”’TÁ A VER?”
Eu gosto dos CTT. Considero os CTT uma das empresas públicas que tem prestado um bom serviço ao país. Daquelas de que nos podemos orgulhar. Mas, de tempos a tempos, lembro-me que exerce a sua actividade em regime de monopólio. Em boa verdade, eu até nem queria lembrar-me, mas a empresa faz questão disso. Dois exemplos. Actualmente, uma pessoa dirige-se ao balcão de uma das três estações de correio de Évora, por volta das 17h. Espera-a, invariavelmente, uma lista de espera de cerca de 30 pessoas. A razão é simples: falta de pessoal (e o desemprego aumenta, não é?). Assiste-se, por isso, ao aterrador cenário de cinco lindos balcões inactivos e um completamente entupido. Outro exemplo. Em Évora, a generalidade das empresas da Zona Industrial e do Pargue Industrial não recebe correio vai para dois dias. Telefona-se para o responsável da distribuição, e a resposta é peremptória: “Estamos com falta de pessoal. É o período de férias, ‘tá a ver?” Estou. Estou a ver. “Então vamos nós aí, levantar a correspondência.” “Não podem. Aqui não fazemos distribuição.” E os pagamentos, as declarações, os contratos, as comunicações que aguardamos? “Amanhã logo se vê.” “Amanhã logo se vê” – eis o epíteto perfeito para um país que encerra portas durante dois longos meses.
Eu gosto dos CTT. Considero os CTT uma das empresas públicas que tem prestado um bom serviço ao país. Daquelas de que nos podemos orgulhar. Mas, de tempos a tempos, lembro-me que exerce a sua actividade em regime de monopólio. Em boa verdade, eu até nem queria lembrar-me, mas a empresa faz questão disso. Dois exemplos. Actualmente, uma pessoa dirige-se ao balcão de uma das três estações de correio de Évora, por volta das 17h. Espera-a, invariavelmente, uma lista de espera de cerca de 30 pessoas. A razão é simples: falta de pessoal (e o desemprego aumenta, não é?). Assiste-se, por isso, ao aterrador cenário de cinco lindos balcões inactivos e um completamente entupido. Outro exemplo. Em Évora, a generalidade das empresas da Zona Industrial e do Pargue Industrial não recebe correio vai para dois dias. Telefona-se para o responsável da distribuição, e a resposta é peremptória: “Estamos com falta de pessoal. É o período de férias, ‘tá a ver?” Estou. Estou a ver. “Então vamos nós aí, levantar a correspondência.” “Não podem. Aqui não fazemos distribuição.” E os pagamentos, as declarações, os contratos, as comunicações que aguardamos? “Amanhã logo se vê.” “Amanhã logo se vê” – eis o epíteto perfeito para um país que encerra portas durante dois longos meses.
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