Cerume?
Freitas do Amaral falava ontem aos jornalistas. Explicava as razões do silêncio e da putativa mudança de opinião sobre as relações transatlânticas - alegando que "as atitudes mudam muito com as alterações das circunstâncias" - quando, a meio da conversa franca, e perante as câmaras e os alunos, o professor levou o dedo mindinho da mão esquerda na direcção da expansão lamelar que constitui a parte externa do ouvido externo (vulgo «orelha»), tendo o mesmo penetrado, num movimento contínuo, o denominado pavilhão auricular para, daí a segundos, se retirar com qualquer coisa apensa, facto que levou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, num assomo de honestidade intelectual, a baixar os olhos para observar que tipo de partícula ou objecto se tratava (podia ser, por exemplo, um microscópico microfone espião, um besouro ou um simples e tranquilo naco de cera), acção a que se juntou, de imediato, a mão direita para efeitos de removimento. E digo mais: temos homem.
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