FINALMENTE!
A direcção editorial do jornal Público ensaiou hoje um acto de contrição pelo facto de ter permitido a publicação de dois asquerosos artigos, de um tal Pedro Almeida, sobre o Holocausto. Na nota da direcção, pode ler-se: ”No balanço entre a nossa cultura de abertura e de promoção do debate democrático e a necessidade de não autorizar que se ultrapassem linhas que consideramos civilizacionais, assumimos hoje que a edição desses dois textos, sem qualquer explicação aos leitores, foi um erro pelo qual pedimos desculpa.”
Esta confissão só peca por ser tardia. E não apaga o que aconteceu. O Público – o melhor jornal diário português, um jornal que cresceu muito sob a direcção de José Manuel Fernandes – manchou as suas páginas com dois textos abjectos, que eu nunca esperei ver publicados na imprensa portuguesa. Embora a atitude dos responsáveis do jornal, ao reconhecer o erro, seja louvável e consonante com a seriedade a que o Público nos habituou, a verdade é que mesma não apaga o mal feito. Quantas pessoas, mal informadas, ignorantes ou tendencialmente preconceituosas, terão lido aqueles artigos e com eles terão concordado? A recusa em publicar esses textos não teria sido um acto de censura ou de impedimento do exercício da liberdade de expressão. Pelo contrário. Recusar a sua publicação teria sido um acto de sensatez e lucidez. Um acto de justiça. Mesmo em democracia e em liberdade, há limites. Tem de haver limites. Nem que sejam os limites impostos pelo bom senso.
É pena que, só agora, passados tantos meses, o Público tenha despertado para a questão. Apesar de tudo, congratulo-me com o acto de penitência. Ainda há gente fiel à verdade, que não alinha em nojentos exercícios revisionistas. Num mundo mergulhado no relativismo moral, onde nada mais é certo e onde tudo parece ser questionado, será sempre reconfortante ler o que se leu hoje no editorial do Público. Como diz o povo, mais vale tarde do que nunca.
A direcção editorial do jornal Público ensaiou hoje um acto de contrição pelo facto de ter permitido a publicação de dois asquerosos artigos, de um tal Pedro Almeida, sobre o Holocausto. Na nota da direcção, pode ler-se: ”No balanço entre a nossa cultura de abertura e de promoção do debate democrático e a necessidade de não autorizar que se ultrapassem linhas que consideramos civilizacionais, assumimos hoje que a edição desses dois textos, sem qualquer explicação aos leitores, foi um erro pelo qual pedimos desculpa.”
Esta confissão só peca por ser tardia. E não apaga o que aconteceu. O Público – o melhor jornal diário português, um jornal que cresceu muito sob a direcção de José Manuel Fernandes – manchou as suas páginas com dois textos abjectos, que eu nunca esperei ver publicados na imprensa portuguesa. Embora a atitude dos responsáveis do jornal, ao reconhecer o erro, seja louvável e consonante com a seriedade a que o Público nos habituou, a verdade é que mesma não apaga o mal feito. Quantas pessoas, mal informadas, ignorantes ou tendencialmente preconceituosas, terão lido aqueles artigos e com eles terão concordado? A recusa em publicar esses textos não teria sido um acto de censura ou de impedimento do exercício da liberdade de expressão. Pelo contrário. Recusar a sua publicação teria sido um acto de sensatez e lucidez. Um acto de justiça. Mesmo em democracia e em liberdade, há limites. Tem de haver limites. Nem que sejam os limites impostos pelo bom senso.
É pena que, só agora, passados tantos meses, o Público tenha despertado para a questão. Apesar de tudo, congratulo-me com o acto de penitência. Ainda há gente fiel à verdade, que não alinha em nojentos exercícios revisionistas. Num mundo mergulhado no relativismo moral, onde nada mais é certo e onde tudo parece ser questionado, será sempre reconfortante ler o que se leu hoje no editorial do Público. Como diz o povo, mais vale tarde do que nunca.
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