O MacGuffin: fevereiro 2008

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

A reeducação musical de Miss Charlotte (6)

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quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Também temos direito ao nosso DJ Shadow

Chama-se Armando Teixeira. É o músico, DJ, criativo e manipulador por trás do projecto Bullet. Em 2002 assinou um portentoso disco, intitulado The Lost Tapes. Não sei o que fez desde então. Nem me interessa.

Pronto, era só isto. Até amanhã. Amanhã direi qualquer coisinha sobre os professores e a ministra. Obrigado. Voltem sempre.

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A reeducação musical de Miss Charlotte (5)


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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

A reeducação musical de Miss Charlotte (4)


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terça-feira, fevereiro 26, 2008

O papel de um ministério da cultura

Uma notícia da TSF, alargada a «dossiê», dá conta do avançado estado de degradação de imóveis do Estado, classificados pelo IPPAR como “de interesse público”. Um dos exemplos é o de uma igreja em Lisboa (salvo erro em Campolide), resgatada pelo Estado no famoso e agitado ano de 1910 e classificada de “interesse” pelo IPPAR em 1993. Actualmente, semearam-se pelo chão da igreja mais de vinte banheiras e um sem número de baldes, copos e alguidares para, num compasso impassível mas seguro, apanharem as gotas e, nalguns casos, os fios de água que escorrem dos poros e fissuras das paredes e do tecto do dito imóvel. Existem escoras espalhadas um pouco por todo o lado, para evitar que por mero capricho ou indecorosa provocação (política) a estrutura ceda. Curioso é, também, o comportamento do estuque das paredes e do tecto: adquiriu o lúdico hábito de atingir por desprendimento o padre e os fiéis que teimosamente por ali se passeiam ao invés de escolherem (o padre e os fiéis, não o estuque) espaços mais seguros e consonantes com a génese do «novo homem socrático» (centros comerciais sem fumo, por exemplo). Ainda mais curioso, é o comportamento do senhor padre que toma conta da chafarica: há anos que procura reclamar uma intervenção do Estado no sentido de colmatar estas «chatices».

A TSF, num terno rasgo de ingenuidade jornalística, tentou chegar à fala com o Ministro da Cultura. Este, obviamente, remeteu para o Secretário de Estado da Cultura. Este, por sua vez e também previsivelmente, remeteu o caso para o IGESPAR, Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, que resultou da fusão do Instituto Português do Património Arquitectónico IPPAR e do Instituto Português de Arqueologia IPA e da incorporação de parte das atribuições da extinta Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais DGEMN. Estão a ver a coisa, não estão? A TSF vai ter que esperar por uma resposta inexistente ou estupidamente vaga.

É claro que gastar milhões de euros com a colecção do Sr. Joe Berardo, com a exposição do Hermitage ou com as Artes Vivas (cinema, teatro e o jogo do mata) dá mais notoriedade e cala os rebanhos que parasitariamente orbitam em torno do Sr. Ministro e do seu ministério, sedentos da intervenção do Estado e sempre aptos e solícitos a representar a velha e boa doutrina de que cabe ao Estado o papel de «motor cultural» de um povo.

Porreiro, pá. Já agora, é impressão minha ou o Sporting assim não vai lá?

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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

A reeducação musical de Miss Charlotte (3)


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A reeducação musical de Miss Charlotte (2)

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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Omnipresente

Ontem, no debate sobre as cheias na região de Lisboa, no programa Prós e Contras.


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A reeducação musical de Miss Charlotte (1) *

(* Nova série, dedicada à Charlotte, que mais não serve do que para: 1) expor a minha presunção; 2) falar de música; 3) presentear a Charlotte com coisinhas que ela provavelmente já conhece ou que se não conhece deveria conhecer).

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sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Eis que…

Sócrates, auxiliado pela central de informação que dia e noite labora para o manter informado, actualizado e contente (com roupa lavada e comida não-requentada), já mandou dizer, em resposta à notícia do Público (esse receptáculo de gente deformada e maldizente), que, apesar do agravamento da taxa de desemprego no ano passado, para oito por cento, ele próprio assume o protagonismo de reafirmar que o Governo vai conseguir cumprir o objectivo de criar 150 mil novos postos de trabalho até ao final da legislatura.
"Desde que iniciámos funções, a economia gerou 94 mil postos de trabalho. Não vejo nenhuma razão para que no próximo ano e meio não consigamos ter mais emprego e conseguirmos atingir o nosso objectivo."

