Fora do mundo
Ouvem-se os representantes da esquerda portuguesa, e fica-se com a sensação de que não vivem neste mundo. Luis Fazenda, por exemplo, preconiza, como alternativa às medidas de austeridade, «mais investimento público». Carlos Zorrinho, e a generalidade dos socialistas, insistem na mais recente efabulação socretina, disfarçada de uma putativa «dúvida quanto natureza do desvio»: foram estes quatro meses de governo que trouxeram o país até aqui. Bernardino Soares, em registo apopléctico, zurzia, ontem, contra as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, sem dizer o que faria em alternativa (nacionalização da banca e dos meios de produção, de acordo com o interesse colectivo? Prender os ricos e os «especuladores»? Substituir o patronato por comissões de trabalhadores? Criar dois escalões de IRS: um para ricos, a 80%, e um para os pobres, a 0%? Até hoje, ninguém sabe). Parafraseando o Francisco José Viegas, que parte da frase «não há dinheiro» não perceberam?
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