Pronto, Rui, estou emocionado
O Rui Tavares escreveu, ontem, prosa prodigiosa no Público: emocionante, a transpirar humanismo em todas as linhas, tratou-se de um heróico manifesto contra a vil ambição e a abjecta ganância do «ganhar, ganhar, ganhar». Excerto? Aqui vai:
”Pois bem, Marco Fortes, deixa-me tratar-te por tu: espero sinceramente que não consigam vergar-te, moldar-te, ajoelhar-te.”
Pela amostra, podem correctamente depreender que Rui Tavares bateu forte na falta de vergonha e de sentido das proporções dos portugueses, pelo menos dos portugueses que se «indignaram» selvaticamente contra o atleta e, pasme-se, o ridicularizaram.
Neste particular, devo, desde já, enfiar a carapuça. Fui, e sou, dos que não gostou de ouvir Marco Fortes (embora sem selvajaria). Para todos os efeitos, o homem estava a representar Portugal e a expensas do erário público (passo o pleonasmo). Confesso, contudo, que não consegui deixar de simpatizar com a personagem. Em primeiro lugar, acho que é do Sporting. Em segundo lugar, Fortes revelou nas suas declarações algo de muito português, de muito próximo (da mesma proximidade que me levou a simpatizar com o homem). Quem é que, como eu e o Rui Tavares, nunca teve vontade de ficar na caminha? Quem é que, como o Rui Tavares e o Marco Fortes, nunca chegou atrasado ao emprego por estar quentinho na cama? Quem é que, como eu, o Marco Fortes e o Rui Tavares, nunca esmurrou o despertador e se virou para o outro lado?
Marco Fortes só falhou num pormenor. Foi muito pouco português na forma como não disfarçou ou omitiu a coisa. A bonacheirice apoderou-se do homem e, publicamente, isso não se perdoa. Um português que se preze sabe mentir e, pelo caminho, inventar uma história que o salve e, melhor ainda, o coloque na posição de vitima ou de inocente. É aí que está a falha. O que os olhos não vêem ou os ouvidos não ouvem, o coração não sente. Para além de que num herói do Rui ninguém bate.
PS: ironias e opiniões à parte, aquilo que fizeram a Marco Fortes (recambiá-lo para Lisboa) foi indecente.
”Pois bem, Marco Fortes, deixa-me tratar-te por tu: espero sinceramente que não consigam vergar-te, moldar-te, ajoelhar-te.”
Pela amostra, podem correctamente depreender que Rui Tavares bateu forte na falta de vergonha e de sentido das proporções dos portugueses, pelo menos dos portugueses que se «indignaram» selvaticamente contra o atleta e, pasme-se, o ridicularizaram.
Neste particular, devo, desde já, enfiar a carapuça. Fui, e sou, dos que não gostou de ouvir Marco Fortes (embora sem selvajaria). Para todos os efeitos, o homem estava a representar Portugal e a expensas do erário público (passo o pleonasmo). Confesso, contudo, que não consegui deixar de simpatizar com a personagem. Em primeiro lugar, acho que é do Sporting. Em segundo lugar, Fortes revelou nas suas declarações algo de muito português, de muito próximo (da mesma proximidade que me levou a simpatizar com o homem). Quem é que, como eu e o Rui Tavares, nunca teve vontade de ficar na caminha? Quem é que, como o Rui Tavares e o Marco Fortes, nunca chegou atrasado ao emprego por estar quentinho na cama? Quem é que, como eu, o Marco Fortes e o Rui Tavares, nunca esmurrou o despertador e se virou para o outro lado?
Marco Fortes só falhou num pormenor. Foi muito pouco português na forma como não disfarçou ou omitiu a coisa. A bonacheirice apoderou-se do homem e, publicamente, isso não se perdoa. Um português que se preze sabe mentir e, pelo caminho, inventar uma história que o salve e, melhor ainda, o coloque na posição de vitima ou de inocente. É aí que está a falha. O que os olhos não vêem ou os ouvidos não ouvem, o coração não sente. Para além de que num herói do Rui ninguém bate.
PS: ironias e opiniões à parte, aquilo que fizeram a Marco Fortes (recambiá-lo para Lisboa) foi indecente.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial