UMA GRAÇA QUE ATÉ EMBAÇA
JMF faz a fuga para a frente, insinuando que eu tenho uma teoria: “És contra as “soluções dos EUA/Israel para o Médio Oriente”? Então odeias os judeus”. Vai daí, ensaia um gracejo: ”estou de castigo, a escrever cem vezes no quadro «eu odeio judeus»”. Ora, esta é a forma mais patética e vulgar de acabar com qualquer discussão.
Nunca, aliás, o insinuei. Limitei-me a dizer que, do meu ponto de vista, creio que boa parte dos actos perpetrados contra a comunidade judaica, em França, terão, certamente, laivos ou fortes motivações antisemitas, a reboque, ou não, da não concordância com as «opções políticas» de Israel.
Quando se apedreja uma mulher e se lhe chama “porca judia”; quando as portas de vários apartamentos pertencentes a judeus são vandalizadas com inscrições do tipo “morte aos judeus”, “matem os judeus” ou “vamos matar a vossa raça”; quando atacam um rabino golpeando-lhe a cara e o estômago ao mesmo tempo que lhe chamam “judeu sujo”; quando um cemitério judaico é vandalizado, com cerca de 60 campas pintadas com suásticas; pode até ser verdade que «as opções políticas» de Israel pairem no ar das motivações, mas, mais uma vez, eu digo: pela tipologia dos actos, estas manifestações são clara e brutalmente antisemitas.
Acredito que, em França, haja quem se manifeste exclusivamente contra as «opções políticas» de Israel. Da mesma forma que um crítico da administração Bush não é automaticamente um antiamericanista, um crítico das políticas de Israel não é necessariamente um antisemita. Mas não creio, francamente, que as críticas às opções políticas de Israel (por muito legítimas e certeiras que sejam) se possam encaixar na tipologia dos actos acima descritos. Assim como, estou em crer, muitas das manifestações contra Israel escondem motivações antisemitas e albergam no seu seio antisemitas primários. Basta, aliás, pensar nisto: por que razão não há uma só manifestação, um só acto publico que aponte o dedo à Autoridade Palestiniana e a Yasser Arafat? Não são eles, também, co-responsáveis pela “loucura do médio-oriente”? E por que razão às criticas contra as políticas de Israel, se associam, quase sempre, referências aos judeus e ao judaismo? (lembram-se, no ano passado, de uma fotografia referente a uma manifestação contra a guerra no Iraque, onde se via uma jovem com um cartaz «Kill the Jews»?)
Mas nada disso interessa. Pelos vistos, JMF quer brincadeira. Cá vai: “eu odeio árabes, eu odeio árabes, eu odeio árabes”. Pronto. Está bem assim, JMF?
PS: Espero que este post sossegue a cabecinha de Jorge Palinhos e o ajude na compreensão do meu ponto de vista, uma vez que, sem apelo nem agravo, a minha opinião foi alinhavada com ”tentações totalitárias”. Eu não sou, obviamente, o defensor oficioso da direita – até porque existem direitas e, já agora, esquerdas que quero ver bem longe. Mas aconselhava Jorge Palinhos a preocupar-se, também, com os “caminhos perigosos” que a esquerda anda a trilhar. Incluindo os de tendência “totalitária”. Evite, por exemplo, retirar frases do seu contexto original. E evite a demagogia de colar nos outros rótulos e slogans por 'dá cá aquela palha'.
JMF faz a fuga para a frente, insinuando que eu tenho uma teoria: “És contra as “soluções dos EUA/Israel para o Médio Oriente”? Então odeias os judeus”. Vai daí, ensaia um gracejo: ”estou de castigo, a escrever cem vezes no quadro «eu odeio judeus»”. Ora, esta é a forma mais patética e vulgar de acabar com qualquer discussão.
Nunca, aliás, o insinuei. Limitei-me a dizer que, do meu ponto de vista, creio que boa parte dos actos perpetrados contra a comunidade judaica, em França, terão, certamente, laivos ou fortes motivações antisemitas, a reboque, ou não, da não concordância com as «opções políticas» de Israel.
Quando se apedreja uma mulher e se lhe chama “porca judia”; quando as portas de vários apartamentos pertencentes a judeus são vandalizadas com inscrições do tipo “morte aos judeus”, “matem os judeus” ou “vamos matar a vossa raça”; quando atacam um rabino golpeando-lhe a cara e o estômago ao mesmo tempo que lhe chamam “judeu sujo”; quando um cemitério judaico é vandalizado, com cerca de 60 campas pintadas com suásticas; pode até ser verdade que «as opções políticas» de Israel pairem no ar das motivações, mas, mais uma vez, eu digo: pela tipologia dos actos, estas manifestações são clara e brutalmente antisemitas.
Acredito que, em França, haja quem se manifeste exclusivamente contra as «opções políticas» de Israel. Da mesma forma que um crítico da administração Bush não é automaticamente um antiamericanista, um crítico das políticas de Israel não é necessariamente um antisemita. Mas não creio, francamente, que as críticas às opções políticas de Israel (por muito legítimas e certeiras que sejam) se possam encaixar na tipologia dos actos acima descritos. Assim como, estou em crer, muitas das manifestações contra Israel escondem motivações antisemitas e albergam no seu seio antisemitas primários. Basta, aliás, pensar nisto: por que razão não há uma só manifestação, um só acto publico que aponte o dedo à Autoridade Palestiniana e a Yasser Arafat? Não são eles, também, co-responsáveis pela “loucura do médio-oriente”? E por que razão às criticas contra as políticas de Israel, se associam, quase sempre, referências aos judeus e ao judaismo? (lembram-se, no ano passado, de uma fotografia referente a uma manifestação contra a guerra no Iraque, onde se via uma jovem com um cartaz «Kill the Jews»?)
Mas nada disso interessa. Pelos vistos, JMF quer brincadeira. Cá vai: “eu odeio árabes, eu odeio árabes, eu odeio árabes”. Pronto. Está bem assim, JMF?
PS: Espero que este post sossegue a cabecinha de Jorge Palinhos e o ajude na compreensão do meu ponto de vista, uma vez que, sem apelo nem agravo, a minha opinião foi alinhavada com ”tentações totalitárias”. Eu não sou, obviamente, o defensor oficioso da direita – até porque existem direitas e, já agora, esquerdas que quero ver bem longe. Mas aconselhava Jorge Palinhos a preocupar-se, também, com os “caminhos perigosos” que a esquerda anda a trilhar. Incluindo os de tendência “totalitária”. Evite, por exemplo, retirar frases do seu contexto original. E evite a demagogia de colar nos outros rótulos e slogans por 'dá cá aquela palha'.
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