NOVECENTAS E NOVENTA E SETE
Caro Rui: não se trata de um artigo. Trata-se de um excerto do livro A History of the American People. Antes daquela passagem, encontram-se 997 páginas onde Paul Johnson tenta contar a história de um povo e de uma nação. Novecentas e noventa e sete páginas que explicam, e eu penso que muito bem (mesmo tendo em conta que sou um indefectível de Johnson), as convulsões e as dificuldades por que passou um povo, e as razões das diferenças (escuso de entrar em qualificações ou comparações) entre a Europa e os EUA. Nesse sentido, não julgo que possamos reduzir a historiografia e a história dos EUA a um embate entre um grupo de puritanos, uma natureza agreste e um bando de pacíficos nativos, numa caminhada de quatrocentos anos relativamente fácil e linear. Não concordo com as tuas palavras, mas também não pretendo refutá-las para além disso. Penso que este blogue perderia irremediavelmente os seus milhares (cof, cof) de leitores, sem paciência para suportar uma longa e chata lucubração sobre esta questão, durante a qual teria de falar sobre a Revolução Americana; o conflito entre Patriots e Loyalists; a guerra civil de 1850 a 1870 (na qual podemos encontrar muitas das causas e consequências do que são hoje os EUA); a imigração em massa; as tensões raciais e religiosas; as duas guerras mundiais; as crises e revoluções económicas; etc. etc. Tudo para concluir que foram imensas as adversidades por que passou aquele melting-pot. Ao contrário do que parecem indicar as tuas palavras.
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