”REPITO, 12”
JMF escreve: ”Algumas almas caridosas escandalizaram-se - pela enésima vez, a paciência desta gente... - com o alegado desprezo/desvalorização/enviesamento com que os media portugueses trataram mais um atentado terrorista em Israel.”
Isto tudo para concluir que essas mesmas almas desprezam/desvalorizam outras situações de dramatismo equivalente ou superior e que, afinal, os atentados terroristas em Israel são, até, bem «tratados» pelos media portugueses.
Faço minhas as palavras do Francisco: “É preciso chegar a esta minha hipocrisia de invocar isto para poder falar daquilo? Onde está alguém a vigiar a linguagem, as equivalências morais, a superioridade do sofrimento, o que é relativo no Kosovo e no Sudão, na Índia e no Peru? Nada é relativo.”
A partir de hoje, JMF fará o favor de invocar todos atentados perpetrados nas imediações (espaciais ou temporais) sempre que decidir comentar ou noticiar um deles. Incluindo a contabilidade dos mortos (“repito, 12”).
PS: Num mundo em que até peças de teatro sobre a dispersão de um corpo no momento de uma explosão servem para «contextualizar» os atentados suicidas sobre civis inocentes; num mundo em que actos anti-semitas gratuitos e atentatórios da dignidade humana são cirurgicamente justificados pelas «opções políticas» de um país terceiro; num mundo em que qualquer manifestaçãozeca contra o grande satã inclui invariavelmente referências desprestigiantes e ofensivas contra “os judeus” e Israel; num mundo que organiza manifestações contra a «política de Sharon» e emudece relativamente a Arafat; num mundo em que a esmagadora maioria da opinião pública ocidental pinta de mártir (branco) um povo e de opressor (preto) outro; talvez um dia JMF perceba porque razão existem por aí “almas caridosas” que não se calam e recusam trair a memória.
JMF escreve: ”Algumas almas caridosas escandalizaram-se - pela enésima vez, a paciência desta gente... - com o alegado desprezo/desvalorização/enviesamento com que os media portugueses trataram mais um atentado terrorista em Israel.”
Isto tudo para concluir que essas mesmas almas desprezam/desvalorizam outras situações de dramatismo equivalente ou superior e que, afinal, os atentados terroristas em Israel são, até, bem «tratados» pelos media portugueses.
Faço minhas as palavras do Francisco: “É preciso chegar a esta minha hipocrisia de invocar isto para poder falar daquilo? Onde está alguém a vigiar a linguagem, as equivalências morais, a superioridade do sofrimento, o que é relativo no Kosovo e no Sudão, na Índia e no Peru? Nada é relativo.”
A partir de hoje, JMF fará o favor de invocar todos atentados perpetrados nas imediações (espaciais ou temporais) sempre que decidir comentar ou noticiar um deles. Incluindo a contabilidade dos mortos (“repito, 12”).
PS: Num mundo em que até peças de teatro sobre a dispersão de um corpo no momento de uma explosão servem para «contextualizar» os atentados suicidas sobre civis inocentes; num mundo em que actos anti-semitas gratuitos e atentatórios da dignidade humana são cirurgicamente justificados pelas «opções políticas» de um país terceiro; num mundo em que qualquer manifestaçãozeca contra o grande satã inclui invariavelmente referências desprestigiantes e ofensivas contra “os judeus” e Israel; num mundo que organiza manifestações contra a «política de Sharon» e emudece relativamente a Arafat; num mundo em que a esmagadora maioria da opinião pública ocidental pinta de mártir (branco) um povo e de opressor (preto) outro; talvez um dia JMF perceba porque razão existem por aí “almas caridosas” que não se calam e recusam trair a memória.
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