OPINIÃO
De João Marcelino:
Uma decisão acertada
"Na véspera, Vítor Constâncio, o insuspeito socialista que há vários anos preside ao Banco de Portugal, tinha anunciado o final da crise. Na Assembleia da República existia, e existe, uma maioria capaz de gerar um Governo estável, como nos últimos dois anos. Uma decisão no sentido de eleições antecipadas não faria qualquer sentido e Jorge Sampaio soube colocar os interesses de Portugal acima dos interesses da família ideológica a que sempre pertenceu.
O Presidente da República resistiu ao apelo da Esquerda, foi isento, e escolheu um caminho que, sendo óbvio à luz do funcionamento de uma qualquer Democracia em estado adulto, o prestigia como referencial de todos os portugueses.
A decisão, no entanto, demorou demasiado. O suspense esgotou o prazo de validade e Jorge Sampaio não resistiu mesmo, qual Hitchcock, à pequena maldade de nos fazer ver os três telejornais até ao fim
Agora abre-se um novo ciclo.
Santana Lopes chega a primeiro-ministro numa conjuntura surpreendente e este facto deve impor-lhe responsabilidades acrescidas. Tem a obrigação de propor ao PR e ao País um Governo forte, coeso e, sobretudo, capaz de não falhar a tão esperada recuperação económica. Os portugueses estarão mais atentos ao seu nível de vida do que à dramatização que a Esquerda não deixará agora de introduzir na vida política.
Há ainda um outro factor decorrente da decisão do Presidente que não é de somenos: o Partido Socialista vai discutir calmamente a liderança e em breve poderá vir a fornecer uma alternativa de novo credível. Isso é igualmente muito importante porque nenhum País pode viver de um só partido ou de uma só corrente política.
Por tudo isto, e pela qualidade do texto, claro, responsável, exigente em relação à coligação PSD/PP, que ontem leu ao País, Jorge Sampaio está de parabéns.
Nota – Nestas últimas duas semanas pudemos constatar como a velha Esquerda e a Direita ressabiada conduziriam Portugal se estivessem no Poder. Felizmente que Soares, Pintasilgo, Freitas e outras figuras já fazem parte do passado. É um sinal de evolução que devemos saber estimar."
De João Marcelino:
Uma decisão acertada
"Na véspera, Vítor Constâncio, o insuspeito socialista que há vários anos preside ao Banco de Portugal, tinha anunciado o final da crise. Na Assembleia da República existia, e existe, uma maioria capaz de gerar um Governo estável, como nos últimos dois anos. Uma decisão no sentido de eleições antecipadas não faria qualquer sentido e Jorge Sampaio soube colocar os interesses de Portugal acima dos interesses da família ideológica a que sempre pertenceu.
O Presidente da República resistiu ao apelo da Esquerda, foi isento, e escolheu um caminho que, sendo óbvio à luz do funcionamento de uma qualquer Democracia em estado adulto, o prestigia como referencial de todos os portugueses.
A decisão, no entanto, demorou demasiado. O suspense esgotou o prazo de validade e Jorge Sampaio não resistiu mesmo, qual Hitchcock, à pequena maldade de nos fazer ver os três telejornais até ao fim
Agora abre-se um novo ciclo.
Santana Lopes chega a primeiro-ministro numa conjuntura surpreendente e este facto deve impor-lhe responsabilidades acrescidas. Tem a obrigação de propor ao PR e ao País um Governo forte, coeso e, sobretudo, capaz de não falhar a tão esperada recuperação económica. Os portugueses estarão mais atentos ao seu nível de vida do que à dramatização que a Esquerda não deixará agora de introduzir na vida política.
Há ainda um outro factor decorrente da decisão do Presidente que não é de somenos: o Partido Socialista vai discutir calmamente a liderança e em breve poderá vir a fornecer uma alternativa de novo credível. Isso é igualmente muito importante porque nenhum País pode viver de um só partido ou de uma só corrente política.
Por tudo isto, e pela qualidade do texto, claro, responsável, exigente em relação à coligação PSD/PP, que ontem leu ao País, Jorge Sampaio está de parabéns.
Nota – Nestas últimas duas semanas pudemos constatar como a velha Esquerda e a Direita ressabiada conduziriam Portugal se estivessem no Poder. Felizmente que Soares, Pintasilgo, Freitas e outras figuras já fazem parte do passado. É um sinal de evolução que devemos saber estimar."
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