EU SABIA
Eu sabia que "cruxificá-lo" não me soava bem... Mas, àquela hora da noite, já tudo se desculpava... Ó Rui Tavares: obrigado! (teve de ser um tipo que não vai à bola comigo a avisar-me. Obrigado amiguinhos...). Mas, vamos por partes.
"Onde é que eles vão buscar estas coisas?". Foi neste livro, caro Rui (pois, fiz um telefonema...).
O "Contra a Corrente", que tanto o aborrece, foi retirado do título do livro de Isaiah Berlin "Against The Current" - que é, como bem sabe, um livro sobre piscicultura ("seria fastidioso" explicar-lhe o porquê do título e da fonte).
Quanto ao tom e ao teor da sua 'posta', aconselhava-o a ser um pouco mais cordial com quem não conhece. Eu sei que essas coisas já não se usam, mas pode estar na presença de uma pessoa que ainda preza algum nível e alguma urbanidade nas discussões. Evite, também, essas generalizações das "piranhas comunistas" e do "defender denodadamente, contra ventos e marés, as ideias do governo do seu país e do governo dos EUA, bem como da maioria dos comentadores, directores de jornais". Você não me conhece, mas já vi que me colocou um rótulo e que me ligou aos “grandes interesses”.
Agora que o leio, penso: se calhar, ser contra a corrente é ser contra o dogmatismo e o preconceito, as vagas de fundo e a diabolização dos mesmos de sempre (Bush, EUA, Israel & Ca.) Ou, como disse um dia Orwell, falando para os seus correligionários da esquerda: “These things really happened, that is the thing to keep one’s eye on. They happened even though Lord Halifax said they happened.” Provavelmente, ser contra a corrente é poder concordar com um director de jornal quando achamos que ele tem razão, e não discordar só porque ele putativamente representa uma “corrente” ou a voz do dono. E o mesmo se aplica ao dono da nação imperial.
Ainda ontem escrevia, a uns amigos, que existe uma esquerda - civilizada, liberal ("seria fastidioso" explicar-lhe o que quero dizer com "liberal", por isso, avance lá com o chavão do "neo-liberalismo") e democrática - com a qual me dou muito bem. Uma esquerda que sabe ouvir com cabeça limpa opiniões antagónicas, que sabe pensar sem o peso da tralha ideológica, que sabe respeitar o próximo, que é tolerante. Uma esquerda com a qual gosto de trocar ideias, argumentos, discutir, e porque não, de vez em quando, concordar. É essa a esquerda que encontro no Memória Inventada, n' A Praia, no Blog de Esquerda, no Miniscente, no Ford Mustang, no País Relativo, entre outros. Você, caro Rui Tavares, não tem o estofo, a afabilidade, a honestidade intelectual para tais voos. Já vi que a minha posta, própria de um adolescente, o "fez rir". Escusava de enfiar uma carapuça que não tinha sido feita a pensar em si. E, no entanto...
PS: ignore a missiva que lhe enviei há dias.
Eu sabia que "cruxificá-lo" não me soava bem... Mas, àquela hora da noite, já tudo se desculpava... Ó Rui Tavares: obrigado! (teve de ser um tipo que não vai à bola comigo a avisar-me. Obrigado amiguinhos...). Mas, vamos por partes.
"Onde é que eles vão buscar estas coisas?". Foi neste livro, caro Rui (pois, fiz um telefonema...).
O "Contra a Corrente", que tanto o aborrece, foi retirado do título do livro de Isaiah Berlin "Against The Current" - que é, como bem sabe, um livro sobre piscicultura ("seria fastidioso" explicar-lhe o porquê do título e da fonte).
Quanto ao tom e ao teor da sua 'posta', aconselhava-o a ser um pouco mais cordial com quem não conhece. Eu sei que essas coisas já não se usam, mas pode estar na presença de uma pessoa que ainda preza algum nível e alguma urbanidade nas discussões. Evite, também, essas generalizações das "piranhas comunistas" e do "defender denodadamente, contra ventos e marés, as ideias do governo do seu país e do governo dos EUA, bem como da maioria dos comentadores, directores de jornais". Você não me conhece, mas já vi que me colocou um rótulo e que me ligou aos “grandes interesses”.
Agora que o leio, penso: se calhar, ser contra a corrente é ser contra o dogmatismo e o preconceito, as vagas de fundo e a diabolização dos mesmos de sempre (Bush, EUA, Israel & Ca.) Ou, como disse um dia Orwell, falando para os seus correligionários da esquerda: “These things really happened, that is the thing to keep one’s eye on. They happened even though Lord Halifax said they happened.” Provavelmente, ser contra a corrente é poder concordar com um director de jornal quando achamos que ele tem razão, e não discordar só porque ele putativamente representa uma “corrente” ou a voz do dono. E o mesmo se aplica ao dono da nação imperial.
Ainda ontem escrevia, a uns amigos, que existe uma esquerda - civilizada, liberal ("seria fastidioso" explicar-lhe o que quero dizer com "liberal", por isso, avance lá com o chavão do "neo-liberalismo") e democrática - com a qual me dou muito bem. Uma esquerda que sabe ouvir com cabeça limpa opiniões antagónicas, que sabe pensar sem o peso da tralha ideológica, que sabe respeitar o próximo, que é tolerante. Uma esquerda com a qual gosto de trocar ideias, argumentos, discutir, e porque não, de vez em quando, concordar. É essa a esquerda que encontro no Memória Inventada, n' A Praia, no Blog de Esquerda, no Miniscente, no Ford Mustang, no País Relativo, entre outros. Você, caro Rui Tavares, não tem o estofo, a afabilidade, a honestidade intelectual para tais voos. Já vi que a minha posta, própria de um adolescente, o "fez rir". Escusava de enfiar uma carapuça que não tinha sido feita a pensar em si. E, no entanto...
PS: ignore a missiva que lhe enviei há dias.
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