EQUÍVOCO
Meu caro Bruno,
Como deveria ter percebido, eu peguei na utilização deslocada do epíteto «extrema-direita» para falar, precisamente, da utilização deslocada do epíteto «extrema-direita». Mas em termos gerais. Tive, aliás, o cuidado de escrever “e não propriamente no caso do Bruno”. Precisamente porque sei que esse hipotético deslize da sua parte só pode ter sido inocente e contingente. Da mesma forma que, se calhar, eu o terei feito no passado (caramba, todos temos direito a uma dose de imprecisão e de falta de rigor!). Conheço-o minimamente para saber que está a anos luz de um Francisco Louçã (já nem falo da Dona Lídia). E conheço suficientemente o «destacado» deputado Louçã para saber que ele jamais perceberá o que está aqui em causa (ou, porventura, até saberá, embora lhe convenha insistir no maniqueísmo). Por mera coincidência, peguei na questão com base num exemplo retirado de um blogue que, em consciência, não confunde esse tipo de coisas.
De resto, não creio que o problema da extrema-esquerda se resuma ao facto de dizer que ”é a pobreza (e portanto, o capitalismo) a verdadeira causadora do mal”. A extrema-esquerda despreza (violentamente ou não) as instituições do Estado e as regras da democracia (recorde-se o caso da militante bloquista no Porto e o silêncio do «comité central»); diaboliza os seus adversários e antagonistas; odeia visceralmente qualquer foco de acumulação de riqueza ou de poder (dai a propensão para denegrir os ricos e poderosos); usa e abusa da mais rasca demagogia, própria de quem sabe que jamais chegará ao poder; insinua constantemente estar na posse da verdade, da seriedade e da virtude; condena o modelo liberal de organização política e social, próprio das sociedade ocidentais, alimentando-se, ao mesmo tempo, das mordomias e liberdades que esse modelo lhe proporciona; se pudesse, vergastava todo e qualquer ser humano que insistisse em pensar diferente, porque a extrema-esquerda, apesar de se dizer adepta da diversidade e do multiculturalismo, não suporta o «próximo» quando o «próximo» tem valores e opiniões que divergem da sua decrépita e esgotada cartilha; por último, é adepta do igualitarismo na sua vertente despótica (leia-se "cientificamente formativa").
Espero, caro Bruno, que o equivoco tenha ficado desfeito. Para que não restem dúvidas.
Como deveria ter percebido, eu peguei na utilização deslocada do epíteto «extrema-direita» para falar, precisamente, da utilização deslocada do epíteto «extrema-direita». Mas em termos gerais. Tive, aliás, o cuidado de escrever “e não propriamente no caso do Bruno”. Precisamente porque sei que esse hipotético deslize da sua parte só pode ter sido inocente e contingente. Da mesma forma que, se calhar, eu o terei feito no passado (caramba, todos temos direito a uma dose de imprecisão e de falta de rigor!). Conheço-o minimamente para saber que está a anos luz de um Francisco Louçã (já nem falo da Dona Lídia). E conheço suficientemente o «destacado» deputado Louçã para saber que ele jamais perceberá o que está aqui em causa (ou, porventura, até saberá, embora lhe convenha insistir no maniqueísmo). Por mera coincidência, peguei na questão com base num exemplo retirado de um blogue que, em consciência, não confunde esse tipo de coisas.
De resto, não creio que o problema da extrema-esquerda se resuma ao facto de dizer que ”é a pobreza (e portanto, o capitalismo) a verdadeira causadora do mal”. A extrema-esquerda despreza (violentamente ou não) as instituições do Estado e as regras da democracia (recorde-se o caso da militante bloquista no Porto e o silêncio do «comité central»); diaboliza os seus adversários e antagonistas; odeia visceralmente qualquer foco de acumulação de riqueza ou de poder (dai a propensão para denegrir os ricos e poderosos); usa e abusa da mais rasca demagogia, própria de quem sabe que jamais chegará ao poder; insinua constantemente estar na posse da verdade, da seriedade e da virtude; condena o modelo liberal de organização política e social, próprio das sociedade ocidentais, alimentando-se, ao mesmo tempo, das mordomias e liberdades que esse modelo lhe proporciona; se pudesse, vergastava todo e qualquer ser humano que insistisse em pensar diferente, porque a extrema-esquerda, apesar de se dizer adepta da diversidade e do multiculturalismo, não suporta o «próximo» quando o «próximo» tem valores e opiniões que divergem da sua decrépita e esgotada cartilha; por último, é adepta do igualitarismo na sua vertente despótica (leia-se "cientificamente formativa").
Espero, caro Bruno, que o equivoco tenha ficado desfeito. Para que não restem dúvidas.
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