Not so fast
É óbvio, demasiado óbvio até, que estamos no plano das opiniões pessoalíssimas. Mas insisto que se trata de um erro apontar um «campeão» de entre uma galeria de notáveis e geniais criadores e/ou interpretes. Voltando ao Coltrane, considero, por exemplo, a sua fase Blue Train como a mais perfeita. Nota máxima, sem margem para dúvidas ou salamaleques. Mas confesso que, com o tempo, passei a distinguir este Coltrane de um Coltrane completamente alucinado que por vezes tocava de forma disparatada e histérica, passando do terreno da originalidade para o do 'eu já não sei muito bem o que estou para aqui a fazer'. Repito: é a minha opinião. Mas em matéria de jazz e da sua longa e gloriosa história, manda a prudência não cair na tentação de eleger um «monstro sagrado» ou uma «sumidade» inacessível. Por razões, para mim, óbvias. Até breve, então.