Desobediência Civil my ass!
É claro que o Bloco de Esquerda está metido no assunto. Se não está, disfarça muito mal. Três exemplos.
As declarações de Miguel Portas roçam o patético e atentam contra a inteligência alheia. Falar em «desobediência civil» num caso destes é completamente cretino. O Thoreau limitou-se, no seu tempo, a deixar de pagar um imposto como forma de protesto contra a Fugitive Slave Law. A «desobediência civil» pressupõe a renúncia à violência como forma de luta contra potenciais ou reais injustiças. Gandhi percebeu-o. E percebeu que só assim faz sentido, sob pena da mesma se diluir no enorme caldeirão das formas de protesto injustas, criminosas, contrárias ao objectivo inicial. O que se passou naquela propriedade agrícola foi pura e simplesmente um acto de vandalismo. Nada mais há a acrescentar. Qualquer ponderação ou contextualização atenuadora é uma forma de benevolência cúmplice. A própria passividade da GNR é vergonhosa.
O distanciamento de Daniel Oliveira é pífio. Ainda que «difíceis», acaba a aceitar as teses de «desobediência civil»; coloca em hipótese «ponderar» sobre o vandalismo desde que devidamente emoldurado em «justificações» maiores, como seja a existência de «um consenso social sobre a matéria» (e quem o decreta: O Daniel? O Bloco de Esquerda?); e deixa no ar a ideia de que, dando de barato que o direito à propriedade não é um «direito absoluto», a acção só pecou por ser contraproducente.
Por último, Francisco Louçã vestiu a habitual casaca de virgem ofendida e, puxando do seu hiper-moralismo de pacotilha, revelou uma violência verbal que o coloca a pouca distância intelectual dos artistas que organizaram o suposto acto de «desobediência civil». Pronto, está bem: o BE não tem nada que ver com o assunto. Acredite quem quiser.
As declarações de Miguel Portas roçam o patético e atentam contra a inteligência alheia. Falar em «desobediência civil» num caso destes é completamente cretino. O Thoreau limitou-se, no seu tempo, a deixar de pagar um imposto como forma de protesto contra a Fugitive Slave Law. A «desobediência civil» pressupõe a renúncia à violência como forma de luta contra potenciais ou reais injustiças. Gandhi percebeu-o. E percebeu que só assim faz sentido, sob pena da mesma se diluir no enorme caldeirão das formas de protesto injustas, criminosas, contrárias ao objectivo inicial. O que se passou naquela propriedade agrícola foi pura e simplesmente um acto de vandalismo. Nada mais há a acrescentar. Qualquer ponderação ou contextualização atenuadora é uma forma de benevolência cúmplice. A própria passividade da GNR é vergonhosa.
O distanciamento de Daniel Oliveira é pífio. Ainda que «difíceis», acaba a aceitar as teses de «desobediência civil»; coloca em hipótese «ponderar» sobre o vandalismo desde que devidamente emoldurado em «justificações» maiores, como seja a existência de «um consenso social sobre a matéria» (e quem o decreta: O Daniel? O Bloco de Esquerda?); e deixa no ar a ideia de que, dando de barato que o direito à propriedade não é um «direito absoluto», a acção só pecou por ser contraproducente.
Por último, Francisco Louçã vestiu a habitual casaca de virgem ofendida e, puxando do seu hiper-moralismo de pacotilha, revelou uma violência verbal que o coloca a pouca distância intelectual dos artistas que organizaram o suposto acto de «desobediência civil». Pronto, está bem: o BE não tem nada que ver com o assunto. Acredite quem quiser.
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