Em socorro do mestre
Militantes e simpatizantes do Bloco de Esquerda, perdão, alguns amigos e companheiros de Boaventura Sousa Santos, perdão, gente de bem que luta pela verdade e pela justiça, enviaram carta aberta à redacção do Público com o solene intuito de defender a honra e o bom nome do cientista social Boaventura Sousa Santos – o Intocável – contra a investida «rasteira» de Maria Filomena Mónica - a Snob.
Alegam os defensores oficiosos de Sousa Santos que Maria Filomena Mónica – a Ímpia - se limitou a pegar num obscuro opúsculo de Sousa Santos - de um tempo e modo que o próprio já renegou, já que, segundo os oficiosos, nem sequer figura no vastíssimo currículo do sociólogo – para assim desferir um desleal ataque ad hominem, carregadinho de má-fé e apontado à cabeça.
Segundo os obsequiadores, aquela a quem o inefável burguês Ivan Nunes chamou de «aristocrata com erros ortográficos», (aren’t we all, dear Ivan?) optou pelo picaresco bárbaro e nada subtil, ao invés de tentar debater "o campo que a ambos diz respeito"(sic): a sociologia. Ou seja, Maria Filomena Mónica optou por confundir o poeta Sousa Santos com o pensador Sousa Santos e, presumo, pior ainda, com o cientista Sousa Santos. Não pretendo beliscar tão bestial reprimenda, a qual, estou em crer, terá lesado a auto-estima de Maria Filomena Mónica de forma irreversível. Digo apenas duas coisas. A primeira, no sentido de louvar a forma sábia e ardilosa como Maria Filomena Mónica se esquivou de debater "o campo que a ambos diz respeito". Como toda a gente sabe, ou deveria saber, é impossível debater o «campo» com Sousa Santos pela simples razão de ser impossível afrontar uma sumidade, uma autoridade, um Deus super omnia. Não é possível «debater» com divinos. Resta, portanto, «bater», neste caso no terráqueo que reúne o poeta - que nada tem que ver, atenção, com o terráqueo-pensador e o terráqueo-cientista. É gente diferente. A segunda: se nos quisermos aventurar no submundo das entrelinhas, podemos facilmente concluir que os defensores de Boaventura Sousa Santos quiseram dizer mais ou menos isto: "1. Sim, é verdade, a poesia de Sousa Santos é, de facto, uma boa merdinha; 2. O sentido de humor nunca nos habitará; 3. Ninguém bate num dos nossos sem que a corporação não se arregimente."
Quanto ao resto, resta que "nem vale a pena dizer mais nada"(sic).
Alegam os defensores oficiosos de Sousa Santos que Maria Filomena Mónica – a Ímpia - se limitou a pegar num obscuro opúsculo de Sousa Santos - de um tempo e modo que o próprio já renegou, já que, segundo os oficiosos, nem sequer figura no vastíssimo currículo do sociólogo – para assim desferir um desleal ataque ad hominem, carregadinho de má-fé e apontado à cabeça.
Segundo os obsequiadores, aquela a quem o inefável burguês Ivan Nunes chamou de «aristocrata com erros ortográficos», (aren’t we all, dear Ivan?) optou pelo picaresco bárbaro e nada subtil, ao invés de tentar debater "o campo que a ambos diz respeito"(sic): a sociologia. Ou seja, Maria Filomena Mónica optou por confundir o poeta Sousa Santos com o pensador Sousa Santos e, presumo, pior ainda, com o cientista Sousa Santos. Não pretendo beliscar tão bestial reprimenda, a qual, estou em crer, terá lesado a auto-estima de Maria Filomena Mónica de forma irreversível. Digo apenas duas coisas. A primeira, no sentido de louvar a forma sábia e ardilosa como Maria Filomena Mónica se esquivou de debater "o campo que a ambos diz respeito". Como toda a gente sabe, ou deveria saber, é impossível debater o «campo» com Sousa Santos pela simples razão de ser impossível afrontar uma sumidade, uma autoridade, um Deus super omnia. Não é possível «debater» com divinos. Resta, portanto, «bater», neste caso no terráqueo que reúne o poeta - que nada tem que ver, atenção, com o terráqueo-pensador e o terráqueo-cientista. É gente diferente. A segunda: se nos quisermos aventurar no submundo das entrelinhas, podemos facilmente concluir que os defensores de Boaventura Sousa Santos quiseram dizer mais ou menos isto: "1. Sim, é verdade, a poesia de Sousa Santos é, de facto, uma boa merdinha; 2. O sentido de humor nunca nos habitará; 3. Ninguém bate num dos nossos sem que a corporação não se arregimente."
Quanto ao resto, resta que "nem vale a pena dizer mais nada"(sic).
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