SHYAMALAN RULES!
Confesso que entrei na sala de cinema com um misto de receio e curiosidade, acompanhado por um bando sibilante de energúmenos mascando pipocas, a que dão agora o nome de «jovens». Tinham-me chegado aos ouvidos, por interposta pessoa, os rumores de críticas desfavoráveis abroad. A última coisa a que queria assistir era ao falhanço de Night Shyamalan. Entendam-me: um tipo que realiza filmes do calibre de The Sixth Sense e Unbreakable (não refiro Signs para não ferir susceptibilidades), merece este e o outro mundo. Mas o meu sentido era derrotista.
Sobre a história, filme e crew, nada tinha lido de concreto. Há muito que cultivo o hábito de ler o mínimo dos mínimos sobre os filmes, antes de os ver. Reservo para momento posterior a leitura da sentença, mas mais no sentido de verificar se o crítico se chegou a aproximar da Razão - ou seja, de moi même.
Agora que já vi A Vila confirmo e percebo: Shyamalan é um dos mais talentosos realizadores de cinema dos últimos anos (arrisco décadas) e A Vila um filme raro, «maior», na forma como retrata a força do amor sobre o medo, na abordagem que faz da natureza insidiosa dos nossos receios mais recônditos, na maneira absolutamente apaixonada e requintada como Shyamalan vai beber ao que de clássico e de intemporal tem o cinema.
Lanço, por isso, o repto: que avance o biltre que ouse dizer mal deste filme. Que se apresente o magarefe. Que dê um salto a Évora e que me diga, olhos nos olhos, que este filme é «menor», que «não tem ritmo», que «a história não é credível» (como se no cinema isso fosse importante), que o twist final foi «exagerado», que o Brody sofre de overacting (como se o Mr Overacting Himself, Sean Penn, tivesse beliscado Mystic River), etc. etc. etc. Eu estarei de taco de baseball na mão para lhe dizer “dedica-te à pesca, rapaz, porque de cinema não percebes nada", a que se seguirá, com a devida vénia, um som seco e ao mesmo tempo molhado, reminiscente de uma melancia esmagada a pontapé.
Contando única e obviamente com os que vi até à data, o melhor filme do ano (Lost In Translation é de 2003, não é?).
Sobre a história, filme e crew, nada tinha lido de concreto. Há muito que cultivo o hábito de ler o mínimo dos mínimos sobre os filmes, antes de os ver. Reservo para momento posterior a leitura da sentença, mas mais no sentido de verificar se o crítico se chegou a aproximar da Razão - ou seja, de moi même.
Agora que já vi A Vila confirmo e percebo: Shyamalan é um dos mais talentosos realizadores de cinema dos últimos anos (arrisco décadas) e A Vila um filme raro, «maior», na forma como retrata a força do amor sobre o medo, na abordagem que faz da natureza insidiosa dos nossos receios mais recônditos, na maneira absolutamente apaixonada e requintada como Shyamalan vai beber ao que de clássico e de intemporal tem o cinema.
Lanço, por isso, o repto: que avance o biltre que ouse dizer mal deste filme. Que se apresente o magarefe. Que dê um salto a Évora e que me diga, olhos nos olhos, que este filme é «menor», que «não tem ritmo», que «a história não é credível» (como se no cinema isso fosse importante), que o twist final foi «exagerado», que o Brody sofre de overacting (como se o Mr Overacting Himself, Sean Penn, tivesse beliscado Mystic River), etc. etc. etc. Eu estarei de taco de baseball na mão para lhe dizer “dedica-te à pesca, rapaz, porque de cinema não percebes nada", a que se seguirá, com a devida vénia, um som seco e ao mesmo tempo molhado, reminiscente de uma melancia esmagada a pontapé.
Contando única e obviamente com os que vi até à data, o melhor filme do ano (Lost In Translation é de 2003, não é?).
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial