HIP-HOP & RAP
Durante anos assisti, desconfiado e pouco ou nada entusiasmado, à ascensão do Hip-Hop. Reconhecia-lhe algum mérito na forma como, nalguns casos (muito poucos), se servia do Jazz como fonte de inspiração, repescando temas e passagens da grande tradição Donaldsoniana do Groove, Funk, Jazz & Breakbeat. Mas nada mais do que isso. Havia militância racial a mais para o meu gosto e uma pobreza espiritual irreconciliável.
Eis que, um belo dia, em 1989, o meu amigo Pedro empresta-me um disco intitulado 3 Feet High And Rising. Eu, que vinha da escola Joy Division, New Order, Durutti Column, A Certain Ratio, Smiths, Tuxedomoon, da série Made To Measure da Crammed Discs, etc. etc. etc., passei, algo atónito, dias seguidos sem descolar desse seminal disco dos De La Soul. 3 Feet High and Rising foi a primeira e mais irrefutável prova de como o Hip-Hop/Rap podia constituir um riquíssimo caleidoscópio de ritmos, referências e sensibilidades, construído de forma inteligente: com sentido de humor, bom gosto e uma notável capacidade reinventiva. Na mesma linha, seguiram-se-lhe People’s Instinctive Travels And The Paths Of Rhythm (1990) e The Low End Theory (1991) dos A Tribe Called Quest, Qui Séme Le Vent Récolte Le Tempo (1991) de MC Solaar, Reachin’ (a new refutation of time and space) (1993) dos Digable Planets, Jazzmatazz (1993) de Guru, Atout... Point de Vue (1993) de Soon E MC, Hand on the Torch (1993) dos US 3, Prose Combat (1994) de MC Solaar, Ill Communication (1994) dos Beastie Boys. Mais recentemente, Very Mercenary (1999) dos Herbaliser. E pouco mais.
Retirando estes discos da historiografia do Rap/Hip-hop, e mesmo correndo o risco de ser injusto para com uma ou outra obra, o Hip-hop não mais voltou a produzir nada de relevante. Hoje? Eminem, 50 Cent, Missy Elliot e outros quejandos reinam. O Hip-hop morreu.
Durante anos assisti, desconfiado e pouco ou nada entusiasmado, à ascensão do Hip-Hop. Reconhecia-lhe algum mérito na forma como, nalguns casos (muito poucos), se servia do Jazz como fonte de inspiração, repescando temas e passagens da grande tradição Donaldsoniana do Groove, Funk, Jazz & Breakbeat. Mas nada mais do que isso. Havia militância racial a mais para o meu gosto e uma pobreza espiritual irreconciliável.
Eis que, um belo dia, em 1989, o meu amigo Pedro empresta-me um disco intitulado 3 Feet High And Rising. Eu, que vinha da escola Joy Division, New Order, Durutti Column, A Certain Ratio, Smiths, Tuxedomoon, da série Made To Measure da Crammed Discs, etc. etc. etc., passei, algo atónito, dias seguidos sem descolar desse seminal disco dos De La Soul. 3 Feet High and Rising foi a primeira e mais irrefutável prova de como o Hip-Hop/Rap podia constituir um riquíssimo caleidoscópio de ritmos, referências e sensibilidades, construído de forma inteligente: com sentido de humor, bom gosto e uma notável capacidade reinventiva. Na mesma linha, seguiram-se-lhe People’s Instinctive Travels And The Paths Of Rhythm (1990) e The Low End Theory (1991) dos A Tribe Called Quest, Qui Séme Le Vent Récolte Le Tempo (1991) de MC Solaar, Reachin’ (a new refutation of time and space) (1993) dos Digable Planets, Jazzmatazz (1993) de Guru, Atout... Point de Vue (1993) de Soon E MC, Hand on the Torch (1993) dos US 3, Prose Combat (1994) de MC Solaar, Ill Communication (1994) dos Beastie Boys. Mais recentemente, Very Mercenary (1999) dos Herbaliser. E pouco mais.
Retirando estes discos da historiografia do Rap/Hip-hop, e mesmo correndo o risco de ser injusto para com uma ou outra obra, o Hip-hop não mais voltou a produzir nada de relevante. Hoje? Eminem, 50 Cent, Missy Elliot e outros quejandos reinam. O Hip-hop morreu.
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