E?
«O 1% de americanos mais ricos, detêm agora mais de 40% da riqueza do país». A frase está no Cruzes Canhoto e no Blog de Esquerda. A fonte: o The Guardian.
A forma como se acena com essa equação (por exemplo: “21% da população mundial controla 78% da produção de bens e serviços”), é inconsequente. Por si só, não significa nada. Para significar alguma coisa, terão de se avaliar outros indicadores: o nível de riqueza global do país e como se encontra efectivamente distribuída; o peso da classe média; a percentagem da população que vive no limar da pobreza. E por aí fora. Apetece perguntar: esses indicadores terão aprioristicamente de colidir com estados de justiça ou coesão social? Não. É liquido pensar-se que há pobres por haver ricos? Que uns implicam os outros? Não. Assim como é perfeitamente descabido olhar para esses números e, automaticamente, imaginar um mundo dividido entre exploradores e explorados - na pior acepção da palavra.
Estes indicadores e estas comparações não são novas. Dão sempre jeito em matéria de retórica. Atiram-se, muitas vezes, em jeito de slogans dramáticos. É como aquela história de se afirmar, em jeito de indignação, que, nos países do Terceiro Mundo, os trabalhadores ganham 20 vezes menos que os do Ocidente. Por si só, essa comparação também não significa nada (embora possa significar). Para significar, terão de se analisar: o padrão e o custo de vida (provavelmente, os bens essenciais também custarão 20 vezes menos); o peso da economia paralela e dos meios de subsistência não «palpáveis»; qual o tipo de regime político (nalguns casos entre o despotismo e a pseudodemocracia). Entre outros indicadores.
«O 1% de americanos mais ricos, detêm agora mais de 40% da riqueza do país». A frase está no Cruzes Canhoto e no Blog de Esquerda. A fonte: o The Guardian.
A forma como se acena com essa equação (por exemplo: “21% da população mundial controla 78% da produção de bens e serviços”), é inconsequente. Por si só, não significa nada. Para significar alguma coisa, terão de se avaliar outros indicadores: o nível de riqueza global do país e como se encontra efectivamente distribuída; o peso da classe média; a percentagem da população que vive no limar da pobreza. E por aí fora. Apetece perguntar: esses indicadores terão aprioristicamente de colidir com estados de justiça ou coesão social? Não. É liquido pensar-se que há pobres por haver ricos? Que uns implicam os outros? Não. Assim como é perfeitamente descabido olhar para esses números e, automaticamente, imaginar um mundo dividido entre exploradores e explorados - na pior acepção da palavra.
Estes indicadores e estas comparações não são novas. Dão sempre jeito em matéria de retórica. Atiram-se, muitas vezes, em jeito de slogans dramáticos. É como aquela história de se afirmar, em jeito de indignação, que, nos países do Terceiro Mundo, os trabalhadores ganham 20 vezes menos que os do Ocidente. Por si só, essa comparação também não significa nada (embora possa significar). Para significar, terão de se analisar: o padrão e o custo de vida (provavelmente, os bens essenciais também custarão 20 vezes menos); o peso da economia paralela e dos meios de subsistência não «palpáveis»; qual o tipo de regime político (nalguns casos entre o despotismo e a pseudodemocracia). Entre outros indicadores.
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