Este, já era
O Rodrigo deixou-se invadir por perplexidades de vária ordem, em torno da novela “referendar ou não referendar, eis a questão”. Meu caro Rodrigo: já toda a gente percebeu que, nesta novela, um dos actores principais (o tratado) se revelou um cabotino de grosso recorte, que todos olham agora de soslaio. Neste clima de desconfiança, esta produção está votada ao fracasso. Seria penoso, de estúpido, insistir na suposta, mas impossível, ratificação deste tratado. Com o ‘não’ da França e da Holanda, este tratado está morto. Não se trata de «perder» ou «ganhar» em levá-lo a votos. É inconsequente fazê-lo. E é dar um sinal de que se pretende impingir uma coisa independentemente dos outros, das próprias regras e do que é razoável.
Por outro lado, voltar a referendar, daqui a uns tempos (um ano, dois anos, quatro anos), o mesmíssimo tratado em França e na Holanda – género “pode ser que agora passe” – não passaria de uma vigarice e de um insulto à inteligência das pessoas. Os referendos não podem ser vistos como provas de salto em altura, com um número de tentativas infinitas até à vitória final. Os referendos têm resultados e os resultados têm consequências. Os resultados servem para alguma coisa. Para perceber, por exemplo, que, como diria Lord Falkland, quando é preciso mudar, é preciso mudar.
É preciso, portanto, parar. Interromper o processo. E lançar, de uma vez por todas, uma verdadeira discussão pública sobre o rumo e o modelo europeus, envolvendo a ralé e não apenas as cúpulas. Com calma. E com tempo.
Por outro lado, voltar a referendar, daqui a uns tempos (um ano, dois anos, quatro anos), o mesmíssimo tratado em França e na Holanda – género “pode ser que agora passe” – não passaria de uma vigarice e de um insulto à inteligência das pessoas. Os referendos não podem ser vistos como provas de salto em altura, com um número de tentativas infinitas até à vitória final. Os referendos têm resultados e os resultados têm consequências. Os resultados servem para alguma coisa. Para perceber, por exemplo, que, como diria Lord Falkland, quando é preciso mudar, é preciso mudar.
É preciso, portanto, parar. Interromper o processo. E lançar, de uma vez por todas, uma verdadeira discussão pública sobre o rumo e o modelo europeus, envolvendo a ralé e não apenas as cúpulas. Com calma. E com tempo.
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