Só não percebi o «independentemente»
O início do artigo de hoje de Filomena Martins, no DN, é uma pérola: “O "caso Duarte Lima", independentemente do seu desfecho e dos seus protagonistas, veio colocar a nu mais uma enorme brecha da justiça portuguesa. Ficou claro que um cidadão português pode matar outro cidadão português, em alguns países, entre os quais o Brasil, e ficar impune.”
O assunto transitou em julgado na salinha de audiências íntima da senhora jornalista. Não nutro (nem deixo de nutrir) a mais leve simpatia por Duarte Lima. Mas com este calibre de isenção, temo que o homem esteja, «independentemente do seu desfecho», mais frito que um torresmo.
O assunto transitou em julgado na salinha de audiências íntima da senhora jornalista. Não nutro (nem deixo de nutrir) a mais leve simpatia por Duarte Lima. Mas com este calibre de isenção, temo que o homem esteja, «independentemente do seu desfecho», mais frito que um torresmo.
3 Comentários:
A isenção cabe ao tribunal.
É normal que, depois de tanto bombardeamento de pormenores, estejamos minados de dúvidas e 'certezas'. E desejosos de opinar. Mesmo com reticências.
Faz parte do genoma humano.
Há muito que o jornalismo deixou de ser género telex.
Até as expressões faciais dos pivots contam.
E o cavalheiro está mesmo um torresmo...
Ao tribunal cabe julgar. Até lá, a presunção da inocência não convém desaparecer. Por uma questão de decência. Ao menos um «alegado» ou um «alegadamente». E eu nem acredito que, acessoriamente, estou a defender o Duarte Lima.
De acordo. Civilização oblige.
Mas, convenhamos, sempre que se ouve o 'alegadamente' percebe-se o sorrisinho irónico subjacente...
Aquilo de 'onde há fumo, há fogo', que invariavelmente corresponde à realidade...
Quanto ao dom da escrita, à correcção do uso do verbo, ao encanto do espírito e perfeição da forma, sabe bem que existem poucos que o consigam em total esplendor e merecida glória.
;)
Condescendamos, pois, com os 'mortais'...
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