Correio
Do leitor Carlos A. Conceição:
"Caro MacGuffin:
Seria difícil concordar mais consigo no que toca ao Dr. Louça, o arauto da “Verdade” e “natural Guardião dos Guardiães do Templo da Verdade e da Moral”, que espuma de raiva de cada vez que se dirige aos que cometem a heresia de pensar diferente dele (observe-se atentamente o tom obsessivo com que carrega nos “r’s” e pense-se no que de facto o distingue, no tom e no registo, do mais feroz inquisidor da época moderna ou do dominicano Savonarola – a comparação serve para evitar epitáfios como energúmeno, possuído ou endemoninhado).
O Dr. Louçã usa de uma violência verbal, para mim, que sou mais jovem do que esta nossa democracia, sem precedentes: da frase assassina à sentença sem recurso, do mais simples excesso à mais clara intolerância, o gélido frio da sua navalha palavrosa quase mutila (às vezes parece que não lhe falta vontade!).
Já discordei totalmente do que diz, na substância e na forma. Agora, em relação às suas ideias, a minha indiferença confunde-se com o mais profundo desprezo. Acredito na liberdade e como penso que não há delitos de opinião, respeito. Está, em absoluto, no seu direito.
A isto chamaria ele de tolerância, vocábulo de que não gosto, porque sugere uma suposta superioridade por parte daquele que tolera. Portanto, sendo o Dr. Louçã uma entidade moralmente superior, que se lhe permita tolerar. A arrogância assenta-lhe como uma luva.
A isto prefiro eu chamar de liberdade ou de pluralidade. E às vezes dou comigo a pensar se esta subtileza interpretativa não será também uma das diferenças entre a Esquerda e a Direita…"
"Caro MacGuffin:
Seria difícil concordar mais consigo no que toca ao Dr. Louça, o arauto da “Verdade” e “natural Guardião dos Guardiães do Templo da Verdade e da Moral”, que espuma de raiva de cada vez que se dirige aos que cometem a heresia de pensar diferente dele (observe-se atentamente o tom obsessivo com que carrega nos “r’s” e pense-se no que de facto o distingue, no tom e no registo, do mais feroz inquisidor da época moderna ou do dominicano Savonarola – a comparação serve para evitar epitáfios como energúmeno, possuído ou endemoninhado).
O Dr. Louçã usa de uma violência verbal, para mim, que sou mais jovem do que esta nossa democracia, sem precedentes: da frase assassina à sentença sem recurso, do mais simples excesso à mais clara intolerância, o gélido frio da sua navalha palavrosa quase mutila (às vezes parece que não lhe falta vontade!).
Já discordei totalmente do que diz, na substância e na forma. Agora, em relação às suas ideias, a minha indiferença confunde-se com o mais profundo desprezo. Acredito na liberdade e como penso que não há delitos de opinião, respeito. Está, em absoluto, no seu direito.
A isto chamaria ele de tolerância, vocábulo de que não gosto, porque sugere uma suposta superioridade por parte daquele que tolera. Portanto, sendo o Dr. Louçã uma entidade moralmente superior, que se lhe permita tolerar. A arrogância assenta-lhe como uma luva.
A isto prefiro eu chamar de liberdade ou de pluralidade. E às vezes dou comigo a pensar se esta subtileza interpretativa não será também uma das diferenças entre a Esquerda e a Direita…"
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