FOI VOCÊ QUE PEDIU UM RELATIVISTA?
Cuba e Fidel, III parte
O José Luis responde ao repto:
”Acerca de Cuba e de Fidel gostaria de responder à tua "Pergunta". Não podemos esquecer que Fidel foi um lider político que lutou e sofreu nos anos 50, juntamente com outros como Che Guevara (que os cubanos veneram), para derrotar um regime que mais não fez do que vender o país aos desígnios e interesses do vizinho, qual potência colonial, traindo a memória de heróis nacionais como José Marti ou Camilo Cienfuegos. Fulgêncio Baptista, apesar de longe do requinte torcionário de um Pinochet (também ele idealizado, construído e apoiado pelos EUA), não era mais do que uma marioneta dos norte americanos, os quais além de usufruírem dos encantos turísticos do país, lhe estorquiam todos os seus recursos naturais e faziam da sua população um exército de mão de obra barata ao seu (deles) dispôr. No pós revolução, algum ressentimento, alguma cegueira ou parolismo político dos EUA (pátria do McCarthismo...), empurraram Fidel Castro para os braços da União Soviética com a qual estabeleceu um relacionamento extremamente favorável no aspecto económico, que permitiu um conjunto de realizações nomeadamente no campo da saúde e da educação que ainda hoje são o orgulho dos cubanos, em troca, claro, de um regime político de contornos socialistas, que num contexto de guerra fria e dada a sua localização geográfica constituía uma pérola para os soviéticos. Fidel ter-se-á acomodado à situação e assim deixado resvalar o seu país para uma enorme e nova dependência externa, da qual a monocultura de açucar será o aspecto mais emblemático,paralelamente foi deixando criar à sua volta um aparelho político extremamente burocrático, sedento de privilégios, característica comum aos regimes socialistas de então. A queda do muro de Berlim e principalmente o fim da União Soviética apanharam Fidel de surpresa e acabaram com cerca de 90% do seu comércio externo, deixando o país numa situação penosa. Poder-se-á afirmar que então Fidel parou no tempo, o que não deixa de ser verdade, mas qual sería a alternativa? um Boris Ieltsine de rum e charuto? A gangsterização, destruição e degradação compulsiva de todo país tal como sucedeu na Rússia?
Não gosto de totalitarismos e Fidel é um líder totalitário (satisfeito, amigo Carlos ?), contudo penso que ao olharmos para cada um dos pontos nucleares da história de Cuba no sec XX, descobrimos que as alternativas em cada um deles não seriam muito melhores, e vendo as coisas sob outro prisma até poderíamos elogiar a inteligência de Fidel na sua relação com a URSS, da qual beneficiou todo o povo cubano, ou a sua tenacidade em manter a soberania nacional no contexto do pós guerra fria. Cuba é talvez o melhor exemplo do quanto a existência de duas superpotências era bem melhor do que uma só, e também de que o fim da União Soviética apenas beneficiou alguns e prejudicou muitos, em primeiro lugar os próprios Russos (mas isso são contas de outro rosário...). Para terminar devo dizer que apesar de considerar Cuba um regime totalitário com uma gestão económica e política bastante duvidosa, como muitos outros, não me parece que se possa afirmar tratar-se de uma ditadura opressiva (oprimidos há-os em todo o lado, até em Portugal...), torcionária e sanguinária, e a este respeito é curioso que quando lá estive algumas das críticas que ouví ao regime fossem feitas por um responsável do Museu da Revolução em Havana, em pleno museu e na frente de várias pessoas o que demonstra que Cuba ao contrário do que é comum ouvir-se, não é um estado policial onde as pessoas se sintam amordaçadas (o problema pareceu-me ser mais a anarquia e as economias paralelas do que a ordem e o terror) . Da minha parte pude falar com toda a gente, ouvir falar do regime (bem e mal) e entrar em todo o lado sem sequer sentir qualquer tipo de observação mais desconfiada, ao contrário do que sucedeu em outros países que visitei como a bela mas politicamente obscura Tunísia (segundo os EUA uma dócil democracia ocidentalizada...) e até países acabadinhos de entrar na União Europeia como a Hungria, a Eslováquia, a República Checa ou a Polónia, onde se nota a todo o momento um tipo de policiamento um tanto repressivo (embora aquí acredite que sem contornos políticos) ao qual nós portugueses não estamos habituados."
