FOI BIRRA OU APENAS O CULMINAR DA CRÓNICA DE UMA MORTE HÁ MUITO ANUNCIADA?
Retirando-lhe algum do tom dramático, os laivos de enfado, uma pitada de nervosismo e os recados para o futuro (parece que “só” agora vai passar a estar “atento”), a comunicação de Jorge Sampaio foi clara, concisa e objectiva. Vinda de quem vem, é caso para se abrir uma viuvinha Clicquot.
As reacções à decisão de Jorge Sampaio pautaram-se pela previsibilidade. O PC e o BE optaram pelo já habitual tom da litania, do apocalipse e da mais «profunda indignação». O PP e PSD disseram o que tinham para dizer, sem mais delongas. A excepção vai inteirinha para o PS: o registo foi de tragédia.
A atitude de Ferro Rodrigues, para além de surpreendente, foi, a todos os níveis, lamentável. Tratou-se de uma reacção contrária à postura de contenção, sobriedade e consciência institucional que se exige do líder do maior partido da oposição.
A decisão de Jorge Sampaio era uma decisão que, pela sua natureza e objecto, não poderia significar, fosse para quem fosse, nenhuma vitória ou derrota política. E muito menos pessoal. Fosse qual fosse a decisão, a responsabilidade caberia, única e exclusivamente, ao Presidente da República. Anunciando anteriormente que “respeitaria” qualquer decisão, a reacção de Ferro Rodrigues é, toda ela, no sentido oposto. Ferro Rodrigues deixa no ar a ideia de birra com laivos de rancor por, supostamente, um «amigo» e «camarada» não lhe ter feito a vontade. Ferro Rodrigues acaba por insinuar que falhou em «convencer» o PR a decidir-se por eleições antecipadas, saindo derrotado de uma espécie de plebiscito unipessoal, como se este fosse mais um «combate da sua vida». Atitude totalmente desnecessária e descabida.
Depois, Ferro Rodrigues volta a extremar o seu discurso, muito na linha dos partidos da esquerda extrema (PC e BE), falando numa “solução perigosa” para o país, como se a democracia portuguesa estivesse na iminência de um desastre.
Por último, arrasta consigo, mais uma vez, o partido para uma situação de clara fragilidade.
Teriam razão aqueles que sempre disseram que Ferro Rodrigues era politicamente inapto para dirigir o seu partido e, no limite, os destinos de um país?
PS: Quer-me, contudo, parecer que, com a saída de Ferro Rodrigues, o PS sai vitorioso. Fica aberta a possibilidade de eleger um líder bem mais capaz e que varra, de uma vez por todas, toda a canga ideologicamente passadista que tende a soterrar o PS em preconceitos e tiques típicos de um partido entrincheirado no saudosismo dos «amanhãs que cantam» e nos dogmas do velho socialismo.
Retirando-lhe algum do tom dramático, os laivos de enfado, uma pitada de nervosismo e os recados para o futuro (parece que “só” agora vai passar a estar “atento”), a comunicação de Jorge Sampaio foi clara, concisa e objectiva. Vinda de quem vem, é caso para se abrir uma viuvinha Clicquot.
As reacções à decisão de Jorge Sampaio pautaram-se pela previsibilidade. O PC e o BE optaram pelo já habitual tom da litania, do apocalipse e da mais «profunda indignação». O PP e PSD disseram o que tinham para dizer, sem mais delongas. A excepção vai inteirinha para o PS: o registo foi de tragédia.
A atitude de Ferro Rodrigues, para além de surpreendente, foi, a todos os níveis, lamentável. Tratou-se de uma reacção contrária à postura de contenção, sobriedade e consciência institucional que se exige do líder do maior partido da oposição.
A decisão de Jorge Sampaio era uma decisão que, pela sua natureza e objecto, não poderia significar, fosse para quem fosse, nenhuma vitória ou derrota política. E muito menos pessoal. Fosse qual fosse a decisão, a responsabilidade caberia, única e exclusivamente, ao Presidente da República. Anunciando anteriormente que “respeitaria” qualquer decisão, a reacção de Ferro Rodrigues é, toda ela, no sentido oposto. Ferro Rodrigues deixa no ar a ideia de birra com laivos de rancor por, supostamente, um «amigo» e «camarada» não lhe ter feito a vontade. Ferro Rodrigues acaba por insinuar que falhou em «convencer» o PR a decidir-se por eleições antecipadas, saindo derrotado de uma espécie de plebiscito unipessoal, como se este fosse mais um «combate da sua vida». Atitude totalmente desnecessária e descabida.
Depois, Ferro Rodrigues volta a extremar o seu discurso, muito na linha dos partidos da esquerda extrema (PC e BE), falando numa “solução perigosa” para o país, como se a democracia portuguesa estivesse na iminência de um desastre.
Por último, arrasta consigo, mais uma vez, o partido para uma situação de clara fragilidade.
Teriam razão aqueles que sempre disseram que Ferro Rodrigues era politicamente inapto para dirigir o seu partido e, no limite, os destinos de um país?
PS: Quer-me, contudo, parecer que, com a saída de Ferro Rodrigues, o PS sai vitorioso. Fica aberta a possibilidade de eleger um líder bem mais capaz e que varra, de uma vez por todas, toda a canga ideologicamente passadista que tende a soterrar o PS em preconceitos e tiques típicos de um partido entrincheirado no saudosismo dos «amanhãs que cantam» e nos dogmas do velho socialismo.
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