Ai o frio e tal
Ainda não percebi se a infantilização do português adulto, levada a cabo pelos senhores e pelas senhoras (olha aí o politicamente correcto) da Protecção Civil, encontra paralelo nos que habitam a paróquia lusa. Existirão mesmo homens e mulheres de barba rija que sorvem com particular deleite e redobrada atenção os conselhos peripatéticos da Protecção Civil por causa, por exemplo, do frio? Será que conduzimos este país, e a nobre gente que o habita, por caminhos que vieram a revelar-se profícuos na cunhagem de uma nova espécie: a do homo medrosus? Terá o Portugal de Abril (evidentemente ainda por cumprir) produzido uma espécie humana caracterizada por uma pornográfica propensão para a mariquice saloia e para a paranóia? Sonharão os funcionários da Protecção Civil com o dia em que, zelosos e melosos, pegarão nesta gente incauta para junto dos seus próprios lares, onde os esperará o conforto de uma lareira, o aconchego de um abraço amigo e mil e uma histórias de quando o mundo não era assim – frio - e o Al Gore era um tipo relativamente feliz? Ou tudo isto não passa, apenas, de um exercício de excesso de zelo dos funcionários da Protecção Civil, eles próprios cientes da inconsequência e impertinência das suas funções, e por isso acossados?
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