Um socialista será sempre um socialista
“A desvalorização cambial tem sido apresentada como a única alternativa à desvalorização interna para melhorar a competitividade-preço da nossa economia. Não é no entanto verdade que seja a única e muito menos a melhor. Se o objectivo de quem defende aquela solução é, através da desvalorização da moeda, diminuir o preço dos produtos nacionais no mercado externo para dessa forma aumentarem as exportações e, por outro lado, aumentar o preço dos bens importados de forma a incentivar a produção nacional, então há outra solução. Algumas formas de auxílio do Estado às empresas exportadoras permitem-lhes reduzir custos e, por essa via, reduzir o preço cobrado nos mercados externos. Poderíamos, assim, com intervenção do Estado fazer diminuir o preço das nossas exportações sem sair do euro ou sem precisar de deprimir os salários dos trabalhadores portugueses. Por outro lado, com vista a estimular a produção nacional e a substituição de importações o recurso à introdução de tarifas aduaneiras sobre alguns bens importados aumentaria o seu preço e dessa forma seria incentivada a sua substituição por produção nacional.” (Jornal i)
Ou seja: 1) mais despesa (sob a forma de benefícios fiscais ou subsídios); ou 2) mais impostos (que o próprio reconhece, mais à frente, serem de difícil implementação, uma vez que o Tratado Europeu é avesso a entraves aduaneiros.)
Conclusão: uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma. Pelo caminho, os habituais e estafados remédios socialistas. Next.