Já sabíamos que, de quando em vez, o senhor primeiro-ministro revela dificuldades de compreensão na disciplina de Economia (micro e macro). O que não sabíamos era que, desgraçadamente, também sofre de falhas cognitivas em relação à disciplina de Contabilidade (não se pode ser bom em tudo, claro), na parte do «Deve e Haver». Partindo do duvidoso principio de que o governo e as suas salvíficas soluções para o (des)emprego, actuam directa e (só) positivamente sobre a criação do mesmo, seria bom que alguém avisasse o Sr. José Sócrates de que criar 94 mil postos de trabalho e, paralela e simultaneamente, perderem-se 102 mil, resulta num decréscimo liquido do emprego na ordem dos 8%. E, já agora, seria útil que a referida central de informação lhe explicasse de que forma a actual carga fiscal sobre os portugueses e as empresas afecta directamente a criação de emprego (e de riqueza).

O que eu gostava mesmo…

…era que esta proeminente blogger deixasse de se educar musicalmente daquela forma. Não é bonito e ela merece o melhor. Para além de que a malta agradecia.

Uma indecência!

O jornal Público continua a sua cruzada contra o actual governo, de José Sócrates:

”A taxa de desemprego do ano passado elevou-se a oito por cento, um valor que traduz um aumento de três décimas em relação ao registado em 2006, informa o Instituto Nacional de Estatística nas estatísticas do emprego para o quarto trimestre do ano. A população desempregada é estimada em 448,6 mil pessoas, uma subida de 4,9 por cento em relação a 2006.”

“A inflação homóloga de Janeiro aumentou duas décimas, para 2,9 por cento, face a Dezembro de 2007, e a variação média dos últimos doze meses terminados no primeiro mês do ano manteve-se inalterada em 2,5 por cento, indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).”

As coisas que se fabricam para denegrir a imagem do santo executivo. Como diria o justo Ferro Rodrigues, trata-se de «patifaria!».

O que tu queres sei eu

“Doze palavras de que gosto particularmente”, pede-me o biltre. Aqui vão onze:

putativo - Aprendi a gostar desta palavra lendo o VPV. A sonoridade da dita tem um misto de ultraje e de provocação, não significando, contudo, mais do que «suposto» ou «o que aparenta ser».

canalha - Definitiva. Carece de utilização regular.

- Usada até à exaustão pelo Otelo Saraiva de Carvalho e pela generalidade da esquerda «anti-fascita-que-foi-presa-ou-que-gostaria-de-ter-sido-presa-pá», é hoje em dia um vocábulo transversal que se cola eficaz e inadvertidamente ao nosso discurso sempre que convivemos com alguém que o usa amiúde. Porreiro pá.

incontornável - Usada como forma de insulto é eficazmente irritante. Exemplo: “O Carlos Abreu Amorim é incontornável”.

enconado - Feia e sexista, é, ainda assim, do melhor que há para descrever um certo tipo de gente, do género «complicadinho». Exemplo: “O Tiago Mendes é um enconado”.

foda-se - Um clássico «incontornável». Utilíssimo como válvula de escape.

ralé - Imbatível na comicidade.

pesporrência - Mais ou menos o mesmo que «arrogância», mas com um efeito devastador. Ninguém lhe fica indiferente.

flausina - Na 8.ª edição Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, a palavra designa «rapariga moderna que traja com todas as extravagâncias da moda». Na edição de 2004 passou a designar «rapariga que vestia de acordo com a moda». Mas toda a gente sabe que é mais do que isso. Exemplo: “A Madonna é uma flausina”. Perceberam?

apedeuta - Do grego apaídeutos (não confundir com «o pai deu-tos»), é o lado negro de paideutikós, ou seja, aquele que não tem instrução ou educação. Exemplo: “o Sra. Kate Moss tem uma faceta de apedeuta que me fascina”.

Pulcro - Provavelmente, uma das palavras cujo significado mais dista do que a sonoridade deixa antever. Quer dizer «gentil, belo, formoso». Exemplo: "A narrativa pulcra de Miguel Sousa Tavares é incontornável pá!"

Desafio o Ricardo, a Isa e o Alberto (o regresso?).

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Still Ill


sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Olá, meus queridos leitores

A música é uma música banal. Nada de especial. Mas gosto. Vá-se lá saber porquê. As imagens, essas são perfeitas.



Rilo Kiley "Dreamworld"
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