Livrai-nos dele(s), Senhor
Pedro Passos Coelho esteve bem. Ganhou o debate. E a prova disso foi o facto de José Sócrates ter insistido na mais indigente e infantil colectânea de argumentos políticos de que há memória na democracia portuguesa, e que constitui o «core business» da sua campanha: «a culpa não foi minha (foi dos mercados e da crise «internacional»), eu fiz o meu melhor, eu dei o meu melhor, vocês só sabem dizer mal, dizer mal do governo prejudica o país.»
(A campanha do PS resume-se a isto. Nada mais. O PS não fala do seu programa porque o Programa Eleitoral do PS, como peça de vacuidade, ignora grosseiramente a realidade. É um não-programa. O PS não discute o país porque a realidade - os factos políticos, os indicadores económicos e sociais, as restrições e objectivos orçamentais - é avassaladora. A estratégia foi montar uma farsa e apostar no medo: o PS é pelo «Estado Social» (apesar de, como disse Passos Coelho, historicamente os governos de José Sócrates terem sido os que mais cortaram no «Estado Social»), o PSD é contra o «Estado Social». Pelo caminho, José Sócrates está empenhado em disfarçar o que acordou com o FMI, o BCE e a CE. José Sócrates fala como se nada fosse para valer.)
José Sócrates é incapaz – porque é contrário à natureza totalitária da sua (arrogante) presunção – de um acto de expiação, de um mea culpa, de um módico de humildade. Após seis anos de governo e com o país na bancarrota, José Sócrates é a face mais visível do arrivismo político que tem vindo a minar o Partido Socialista (e que pena é que um jovem político inteligente como João Galamba, se tenha deixado contaminar, resumindo-se a uma versão lo-fi do grande líder). O secretário-geral do Partido Socialista transpira pesporrência por todos os poros (com Pedro Passos Coelho, como pessoa educada e leal a debater, a transmitir o contrário). Isso nota-se a uma grande distância. E cada vez mais. O debate de ontem é bem capaz de ter sido o ponto de viragem. A máscara estava por um fio. Ontem, caiu com grande estrondo.
PS: Logo a seguir, no Expresso da Meia Noite (SIC-N), a jactância e a sobranceria políticas marcaram novamente presença. Desta vez pela mão de Augusto Santos Silva (le petit Beria), secundado pelo aspirante Pedro Marques. Uma palhaçada inenarrável.
(A campanha do PS resume-se a isto. Nada mais. O PS não fala do seu programa porque o Programa Eleitoral do PS, como peça de vacuidade, ignora grosseiramente a realidade. É um não-programa. O PS não discute o país porque a realidade - os factos políticos, os indicadores económicos e sociais, as restrições e objectivos orçamentais - é avassaladora. A estratégia foi montar uma farsa e apostar no medo: o PS é pelo «Estado Social» (apesar de, como disse Passos Coelho, historicamente os governos de José Sócrates terem sido os que mais cortaram no «Estado Social»), o PSD é contra o «Estado Social». Pelo caminho, José Sócrates está empenhado em disfarçar o que acordou com o FMI, o BCE e a CE. José Sócrates fala como se nada fosse para valer.)
José Sócrates é incapaz – porque é contrário à natureza totalitária da sua (arrogante) presunção – de um acto de expiação, de um mea culpa, de um módico de humildade. Após seis anos de governo e com o país na bancarrota, José Sócrates é a face mais visível do arrivismo político que tem vindo a minar o Partido Socialista (e que pena é que um jovem político inteligente como João Galamba, se tenha deixado contaminar, resumindo-se a uma versão lo-fi do grande líder). O secretário-geral do Partido Socialista transpira pesporrência por todos os poros (com Pedro Passos Coelho, como pessoa educada e leal a debater, a transmitir o contrário). Isso nota-se a uma grande distância. E cada vez mais. O debate de ontem é bem capaz de ter sido o ponto de viragem. A máscara estava por um fio. Ontem, caiu com grande estrondo.
PS: Logo a seguir, no Expresso da Meia Noite (SIC-N), a jactância e a sobranceria políticas marcaram novamente presença. Desta vez pela mão de Augusto Santos Silva (le petit Beria), secundado pelo aspirante Pedro Marques. Uma palhaçada inenarrável.
2 Comentários:
Sucede que esta terra de outrora bravos se transformou num pântano de dependentes económicos e, até, morais. Vivem com o receio da perda do subsídio e da benesse, acomodados nas regulares sacas de comida e nos descontos e isenções 'estatais'; lambem todas as mãos que lhes pedem silêncio e anuência porque foram criados nesse tempo de respeitos transidos de medo e eles obedecem, ignorando o orgulho, o brio, a coragem e o desassombro de manterem a cabeça à tona por si mesmos, ganhando o que necessitam por mérito e trabalho.
Tantos..., uma lista infinda de sabujos, bem elencada na excelente crónica (mais uma) do Alberto Gonçalves na última 'Sábado'.
Face a isso, a essa multidão de medrosos dependentes, que preferem a mentira e alguns cortes à realidade e às mangas arregaçadas e dentes cerrados, que fazer?
Ouvi-los é perder a fé neste país.
Se os deixarmos ultrapassar na realidade do voto, estamos verdadeiramente perdidos.
E não será ficção.
"José Sócrates é incapaz – porque é contrário à natureza totalitária da sua (arrogante) presunção – de um acto de expiação, de um mea culpa, de um módico de humildade."
O homem não pode contrariar a manifestação da sua psicopatia. Um dos sintomas, retirado da wikipedia:
"Psychopaths lack a sense of guilt or remorse for any harm they may have caused others, instead rationalizing the behavior, blaming someone else, or denying it outright".
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial