CALMA, MUITA CALMA
Caro Rui,
Julgo não teres percebido a razão de eu ter chamado à colação o número de páginas do livro de Paul Johnson. Não as referi (ao número de páginas) com o intuito de puxar dos galões, nem sequer de entrar numa comparação de «arsenais» (quem leu mais e melhor sobre os EUA, até porque o Vidal, o Boorstin, o Kissinger e o Tocqueville estão ali, a acenar-me da estante). A razão porque as mencionei (às páginas) foi apenas no sentido de contrariar a ideia por ti avançada (poderá ter sido erro de interpretação, admito) de que Paul Johnson teria reduzido em artigo ou em dois ou três parágrafos a história dos EUA. Não o fez. Até porque esse tipo de «reduções» e simplificações não jogam com o modus operandi de um historiador (Johnson) a quem se pode acusar de tudo menos de leviano ou não meticuloso.
Como tu próprio acabas por reconhecer, no teu primeiro post acabaste a simplificar a questão quando a ela te referiste como “um grupo de puritanos, uns índios benevolentes e uma natureza agreste”. Dizes, agora, que não simplificaste em demasia. Eu acho que sim. Desde logo porque reduziste séculos de história a uma série de acontecimentos iniciais, com referências à pré-revolução e à revolução, mesmo sabendo que se trataram de acontecimentos seminais para a história daquela nação.
De resto, acabas por colocar uma pedra sobre o assunto, e muito bem, quando agora dizes “eu não disse que os americanos tiveram a vida mais fácil do que os outros povos. Eu apenas disse que as dificuldades nunca foram transcendentais quando comparadas com a de outros povos.” Inteiramente de acordo! Não acho é que se pudesse ler, nem sequer subentender, nada em contrário da citação de Paul Johnson.
Já em relação à parte final do teu post, quando escreves “Eu acredito que a História americana (no sentido Fukuyamesco do termo) acabou com o fim da Guerra Civil. A partir dai deixou de haver discussão séria na américa acerca do modelo de sociedade a seguir, da mesma forma que a Queda do Muro de Berlim acabou com essa discussão na Europa. Tudo o que aconteceu posteriormente foi uma consequência natural da vitória de Lincoln na Guerra Civil”, dela discordo veementemente. Se tiver tempo, e paciência, voltarei ao assunto.
PS: espero que não leves a mal o tratamento por “tu”.
Julgo não teres percebido a razão de eu ter chamado à colação o número de páginas do livro de Paul Johnson. Não as referi (ao número de páginas) com o intuito de puxar dos galões, nem sequer de entrar numa comparação de «arsenais» (quem leu mais e melhor sobre os EUA, até porque o Vidal, o Boorstin, o Kissinger e o Tocqueville estão ali, a acenar-me da estante). A razão porque as mencionei (às páginas) foi apenas no sentido de contrariar a ideia por ti avançada (poderá ter sido erro de interpretação, admito) de que Paul Johnson teria reduzido em artigo ou em dois ou três parágrafos a história dos EUA. Não o fez. Até porque esse tipo de «reduções» e simplificações não jogam com o modus operandi de um historiador (Johnson) a quem se pode acusar de tudo menos de leviano ou não meticuloso.
Como tu próprio acabas por reconhecer, no teu primeiro post acabaste a simplificar a questão quando a ela te referiste como “um grupo de puritanos, uns índios benevolentes e uma natureza agreste”. Dizes, agora, que não simplificaste em demasia. Eu acho que sim. Desde logo porque reduziste séculos de história a uma série de acontecimentos iniciais, com referências à pré-revolução e à revolução, mesmo sabendo que se trataram de acontecimentos seminais para a história daquela nação.
De resto, acabas por colocar uma pedra sobre o assunto, e muito bem, quando agora dizes “eu não disse que os americanos tiveram a vida mais fácil do que os outros povos. Eu apenas disse que as dificuldades nunca foram transcendentais quando comparadas com a de outros povos.” Inteiramente de acordo! Não acho é que se pudesse ler, nem sequer subentender, nada em contrário da citação de Paul Johnson.
Já em relação à parte final do teu post, quando escreves “Eu acredito que a História americana (no sentido Fukuyamesco do termo) acabou com o fim da Guerra Civil. A partir dai deixou de haver discussão séria na américa acerca do modelo de sociedade a seguir, da mesma forma que a Queda do Muro de Berlim acabou com essa discussão na Europa. Tudo o que aconteceu posteriormente foi uma consequência natural da vitória de Lincoln na Guerra Civil”, dela discordo veementemente. Se tiver tempo, e paciência, voltarei ao assunto.
PS: espero que não leves a mal o tratamento por “tu”.
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