BARRETO, ANTÓNIO
"Sou de esquerda, detesto viver na desigualdade, abomino os privilégios de condição e desejo que as sociedades evoluam no sentido do aumento do poder dos que o não têm e da diminuição ou da contenção dos que o têm em excesso. Não tenho muito respeito pela direita portuguesa, que tão pouco contribuiu, no século XX, para a liberdade dos portugueses. Nem qualquer fascínio pelos ricos e poderosos nacionais, em cujos patéticos exemplos de sofreguidão, subserviência e autismo não é possível fundar um esforço de desenvolvimento. Mas não me reconheço nas políticas ditas de esquerda em vigor no meu país. Não partilho a sua agressividade boçal, nem a sua arrogância própria dos "moralmente superiores" e dos "intelectualmente dotados". Não me revejo na sua dúplice atitude ou na sua complacência criminosa diante da violência e do terrorismo. Não aceito a sua permanente vontade de gastar o que não se produz e distribuir o que não se poupou e lamento a sua confrangedora irresponsabilidade. Não me identifico com a sua viciosa propensão a recompensar a facilidade, a mediocridade e a aldrabice. Nem adopto a facilidade com que despreza o mérito ou é capaz de deixar entre parêntesis os direitos individuais. O que não me transforma em homem de direita."
"Sou de esquerda, detesto viver na desigualdade, abomino os privilégios de condição e desejo que as sociedades evoluam no sentido do aumento do poder dos que o não têm e da diminuição ou da contenção dos que o têm em excesso. Não tenho muito respeito pela direita portuguesa, que tão pouco contribuiu, no século XX, para a liberdade dos portugueses. Nem qualquer fascínio pelos ricos e poderosos nacionais, em cujos patéticos exemplos de sofreguidão, subserviência e autismo não é possível fundar um esforço de desenvolvimento. Mas não me reconheço nas políticas ditas de esquerda em vigor no meu país. Não partilho a sua agressividade boçal, nem a sua arrogância própria dos "moralmente superiores" e dos "intelectualmente dotados". Não me revejo na sua dúplice atitude ou na sua complacência criminosa diante da violência e do terrorismo. Não aceito a sua permanente vontade de gastar o que não se produz e distribuir o que não se poupou e lamento a sua confrangedora irresponsabilidade. Não me identifico com a sua viciosa propensão a recompensar a facilidade, a mediocridade e a aldrabice. Nem adopto a facilidade com que despreza o mérito ou é capaz de deixar entre parêntesis os direitos individuais. O que não me transforma em homem de direita."
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