Um partido exemplar
O CDS-PP é um must da política à portuguesa. Ninguém lhe é indiferente. Em certa medida, está ali um Portugal que nos é familiar. No meu caso, levou-me a revisitar Popper e os princípios do liberalismo:
1. O CDS-PP é um mal necessário;
2. A diferença entre os outros partidos do «arco democrático» (PS, PSD e Os Verdes) e o CDS-PP reside no facto de que nos outros partidos podemos desembaraçar-nos dos seus dirigentes sem derramamento de sangue e no CDS-PP não;
3. O CDS-PP não presta aos cidadãos qualquer tipo de benesses mas pode e deve entretê-los com actividades de índole diversa, incluindo as de natureza circense;
4. Não é por Ribeiro e Castro ter ou não razão que se é popular, mas porque o partido, radicado em tradições cénicas e esdrúxulas, propícias à barafunda e à cachamorrada, é albergue preferencial de lutas inofensivas mas lúdicas, levadas a cabo por aprendizes de democracia que evocam a ordem e o respeito pelas instituições só para inglês ver;
5. O princípio do liberalismo exige que as restrições da liberdade individual, inevitáveis em virtude do convívio social, sejam repartidas uniformemente na medida do possível e reduzidas o mais possível. No CDS-PP, as restrições à liberdade não só não são repartidas uniformemente, como devem ser distribuídas de forma a induzir princípios de prática quotidiana que radiquem na contenda infantil, inconsequente e estapafúrdia.
6. Os princípios dos populares podem ser descritos como princípios segundo os quais a instituição existente – o partido – pode e deve, mesmo não sendo necessário, ser modificada, subvertida, desafiada ou desrespeitada. Por outras palavras, no CDS-PP vigora não uma convicção evolucionista, mas sim uma convicção revolucionária.
7. Por último, entre as diversas tradições no CDS-PP, há que referir, como a mais importante, a que deforma a «estrutura legal» institucional relativamente à «estrutura moral», corporizando-se em diatribes e comportamentos indecente de certos membros e/ou dirigentes, impregnados, contudo, de farta comicidade.
1. O CDS-PP é um mal necessário;
2. A diferença entre os outros partidos do «arco democrático» (PS, PSD e Os Verdes) e o CDS-PP reside no facto de que nos outros partidos podemos desembaraçar-nos dos seus dirigentes sem derramamento de sangue e no CDS-PP não;
3. O CDS-PP não presta aos cidadãos qualquer tipo de benesses mas pode e deve entretê-los com actividades de índole diversa, incluindo as de natureza circense;
4. Não é por Ribeiro e Castro ter ou não razão que se é popular, mas porque o partido, radicado em tradições cénicas e esdrúxulas, propícias à barafunda e à cachamorrada, é albergue preferencial de lutas inofensivas mas lúdicas, levadas a cabo por aprendizes de democracia que evocam a ordem e o respeito pelas instituições só para inglês ver;
5. O princípio do liberalismo exige que as restrições da liberdade individual, inevitáveis em virtude do convívio social, sejam repartidas uniformemente na medida do possível e reduzidas o mais possível. No CDS-PP, as restrições à liberdade não só não são repartidas uniformemente, como devem ser distribuídas de forma a induzir princípios de prática quotidiana que radiquem na contenda infantil, inconsequente e estapafúrdia.
6. Os princípios dos populares podem ser descritos como princípios segundo os quais a instituição existente – o partido – pode e deve, mesmo não sendo necessário, ser modificada, subvertida, desafiada ou desrespeitada. Por outras palavras, no CDS-PP vigora não uma convicção evolucionista, mas sim uma convicção revolucionária.
7. Por último, entre as diversas tradições no CDS-PP, há que referir, como a mais importante, a que deforma a «estrutura legal» institucional relativamente à «estrutura moral», corporizando-se em diatribes e comportamentos indecente de certos membros e/ou dirigentes, impregnados, contudo, de farta comicidade.
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