Quem se coloca muito a jeito só tem que arranjar poder de encaixe
Num país pejado de conferências de imprensa, comunicações ao país e entrevistas de políticos mangas-de-alpaca, «legitimamente» eleitos pelo bom povo mas que muito devem à mediocridade, não deixa de ser curioso que Pacheco Pereira se tenha sentido fortemente incomodado com a conferência de imprensa dos «funcionários» ou «burocratas» da troika. É a velhinha dicotomia políticos-democraticamente-eleitos-que-representam-o-país (gente intrinsecamente nobre a quem devemos reverencial respeito) vs. burocratas-não-eleitos-que-representam-organizações-não-soberanas (gente mesquinha, apolítica e o mais das vezes representando interesses vis), agravada pela desvalorização de um facto: os senhores «burocratas» estiveram em Portugal como representantes de três organizações que, entre outras coisas, vieram «só» salvar o país da bancarrota. Aliás, após o visionamento do último Quadratura do Círculo, seria bom que Pacheco Pereira pusesse de parte o asco a Passos Coelho e desviasse o seu incómodo para os culpados da presença dos ímpios «burocratas». A haver humilhação, não se culpe o mensageiro.
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