CORREIO
R. Camilo, via email, contesta a minha ‘posta’ sobre o Pastilhas:
”Vai-me desculpar, mas há uma grande diferença: a Coluna Infame deu origem a 2 blogs muito bons, dicionario do diabo (que era, juntamente com o abrupto, o melhor blog português) e o jpcoutinho.com; do pastilhas, do "grupo de pessoas absolutamente fantásticas ", não 'saiu' nenhum blog que valha VERDADEIRAMENTE a pena ler. São todos interessantes, competentes, digamos
assim, todos mais ou menos iguais, mas falta o génio, que o MEC, e só ele,
fornecia ao Pastilhas. Usando uma metáfora futebolistica, já que estão na
moda, é como o Porto: com os mesmos jogadores, mas sem o Mourinho, a equipa
nunca mais vai fazer nada.
É por isso que a Coluna Infame é que vai ficar na história dos blogs. C'est
la vie.
Atentamente,
R.Camilo”
Caro Camilo,
Vamos por partes porque a confusão é muita:
1. Eu não comparei o Pastilhas e os blogues criados, mais tarde, pelos seus participantes, com a Coluna Infame e os blogues que dela nasceram. Não disse que uns eram melhores que outros. Nunca iria por aí. A Coluna Infame continuará a ser a referência. Mas tão próximos me foram (e são) uns, como foram (e são) outros. É claro que a blogosfera lusa não seria a mesma sem a presença do João Pereira Coutinho, do Pedro Mexia ou do Pedro Lomba. Seria, certamente, um lugar menos interessante. Pelo contrário: se o Contra a Corrente acabasse, pouca gente daria por isso e certamente não deixaria saudades. Mas, ainda assim lhe digo: a blogosfera está cheia de excelentes blogues que importa visitar e acariciar. A lista que mantenho aqui ao lado não me deixa mentir;
2. O formato convencional de ‘weblog’, tal como nós agora o conhecemos, não encaixa no formato do Pastilhas. Mas o Pastilhas continha um Fórum onde eram discutidos os mais diversos assuntos. A esse Fórum só se acedia através de um ‘login’, de forma a publicar textos ou colocar comentários. Para todos os efeitos, o Fórum era um blogue colectivo;
3. Esse blogue colectivo (o Fórum) funcionava, quase sempre, sem a participação activa do MEC - o qual se «limitava» a colocar as suas geniais crónicas na ‘frontpage’ e a atender os seus “doentes” no Consultório. Só por ignorância ou má-fé se pode dizer que, mesmo sem a participação do MEC, o Fórum tenha sido uma coisa sofrível ou dispensável. O nível qualitativo de certos textos e de certos tópicos era bastante elevado;
4. “O grupo de pessoas absolutamente fantásticas” surge de uma apreciação meramente pessoal, carregada daquela subjectividade que advém da proximidade que mantivemos, e ainda mantemos, com determinadas pessoas. Pessoas com quem trocámos, ao longo de mais de dois anos, muita opinião, cumplicidade, etc. – tudo isso à volta dessa figura quase tutelar chamada Miguel Esteves Cardoso;
5. Quanto ao “não saiu nenhum blogue que valha verdadeiramente a pena ler”, considero-a uma opinião subjectiva e, se me é permitido, sem qualquer fundamento.
6. Por último, o sentimento: devo ao Pastilhas momentos inesquecíveis. Aprendi muito com o MEC e com essas pessoas “fantásticas” que por lá passaram, ao longo de quase três anos. Foi uma experiência gratificante. Mas, lá está: declaração objectivamente subjectiva.
R. Camilo, via email, contesta a minha ‘posta’ sobre o Pastilhas:
”Vai-me desculpar, mas há uma grande diferença: a Coluna Infame deu origem a 2 blogs muito bons, dicionario do diabo (que era, juntamente com o abrupto, o melhor blog português) e o jpcoutinho.com; do pastilhas, do "grupo de pessoas absolutamente fantásticas ", não 'saiu' nenhum blog que valha VERDADEIRAMENTE a pena ler. São todos interessantes, competentes, digamos
assim, todos mais ou menos iguais, mas falta o génio, que o MEC, e só ele,
fornecia ao Pastilhas. Usando uma metáfora futebolistica, já que estão na
moda, é como o Porto: com os mesmos jogadores, mas sem o Mourinho, a equipa
nunca mais vai fazer nada.
É por isso que a Coluna Infame é que vai ficar na história dos blogs. C'est
la vie.
Atentamente,
R.Camilo”
Caro Camilo,
Vamos por partes porque a confusão é muita:
1. Eu não comparei o Pastilhas e os blogues criados, mais tarde, pelos seus participantes, com a Coluna Infame e os blogues que dela nasceram. Não disse que uns eram melhores que outros. Nunca iria por aí. A Coluna Infame continuará a ser a referência. Mas tão próximos me foram (e são) uns, como foram (e são) outros. É claro que a blogosfera lusa não seria a mesma sem a presença do João Pereira Coutinho, do Pedro Mexia ou do Pedro Lomba. Seria, certamente, um lugar menos interessante. Pelo contrário: se o Contra a Corrente acabasse, pouca gente daria por isso e certamente não deixaria saudades. Mas, ainda assim lhe digo: a blogosfera está cheia de excelentes blogues que importa visitar e acariciar. A lista que mantenho aqui ao lado não me deixa mentir;
2. O formato convencional de ‘weblog’, tal como nós agora o conhecemos, não encaixa no formato do Pastilhas. Mas o Pastilhas continha um Fórum onde eram discutidos os mais diversos assuntos. A esse Fórum só se acedia através de um ‘login’, de forma a publicar textos ou colocar comentários. Para todos os efeitos, o Fórum era um blogue colectivo;
3. Esse blogue colectivo (o Fórum) funcionava, quase sempre, sem a participação activa do MEC - o qual se «limitava» a colocar as suas geniais crónicas na ‘frontpage’ e a atender os seus “doentes” no Consultório. Só por ignorância ou má-fé se pode dizer que, mesmo sem a participação do MEC, o Fórum tenha sido uma coisa sofrível ou dispensável. O nível qualitativo de certos textos e de certos tópicos era bastante elevado;
4. “O grupo de pessoas absolutamente fantásticas” surge de uma apreciação meramente pessoal, carregada daquela subjectividade que advém da proximidade que mantivemos, e ainda mantemos, com determinadas pessoas. Pessoas com quem trocámos, ao longo de mais de dois anos, muita opinião, cumplicidade, etc. – tudo isso à volta dessa figura quase tutelar chamada Miguel Esteves Cardoso;
5. Quanto ao “não saiu nenhum blogue que valha verdadeiramente a pena ler”, considero-a uma opinião subjectiva e, se me é permitido, sem qualquer fundamento.
6. Por último, o sentimento: devo ao Pastilhas momentos inesquecíveis. Aprendi muito com o MEC e com essas pessoas “fantásticas” que por lá passaram, ao longo de quase três anos. Foi uma experiência gratificante. Mas, lá está: declaração objectivamente subjectiva.
1 Comentários:
gosto sempre de uma boa e velha "troca de galhardetes em blog". Não se acanhem meninos, não se acanhem. E no final apontem o resultado que a todos importa: "afinal quem é que ganha?" É só isso que importa!
abr.
JAP
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