SIM, MAS... - I
(corrigido e aumentado)
Tens razão, Ivan: os critérios são teus, o blogue é teu e o assunto linkar/deslinkar não merece um parágrafo, quanto mais três. Trata-se, afinal, não de um pequeno, mas de um grande exagero.
Voltas a referir a suposta tentativa de demarcação entre ”os herdeiros legítimos do 11/9 (os apoiantes da administração Bush) e os outros (os que se opõem a ela).” Isso, se me permites, é um perfeito disparate. A linha de demarcação não foi traçada com base nesse critério – ser-se pró ou anti-bushista – mas com base em questões de princípio. Sobre isto, julgo ter sido claro no meu primeiro post, quando me referi às inaceitáveis «equivalências morais» e ao «relativismo» que o assunto (causas do e combate ao terrorismo) parece ter suscitado. Nesse campo, sim, as posições demarcam-se, ou tentam delimitar-se ainda que por vezes atabalhoadamente.
Por último, pergunta o Ivan ”Como podem pretender que o seu caminho seja o único possível, quando se tem revelado sucessivamente errado?” Eu não sei se se tem revelado “sucessivamente errado”. Lamento, mas o discurso da litania não pega. Se "nem tudo o que luz é ouro", nem tudo o que não luz é porcaria, caos, prova insofismável de falência. Tenho sérias dúvidas se um caminho alternativo (por exemplo, sem a intervenção no Iraque) teria salvo o mundo do que, entretanto, aconteceu (fora do Iraque, porque dentro do Iraque Saddam continuaria empenhado em abrir e encher valas). E tenho a convicção de que qualquer posição de força contra o terrorismo (posição, a meu ver, inadiável e inevitável) iria resultar em «trabalhos» (a não ser que a doutrina a adoptar fosse a do let sleeping dogs lie). Admito que o caminho trilhado possa e deva ser alvo de algum tipo de «reencaminhamento» - até porque, no caso do Iraque, foi alcançado o point of no return. E até posso admitir que exista, algures por aí, outro caminho. Mas qual, Ivan? O Dr. Soares chegou a sugerir negociações com o Sr. Bin Laden. E tu?
Tens razão, Ivan: os critérios são teus, o blogue é teu e o assunto linkar/deslinkar não merece um parágrafo, quanto mais três. Trata-se, afinal, não de um pequeno, mas de um grande exagero.
Voltas a referir a suposta tentativa de demarcação entre ”os herdeiros legítimos do 11/9 (os apoiantes da administração Bush) e os outros (os que se opõem a ela).” Isso, se me permites, é um perfeito disparate. A linha de demarcação não foi traçada com base nesse critério – ser-se pró ou anti-bushista – mas com base em questões de princípio. Sobre isto, julgo ter sido claro no meu primeiro post, quando me referi às inaceitáveis «equivalências morais» e ao «relativismo» que o assunto (causas do e combate ao terrorismo) parece ter suscitado. Nesse campo, sim, as posições demarcam-se, ou tentam delimitar-se ainda que por vezes atabalhoadamente.
Por último, pergunta o Ivan ”Como podem pretender que o seu caminho seja o único possível, quando se tem revelado sucessivamente errado?” Eu não sei se se tem revelado “sucessivamente errado”. Lamento, mas o discurso da litania não pega. Se "nem tudo o que luz é ouro", nem tudo o que não luz é porcaria, caos, prova insofismável de falência. Tenho sérias dúvidas se um caminho alternativo (por exemplo, sem a intervenção no Iraque) teria salvo o mundo do que, entretanto, aconteceu (fora do Iraque, porque dentro do Iraque Saddam continuaria empenhado em abrir e encher valas). E tenho a convicção de que qualquer posição de força contra o terrorismo (posição, a meu ver, inadiável e inevitável) iria resultar em «trabalhos» (a não ser que a doutrina a adoptar fosse a do let sleeping dogs lie). Admito que o caminho trilhado possa e deva ser alvo de algum tipo de «reencaminhamento» - até porque, no caso do Iraque, foi alcançado o point of no return. E até posso admitir que exista, algures por aí, outro caminho. Mas qual, Ivan? O Dr. Soares chegou a sugerir negociações com o Sr. Bin Laden. E tu?
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