O melhor bolo de chocolate do mundo
O «esbulho fiscal» vai, brevemente, tomar a forma de lei. A lipoaspiração das gorduritas (afinal poucas, como nos garantem os especialistas) adia-se. As «reformas» (lendárias), diferem-se. Nas autarquias, ninguém parece querer tocar. No parlamento, mugem-se epítetos próprios de arena, por entre a chacota geral (gente muito espirituosa). O grupo parlamentar do PS anuncia um brutal downgrade da sua frota automóvel: de BMWs série 5, para Audis A5. Um senador proclama a ilegitimidade do governo, baseada no facto do povo chamar «ladrão» ao primeiro-ministro (como se esse senador não tivesse sido alvo de idêntica qualificação quando foi primeiro-ministro). Na imprensa, há já quem ponha em causa, com toda a naturalidade, a propriedade privada e exorte a violência (libertadora, presume-se). Na rua – ou melhor, nalgumas artérias da capital -, ladram-se injúrias, galanteiam-se agentes da autoridade, agitam-se djambés e exibem-se seios (ou, prosaicamente, «mamas»). Heroísmos de punho, queixos esmigalhados, cabeças partidas? O melhor povo do mundo.
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