Tão má a emenda quanto o soneto
Depois do Avante ter publicado um inenarrável artigo de opinião de um idiota chamado Jorge Messias, Jerónimo de Sousa veio a terreiro pôr água na fervura. O desagravo foi, apesar da tentativa, uma lástima. Que nos diz Jerónimo? Pois que está tudo bem: as insinuações, pressupostos e extrapolações de Jorge Messias estão correctíssimas, obedecendo a uma lógica infalível. A única salvaguarda que há a fazer, avisa Jerónimo, é não confundir os «israelitas» e o «povo judeu» com o bando dos «sionistas». Os sionistas, segundo Jerónimo, são gente maléfica, merecedora de toda e qualquer crítica. Nada têm que ver com os «israelitas» ou com o «povo judeu». Claro que não, Jerónimo. E o facto de Jorge Messias ter recorrido a um livro cuja teoria esteve na base de tanto ódio e violência em relação aos judeus (dos pogroms ao holocausto), e de achar os Protócolos dos Sábios de Sião um excelente ponto de partida para esmiuçar a urdidura global de certos vilões maléficos, é um pormenor. Só um pormenor. Sem importância, Jerónimo.
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