O segredo do xadrez está no deixar comer
O Maradona acaba de chegar onde eu acho, com toda a humildade mas também com alguma cagança, que ele deveria chegar:
”Apenas a suficiente [informação] para poder dizer com relativa segurança que o Carlos também não, muito menos para dizer que os portugueses arranjam desculpas para esconder, como é que é?, "a "notória falta de método e disciplina nos treinos e na preparação". Quer dizer, uma cena destas é "notória", e depois eu é que tenho acesso a "informação privilegiada"?.
Precisamente. No fundo, tudo isto não passa de mera opinião circunstancial e meio manhosa, fruto de silogismos e induções baseadas em premissas e observações adquiridas aqui e ali - em blogs, sites, no boteco da esquina ou na casa do melhor blogger português (que não digo quem é para não o envergonhar que ele é um tipo muito tímido e discreto). Eu não estive em Pequim, o maradona não esteve em Pequim, 99,956% (fiz as contas) dos que opinam sobre o desempenho da delegação não estiveram em Pequim. Dito isto, volto a opinar, se me derem licença.
Eu acho, do alto da minha ignorância, que certas afirmações proferidas por certos atletas (e não vale a pena voltar a repeti-las) indiciam alguma dose de irresponsabilidade, ingenuidade e impreparação (física e psíquica, do ponto de vista desportivo) que me levaram a deduzir que, em termos gerais, a participação portuguesa no que toca à organização e à preparação revelou deficiências de vária ordem. O Maradona acha que não. Acha que, do alto da sua sabedoria e sagacidade (repararam na diferença?), nada de anormal se poderá inferir do que aconteceu nesta edição dos jogos olímpicos no que toca à participação portuguesa. Esta foi a maior participação portuguesa nuns jogos olímpicos. Os objectivos traçados incluíam várias medalhas (de ouro, prata e bronze) e, salvo erro, 60 pontos. Alguns atletas vinham de marcas que os colocava no topo do ranking das suas modalidades. Criou-se – bem ou mal, errada ou exageradamente – uma expectativa que eu, como leigo na matéria, não contestei. No decurso das provas, à medida que os resultados iam aparecendo (ou, neste caso, não aparecendo), fui assistindo a um rol de justificações, queixas e ruído no seio da comitiva que, na minha vil e injusta opinião (segundo o amigo Jacinto), prenunciaram ou provaram a existência de um trabalho de preparação deficiente e de uma selecção de atletas mal conduzida (provavelmente, atletas houve que nem deveriam ter lá posto os pés). Isto é normal? Se calhar é. Não sei. Eu acho que não, até tendo em conta a história passada das nossas comitivas. O Maradona está praticamente a matar-se para me provar que sim – que é normal e que acontece sempre e um pouco por todas as delegações (sem descriminação de raça, credo ou nacionalidade). Até pode ser que sim. Mas o que me preocupa é a minha delegação (por acaso até não me preocupa muito, mas essa é outra discussão). E o que me preocupa é que, no meio de tudo o que aconteceu, alguém me venha com lições de moral (o caso do Jacinto, que nunca me viu mais gordo) e com lições de superioridade intelectual (o amigo Maradona) só porque eu conclui o que conclui. Se ofendi alguém, peço desculpa. É o que dá não ler a Marca.
Agora, sim, vou deitar-me.
”Apenas a suficiente [informação] para poder dizer com relativa segurança que o Carlos também não, muito menos para dizer que os portugueses arranjam desculpas para esconder, como é que é?, "a "notória falta de método e disciplina nos treinos e na preparação". Quer dizer, uma cena destas é "notória", e depois eu é que tenho acesso a "informação privilegiada"?.
Precisamente. No fundo, tudo isto não passa de mera opinião circunstancial e meio manhosa, fruto de silogismos e induções baseadas em premissas e observações adquiridas aqui e ali - em blogs, sites, no boteco da esquina ou na casa do melhor blogger português (que não digo quem é para não o envergonhar que ele é um tipo muito tímido e discreto). Eu não estive em Pequim, o maradona não esteve em Pequim, 99,956% (fiz as contas) dos que opinam sobre o desempenho da delegação não estiveram em Pequim. Dito isto, volto a opinar, se me derem licença.
Eu acho, do alto da minha ignorância, que certas afirmações proferidas por certos atletas (e não vale a pena voltar a repeti-las) indiciam alguma dose de irresponsabilidade, ingenuidade e impreparação (física e psíquica, do ponto de vista desportivo) que me levaram a deduzir que, em termos gerais, a participação portuguesa no que toca à organização e à preparação revelou deficiências de vária ordem. O Maradona acha que não. Acha que, do alto da sua sabedoria e sagacidade (repararam na diferença?), nada de anormal se poderá inferir do que aconteceu nesta edição dos jogos olímpicos no que toca à participação portuguesa. Esta foi a maior participação portuguesa nuns jogos olímpicos. Os objectivos traçados incluíam várias medalhas (de ouro, prata e bronze) e, salvo erro, 60 pontos. Alguns atletas vinham de marcas que os colocava no topo do ranking das suas modalidades. Criou-se – bem ou mal, errada ou exageradamente – uma expectativa que eu, como leigo na matéria, não contestei. No decurso das provas, à medida que os resultados iam aparecendo (ou, neste caso, não aparecendo), fui assistindo a um rol de justificações, queixas e ruído no seio da comitiva que, na minha vil e injusta opinião (segundo o amigo Jacinto), prenunciaram ou provaram a existência de um trabalho de preparação deficiente e de uma selecção de atletas mal conduzida (provavelmente, atletas houve que nem deveriam ter lá posto os pés). Isto é normal? Se calhar é. Não sei. Eu acho que não, até tendo em conta a história passada das nossas comitivas. O Maradona está praticamente a matar-se para me provar que sim – que é normal e que acontece sempre e um pouco por todas as delegações (sem descriminação de raça, credo ou nacionalidade). Até pode ser que sim. Mas o que me preocupa é a minha delegação (por acaso até não me preocupa muito, mas essa é outra discussão). E o que me preocupa é que, no meio de tudo o que aconteceu, alguém me venha com lições de moral (o caso do Jacinto, que nunca me viu mais gordo) e com lições de superioridade intelectual (o amigo Maradona) só porque eu conclui o que conclui. Se ofendi alguém, peço desculpa. É o que dá não ler a Marca.
Agora, sim, vou deitar-me.
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