DÚVIDAS
Sobre a suposta pressão, ou manipulação, exercida sobre a comunicação social por parte dos poderes (político e económico), e vice-versa - questão despoletada pelo incidente “Marcelo” -, não consigo deixar de me espantar, ainda que de leve, com o que têm escrito os «meus» Vasco Pulido Valente, José Pacheco Pereira e António Barreto - pessoas que sempre tomei, e continuo a tomar, por lúcidas, inteligentes e, para o caso, desassombradas. Nuns casos (JPP e VPV) mais do que noutro (AB), o actual registo não disfarça uma pitada de ingenuidade e uma boa dose do mais puro e visceral ódio relativamente à personagem que ocupa a cadeira de primeiro-ministro de Portugal. Quem os tem lido após o affair "Marcelo", ficará com a sensação de que, para estes colunistas, a chegada de Santana inaugurou um inédito e monstruoso patamar de manietação e tentativa de controlo dos merdia (expressão feliz de Clara Ferreira Alves, outra subscritora da tese). Concomitantemente (esta também é gira Jorge), à tese tem-se juntado um sem número de notícias avulsas que se desunham até à exaustão por a corroborar (a última, no Público, reza assim: ”Pais do Amaral pode precisar de apoio da CGD e do BES” - ou seja, só uma besta não percebe logo o que está aqui em causa: Paes do Amaral feitinho com o poder executivo). Longe de mim estragar a festa, que vai no auge, mas arrisco aliviar-me de umas quantas inquietações:
1) Antes de Santana Lopes (com Durão, Guterres e Cavaco), reinaria a paz, a concórdia, a honestidade e a inocência por entre uma galeria de bons rapazes?
2) Reconhecerão, agora, a Santana tamanha coragem e capacidade para engendrar um masterplan deste calibre?
3) Se Santana nada inaugurou, significa isso que a diferença está no facto de, anteriormente, as coisas se passarem de forma mais discreta, género “quem não vê não sente”, a contento de tudo e todos (jornalistas, comentadores, media, políticos e povo em geral)?
4) Haverá alguma democracia a ocidente - dita séria, liberal, plural, daquelas com os poderes hierarquizados à moda de Sieyès e separados em honra de Montesquieu – isenta de tensões e enleios entre os poderes constituídos e virgem da justaposição/intersecção de interesses entre o poder económico e o poder político?
5) O SCP conseguirá dar-me, logo, uma alegria?
PS: Resposta ao ponto 5): Não.
1) Antes de Santana Lopes (com Durão, Guterres e Cavaco), reinaria a paz, a concórdia, a honestidade e a inocência por entre uma galeria de bons rapazes?
2) Reconhecerão, agora, a Santana tamanha coragem e capacidade para engendrar um masterplan deste calibre?
3) Se Santana nada inaugurou, significa isso que a diferença está no facto de, anteriormente, as coisas se passarem de forma mais discreta, género “quem não vê não sente”, a contento de tudo e todos (jornalistas, comentadores, media, políticos e povo em geral)?
4) Haverá alguma democracia a ocidente - dita séria, liberal, plural, daquelas com os poderes hierarquizados à moda de Sieyès e separados em honra de Montesquieu – isenta de tensões e enleios entre os poderes constituídos e virgem da justaposição/intersecção de interesses entre o poder económico e o poder político?
5) O SCP conseguirá dar-me, logo, uma alegria?
PS: Resposta ao ponto 5): Não.
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