MacGuffin's Jukebox (summer edition)
É Verão. E há músicas que fazem lembrar o Verão.
a.k.a. Contra a Corrente
"Sou reaccionário. A minha reacção é contra tudo o que não presta." Nelson Rodrigues
Eu vivo a sonhar
Não pensem mal de mim
Quanto mais não vale
Viver a vida assim
Nas asas do sonho
É bom andar sem norte
Não preciso vistos
Nem uso passaporte"
DREN não quer professores que dão notas "distantes da média" a classificar exames
De acordo com um relato de um professor escrito em acta, a directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, pediu aos conselhos executivos das escolas para terem atenção na escolha dos docentes que vão corrigir os exames, e disse que “talvez fosse útil excluir de correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações muito distantes da média.” Os “alunos têm direito a ter sucesso” e o que “honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos” terá dito imediatamente antes e depois.
União Europeia
A actual União Europeia já merecia um filme e eu, modestamente, tenho realizador para ele: Francis Ford Coppola, obviamente. Depois de "O Padrinho", seria fácil montar uma fita sobre as fitas que a União faz para construir uma Europa sem europeus.
E como se processa essa "construção"? Para citar Vito Corleone, fazendo propostas que os outros não podem recusar. Porque, se recusam, acordam com uma cabeça de cavalo entre os lençóis.
Durante meses, Bruxelas foi a família Corleone, ameaçando e chantageando os pobres irlandeses para que votassem num único sentido. Por definição, um referendo tem duas respostas possíveis; para a família, tem apenas uma, o que mostra desde logo a farsa democrática em que a União se sustenta.
Conhecidos os resultados irlandeses, com um expressivo "não" ao Tratado de Lisboa, a família não baixou os braços. E se alguém relembra que o Tratado precisa de ser ratificado pelos 27, coisa que o referendo irlandês teoricamente enterrou, a família não perde tempo e desata a rasgar as suas próprias leis.
O Tratado não está morto, disse a família, e acrescentou que os restantes membros devem ratificá-lo sem demora. A Irlanda, presume-se, será posta de castigo para pensar outra vez. Como aconteceu com o Tratado de Nice, em 2001. A prazo, os irlandeses serão reconduzidos às urnas e, com a arma apontada, obrigados a votar no sentido que a família recomenda. Ninguém gosta de acordar com uma cabeça de cavalo entre os lençóis.
Pessoalmente, nada disto me espanta. O que espanta é a alegre desvergonha da elite europeia que nem sequer oculta os seus procedimentos autoritários; procedimentos que repugnam qualquer democrata verdadeiramente liberal.
Mas não só. O espanto de hoje será coisa pouca perante o espanto de amanhã: ao ignorar e violentar as escolhas livres dos seus povos, a União Europeia está a semear o extremismo nacionalista que um dia despertará contra ela. E que despertará com uma violência política que transforma o referendo irlandês numa brincadeira de crianças.
”A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou hoje que o exame nacional de 9.º ano da disciplina foi o "mais fácil" desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo. Também a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) criticou o reduzido grau de dificuldade do exame, sublinhando que "a nivelação por baixo" poderá ter custos futuros "muito graves".
"Na generalidade, a prova é mais acessível e mais fácil do que nos anos anteriores. Algumas questões poderiam ser resolvidas por alunos do 2º ciclo", defendeu Sónia Figueirinhas, vice-presidente da APM.
Perto de 100 mil alunos realizaram hoje o exame nacional de Matemática, que se realiza desde 2005. O ano passado, 72,8 por cento dos estudantes tiveram nota negativa, quando em 2006 a percentagem de chumbos no teste situava-se nos 63 por cento.
"Em algumas questões ficou aquém das competências e conhecimentos que os alunos no final do 9.º ano deveriam ter. Se em exames anteriores as questões eram mais elaboradas e difíceis, não há razão para que este ano também não fossem", acrescentou.”