Dra. Fernanda Câncio, Dr. Carlos Zorrinho e, pasme-se, Prof. Dr. Anibal Cavaco Silva:
falem-nos de alternativas c-o-n-c-r-e-t-a-s. Se for possível, claro. E, claro, partindo do princípio de que V. Exas. defendem o cumprimentos do acordado com a troika. E, obviamente, partindo do princípio de que conhecem os termos do memorando de entendimento, que passo a relembrar, não a V. Exas., que tudo parecem saber, mas aos leigos e distraídos desta vida: em troca de um empréstimo, pago em tranches, o Estado português compromete-se a cumprir as metas orçamentais fixadas no acordo.
Isto, claro, se estiverem para aí virados. Caso contrário, podem sempre continuar a fazer de conta de que há por aí soluções alternativas indolores e cheiinhas de «equidade fiscal», que só por teimosia e maldade não se escolhem.
Isto, claro, se estiverem para aí virados. Caso contrário, podem sempre continuar a fazer de conta de que há por aí soluções alternativas indolores e cheiinhas de «equidade fiscal», que só por teimosia e maldade não se escolhem.
2 Comentários:
Alternativa concreta: reter 50% dos subsídios de natal e férias enquanto for necessário a todos os trabalhadores dos sectores público e privado que recebem acima dos mil euros líquidos. Ou há democracia ou comem todos! E se vão às reformas e pensões é para tocar em todas (sem excepção, acima do montante referido).
Ricardo, dois ou três ou quatro ou cinco comentários:
1. O corte nos subsídios da função pública tem a natureza de corte na despesa (sendo o próprio Estado o empregador, trata-se de reduzir, temporariamente, os custos com pessoal), os cortes nos subsídios do sector privado têm a natureza de imposto (diminuição do défice por via do aumento da receita);
2. O “ou há democracia ou comem todos” não pode ser invocado pela simples razão de haver, à partida, uma enorme diferença comparativa: o pessoal da função pública, dos quadros, não tem pesadelos com filas de desemprego. Uma grande diferença, repito;
3. Em média, os ordenados da função pública são superiores que os da função privada;
4. A depressão atinge, acima de tudo, o pessoal do sector privado (assalariados e patrões);
5. Sou sensível aos cortes nas pensões. Volta a ser infinitamente injusto «roubar» quem trabalhou uma vida inteira, sobretudo gente que aufere pensões entre 500€ e 1.000€.
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