O MacGuffin: Que descanse em paz

sábado, junho 26, 2010

Que descanse em paz

José Saramago sobre Cavaco Silva:

“Agora com a eleição do Sr. Cavaco não quero nada com ele. Onde ele estiver eu não estarei. E se acaso estivesse não o cumprimentaria, faria de conta que não o conhecia porque efectivamente não quero conhecê-lo.”

Era, portanto, imperativa a presença de Cavaco Silva nas exéquias de José Saramago? Cavaco Silva pode ser tudo – provinciano e um apêndice, como diz a Clara Ferreira Alves; mesquinho, como diz o Dr. Louça; pouco solidário e quezilento, como diz, agora, esse vulto político chamado Manuel Alegre. Não é, felizmente, um hipócrita encartado. Tem uma noção apurada do que é decente e digno. E do ridículo. Só a esquerda – que, repito, aproveitou vergonhosamente o caso como arma de arremesso político – não percebeu o óbvio: Cavaco Silva era persona no grata para Saramago. Em vida e, certamente, em morte. Cavaco Silva percebeu isso. Estou em crer que Saramago, onde quer que esteja, terá respeitado a atitude de Cavaco Silva. Provavelmente pela primeira vez.

2 Comentários:

Blogger margarida disse...

Fácil de entender.
Simples de respeitar.

9:46 da manhã  
Blogger LaurentinoProst disse...

Cavaco esteve no seu direito e não devemos censurar a opinião que tem de Saramago. Mas uma coisa é o Cavaco, outra é o PR. E nisso já lhe posso apontar o dedo, porque como representante da nação desvalorizou a obra monumental do único Nobel português da literatura. Por isso, não me venham cá com argumentos fúteis que isso não serve de consolo ao apoia faminto de Cavaco. Há que distinguir as coisas como elas são.

7:45 da tarde  

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