domingo, julho 23, 2006
sexta-feira, julho 21, 2006
Olha aí o Público, outra vez
"Já morreram 336 pessoas no Líbano desde o início da ofensiva, no dia 12 de Julho. Do lado israelita, 33 israelitas - 18 dos quais militares e 15 civis - já perderam a vida."
Alguém na redacção do Público parece ter lido o meu anterior post (permitam-me a presunção da possibilidade e a veleidade de me linkar). Expeditos, trataram de anunciar as mortes israelitas. Só que, desta vez, trataram de «separar», do lado israelita, os civis dos militares. Muito bem, dirão alguns. Revela «rigor». Convinha, contudo, explicar aos mais incautos quatro pequeninos pormenores, a saber: a) o alvo dos israelitas são os operacionais e as infra-estruturas do Hezbollah, e não civis; b) ao contrário do que a notícia parece insinuar - que os «militares» do Hezbollah se insinuam apenas sobre militares israelitas-, o Hezbollah ataca indiscriminadamente, e tem como fim único e irredutível a pulverização do Estado de Israel; c) apesar de possível (o Público nem sequer se esforçou para o fazer; o Diário de Notícias, por exemplo, revelou bom senso ao evitar distinções), apesar de possível, dizia, será sempre difícil separar os terroristas de entre os civis: o estatuto não formalmente militar daqueles permite misturá-los com estes; d) a estratégia abjecta e ignara dos terroristas - a de se misturarem com a população civil e com as suas infra-estruturas - abre a porta aos conhecidos «danos colaterais», que Israel sempre tentou evitar. Dirão alguns que o Público não tem obrigação de explicar isto. Que factos são factos. De acordo? Então, se me permitem, uma morte é uma morte. Não há que separar nada. Não há contabilidade «qualitativa» e/ou «comparativa». Ponto final.
Alguém na redacção do Público parece ter lido o meu anterior post (permitam-me a presunção da possibilidade e a veleidade de me linkar). Expeditos, trataram de anunciar as mortes israelitas. Só que, desta vez, trataram de «separar», do lado israelita, os civis dos militares. Muito bem, dirão alguns. Revela «rigor». Convinha, contudo, explicar aos mais incautos quatro pequeninos pormenores, a saber: a) o alvo dos israelitas são os operacionais e as infra-estruturas do Hezbollah, e não civis; b) ao contrário do que a notícia parece insinuar - que os «militares» do Hezbollah se insinuam apenas sobre militares israelitas-, o Hezbollah ataca indiscriminadamente, e tem como fim único e irredutível a pulverização do Estado de Israel; c) apesar de possível (o Público nem sequer se esforçou para o fazer; o Diário de Notícias, por exemplo, revelou bom senso ao evitar distinções), apesar de possível, dizia, será sempre difícil separar os terroristas de entre os civis: o estatuto não formalmente militar daqueles permite misturá-los com estes; d) a estratégia abjecta e ignara dos terroristas - a de se misturarem com a população civil e com as suas infra-estruturas - abre a porta aos conhecidos «danos colaterais», que Israel sempre tentou evitar. Dirão alguns que o Público não tem obrigação de explicar isto. Que factos são factos. De acordo? Então, se me permitem, uma morte é uma morte. Não há que separar nada. Não há contabilidade «qualitativa» e/ou «comparativa». Ponto final.
quinta-feira, julho 20, 2006
O Público e o sultão no seu melhor
Notícia do Público:
O príncipe herdeiro saudita diz que não pode “deixar Israel continuar a bombardear o Líbano” O príncipe herdeiro e ministro da Defesa da Arábia Saudita, sultão Ben Abdel Aziz, disse hoje em Paris que não podia “deixar Israel continuar as suas acções” no Líbano, durante um encontro com o Presidente Jacques Chirac.
O príncipe sultão expôs a posição saudita depois de um almoço com o chefe do Estado francês. “Nós suportamos e apoiamos qualquer política sábia com o objectivo de encontrar uma solução para os actuais problemas”, em particular o deslocamento de uma força internacional para o sul do Líbano, na fronteira com Israel, declarou.
“Pensamos que essa seria a melhor solução”, disse em resposta a uma pergunta. “Não podemos deixar Israel continuar com as suas acções, não podemos tolerar que Israel brinque com a vida de cidadãos, de civis, de mulheres, de velhos e crianças.”
Os nove dias de bombardeamentos israelitas sobre o seu vizinho do norte mataram mais de 300 pessoas, mas não conseguiram parar os ataques do Hezbollah com rockets ao seu território.
Esta notícia é uma pérola de facciosismo e má-fé. O sultão Ben, coitado, esqueceu o óbvio: uma política «sábia» passa, também, por não deixar que o Hezbollah brinque com a vida de civis inocentes israelitas (mulheres, velhos, crianças). O Público, distraidamente, esquece a referência aos mortos e feridos israelitas. São (muito?) menos, não é?
Palavras para quê? É o jornalismo de referência português. Via «agências».
O príncipe herdeiro saudita diz que não pode “deixar Israel continuar a bombardear o Líbano” O príncipe herdeiro e ministro da Defesa da Arábia Saudita, sultão Ben Abdel Aziz, disse hoje em Paris que não podia “deixar Israel continuar as suas acções” no Líbano, durante um encontro com o Presidente Jacques Chirac.
