O MacGuffin

quarta-feira, agosto 25, 2004

CARÍSSIMO JORGE:
Não sei se reparou mas, na frase “Começa a estar gasto esse novo expediente que invoca a “a confusão entre antisemitismo e contestação às opções políticas do Estado de Israel” para ardilosamente esconder o que, em muitos casos, está por detrás das ditas «contestações»: o mais puro ódio aos judeus”, a expressão “em muitos casos” não é para sempre entendida como “sempre”. E o “novo expediente” a que me refiro não será usado por todos os que tentam separar as coisas – as quais, no caso francês (e era deste que estávamos a tratar, não era?), entendo ser de difícil separação. Desculpe estar a explicar-lhe isto, assim, como quem explica a uma criança, mas como assumiu ser dono de uma «cabecinha», entendi ser necessário fazê-lo.

Curiosa é, também, a sua tentativa de arregimentar outros (neste caso o JMF) com base no putativo insulto da «cabecinha». Não misture terceiros e, peço-lhe penhoradamente, não se arme em «virgem ofendida» e ingénuo. Não sei se reparou mas o meu caro amigo fez o favor de, antes, colocar a minha opinião na prateleira das “tentações totalitárias” (“lapidarmente” foi, se bem me lembro, o termo utilizado). Desculpe se o ofendi com o termo «cabecinha», depois de o meu amigo me ter atingido com o epíteto de “totalitário”. Acredite: foi o termo mais levezinho e inócuo que consegui arranjar. Noto que, ainda assim, o perturbou. Sou, inapelavelmente, uma besta. E das cabeçudas.

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