontem anunciadas

Mais 30 minutos para o Farmville.

quinta-feira, outubro 13, 2011

Perceber o que aconteceu?

O resultado da Esquerda nas eleições regionais da Madeira, tem origem num equívoco. Ou, se quiserem, numa incompreensão.

Ninguém ganha eleições a açoitar incessantemente um opositor, sobretudo quando o opositor é, digamos, um homem «querido», responsável por um governo do qual depende a esmagadora maioria da população (activa e passiva). Muito menos quando o grau e a forma das invectivas arriscou fazer escorregar a zurzidela para o domínio colectivo do «povo». A Esquerda – sobretudo a Esquerda mais radical – não percebeu que a raiva espelhada nas críticas a Alberto João Jardim, se travestiu de raiva contra o «povo madeirense», coisa que Alberto João Jardim aproveitou com especial prazer. «Eles gastaram - e nós, no Continente, pagámos!». O que aconteceu na Madeira seria um excelente ponto de partida para uma reflexão sobre a ineficácia de um certo tipo de discurso político radical e arrogante, carregado de ódio e tremendismo. Assim a Esquerda estivesse disposta a fazê-lo. O Dr. Louçã, por exemplo, não está para aí virado.

(originalmente publicado aqui)

segunda-feira, outubro 10, 2011

A diferença

"The only problem with Microsoft is they just have no taste. They have absolutely no taste. And I don’t mean that in a small way, I mean that in a big way, in the sense that they don’t think of original ideas, and they don’t bring much culture into their products." Steve Jobs (daqui)



Amarguíssima

Título pândego da semana: "Madeira dá vitória amarga a Jardim" (revista Sábado).

Se o Nicholas Ray fosse vivo...

quinta-feira, outubro 06, 2011

sábado, outubro 01, 2011

Devastação, diz ele

Num jornal de Évora (Diário do Sul), onde mantém há uma série de anos uma crónica semanal, o Dr. Carlos Zorrinho escreveu isto:
"Depois da febre suspensiva que atacou todos os investimentos públicos significativos programados para a nossa região, o governo iniciou agora uma nova fase da sua acção de devastação, eliminando paulatinamente as estruturas desconcentradas de coordenação regional."
O tom e os pressupostos que estão na base das elucubrações do líder da bancada parlamentar do PS são invariavelmente estes: “o país estava relativamente bem, sofrendo apenas um ligeiro abalo de origem externa; por culpa do PSD o país teve de pedir ajuda ao exterior, ajuda essa cujos termos o PS desconhece e em relação aos quais se está basicamente a marimbar; o governo actual está contra a região Alentejo”.

Uma mistura primária de caciquismo, amnésia e falta de sentido de responsabilidade, parece ter-se apoderado do Dr. Carlos Zorrinho (outrora actor, é bom não esquecer, da farsa socrática). Antes isso do que lançar no ar a ideia de que o Dr. Carlos Zorrinho é um demagogo que nos toma por parvos.
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