O príncipe sultão expôs a posição saudita depois de um almoço com o chefe do Estado francês. “Nós suportamos e apoiamos qualquer política sábia com o objectivo de encontrar uma solução para os actuais problemas”, em particular o deslocamento de uma força internacional para o sul do Líbano, na fronteira com Israel, declarou.
“Pensamos que essa seria a melhor solução”, disse em resposta a uma pergunta. “Não podemos deixar Israel continuar com as suas acções, não podemos tolerar que Israel brinque com a vida de cidadãos, de civis, de mulheres, de velhos e crianças.”
Os nove dias de bombardeamentos israelitas sobre o seu vizinho do norte mataram mais de 300 pessoas, mas não conseguiram parar os ataques do Hezbollah com rockets ao seu território.
Esta notícia é uma pérola de facciosismo e má-fé. O sultão Ben, coitado, esqueceu o óbvio: uma política «sábia» passa, também, por não deixar que o Hezbollah brinque com a vida de civis inocentes israelitas (mulheres, velhos, crianças). O Público, distraidamente, esquece a referência aos mortos e feridos israelitas. São (muito?) menos, não é?
Palavras para quê? É o jornalismo de referência português. Via «agências».
sexta-feira, julho 07, 2006
"País engravatado todo o ano a assoar-se à gravata por engano"
Augusto Mateus: "O plano tecnológico não existe, é um powerpoint"
Há palavras que nos beijam
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
quinta-feira, julho 06, 2006
My one and only love
The very thought of you makes
My heart sing
Like an April breeze
On the wings of spring
And you appear in all your splendour
My one and only love
The shadows fall
And spread their mystic charms
In the hush of night
While you're in my arms
I feel your lips so warm and tender
My one and only love
The touch of your hand is like heaven
A heaven that I've never known
The blush on your cheek
Whenever I speak
Tells me that you are my own
You fill my eager heart with
Such desire
Every kiss you give
Sets my soul on fire
I give myself in sweet surrender
My one and only love
The blush on your cheek
Whenever I speak
Tells me that you are my own
You fill my eager heart with
Such desire
Every kiss you give
Sets my soul on fire
I give myself in sweet surrender
My one and only love
My one and only love
quarta-feira, julho 05, 2006
I love it when you read to me
The Book of Love
The book of love is long and boring
No one can lift the damn thing
It's full of charts and facts and figures
and instructions for dancing
but I
I love it when you read to me
and you
you can read me anything
The book of love has music in it
In fact that's where music comes from
Some of it is just transcendental
Some of it is just really dumb
but I
I love when you sing to me
and you
you can sing me anything
The book of love is long and boring
and written very long ago
It's full of flowers
and heart-shaped boxes
and things we are all to young to know
but I
I love it when you give me things
and you
you ought to give me wedding rings
I
I love it when you give me things
and you
you ought to give me wedding rings
Stephin Merritt
in 69 Love Songs
segunda-feira, julho 03, 2006
You do something to me...
(Cole Porter)
I was mighty blue,
thought my life was through,
till the heavens opened,
and I gazed at you.
Won't you tell me, dear,
Why, when you appear,
something happens to me
and the strangest feeling
goes through me?
You do something to me,
something that simply mystifies me.
Tell me, why should it be
you have the power to hypnotize me?
Let me live 'neath your spell,
Do do that voodoo
that you do so well.
For you do something to me
that nobody else could do!
You do something to me,
something that simply mystifies me.
Tell me, why should it be
you have the power to hypnotize me?
Let me live 'neath your spell,
Do do that voodoo
that you do so well.
For you do something to me
that nobody else could do!
Since you came my way
I am bound to say
things I once thought gloomy
now both bright and gay.
I'm so happy now,
and I'm sure somehow,
of this transformation
there can be but
one explanation:
You do something to me,
something that simply mystifies me.
Tell me, why should it be
you have the power to hypnotize me?
Let me live 'neath your spell,
Do do that voodoo
that you do so well.
For you do something to me
that nobody else could do!
You do something to me,
something that simply mystifies me.
Tell me, why should it be
you have the power to hypnotize me?
Let me live 'neath your spell,
Do do that voodoo
that you do so well.
For you do something to me
that nobody else could do!
I was mighty blue,
thought my life was through,
till the heavens opened,
and I gazed at you.
Won't you tell me, dear,
Why, when you appear,
something happens to me
and the strangest feeling
goes through me?
You do something to me,
something that simply mystifies me.
Tell me, why should it be
you have the power to hypnotize me?
Let me live 'neath your spell,
Do do that voodoo
that you do so well.
For you do something to me
that nobody else could do!
You do something to me,
something that simply mystifies me.
Tell me, why should it be
you have the power to hypnotize me?
Let me live 'neath your spell,
Do do that voodoo
that you do so well.
For you do something to me
that nobody else could do!
Since you came my way
I am bound to say
things I once thought gloomy
now both bright and gay.
I'm so happy now,
and I'm sure somehow,
of this transformation
there can be but
one explanation:
You do something to me,
something that simply mystifies me.
Tell me, why should it be
you have the power to hypnotize me?
Let me live 'neath your spell,
Do do that voodoo
that you do so well.
For you do something to me
that nobody else could do!
You do something to me,
something that simply mystifies me.
Tell me, why should it be
you have the power to hypnotize me?
Let me live 'neath your spell,
Do do that voodoo
that you do so well.
For you do something to me
that nobody else could do!