Caro Zé Luis: quando acabei de ler o teu comentário, lembrei-me de lhe arranjar o título em epígrafe. Robert Nozick, na obra “Invariances”, no capítulo sobre a verdade e o relativismo, lembrava, a título de exemplo, que embora Hayek e Friedman tivessem produzido argumentos sólidos e fortíssimos sobre a falência dos sistemas socialistas e a estagnação económica daí resultante, pouco tardou até ao aparecimento, na esteira de Thomas Khun, dos «paradigmas» relativizantes para dar a volta ao texto. Bem-vindos ao admirável mundo da pós-modernidade! “Contra factos não há argumentos”? Nãã. Errado. Chão que já deu uvas. Contra factos há... «paradigmas». “Sinta-se seguro dentro do seu «paradigma político» - albergue ideal para todo o tipo de revisionismos e perspectivas históricas” podia ser o slogan.
Reconheço que é esforçada a forma como tentas «enquadrar», «contextualizar» e «relativizar» - numa palavra: justificar – o que se passou em Cuba (afinal de contas, como tu dizes, Histórias há muitas...). Mas o esforço é inglório, caro Zé Luis. Castro foi um ditador opressivo, ponto final parágrafo. Se, para ti, um autocrata que aniquilou milhares de pessoas, levou ao exílio milhões, manteve, durante décadas, milhares de presos políticos, utilizou métodos de tortura primários e silenciou vozes dissonantes, ainda pode não ser considerado «opressivo», valerá a pena responder-te?
O que essa cortina de fumo, em forma de explicação rosácea e arrumadinha, deixa à solta é um demónio descontrolado. É o demónio do relativismo, que abre portas à possibilidade de se poder a ele recorrer sempre que der «no jeito» – à esquerda, à direita, em cima, em baixo, etc. A partir do momento em que «contextualizas», «enquadras» e «compreendes» Fidel, abres caminho a «compreenderes», também, por exemplo, Pinochet. Onde está a diferença? No número de mortos? No tipo de instrumentos utilizados? No estilo? Um tinha barba, fumava Cohibas e bebia rum, o outro tinha bigode, fumava Romeu & Julieta importados e bebia Bombay Sapphire?
É bom não esquecer que Castro não foi o único opositor à ditadura de Batista. Mais: até à instituição da política de embargo à venda de armas, Castro tinha uma minoria de homens ao seu lado (nunca chegaram a ultrapassar os 3.000). Como bom oportunista e propagandista (era o próprio Che Guevara que dizia “a presença de jornalistas estrangeiros, de preferência americanos, é mais importante do que uma vitória militar”), Fidel Castro aproveitou o ‘gap’ momentâneo de liderança oposicionista para se instalar no poder. A sua principal intenção, longe do ideal de "libertação" e "esperança", romantizado pela intelligentsia ocidental (Herbert Mathews e o New York Times – grandes apoiantes de Castro nos EUA - viam-no como o T. E. Lawrence das Caraíbas), foi a da conquista desse mesmo poder.
Fidel Castro foi, e é, um ditador opressivo, leninista nos métodos e fascista nos dotes de oratória pública. Desde o inicio tratou de aniquilar e neutralizar as forças anti-Batista que não alinhavam consigo. Tratou de silenciar os liberais e os democratas do Directório Revolucionário. Aboliu por decreto todos os partidos políticos (“Há eleições todos os dias em Cuba. O regime revolucionário expressa a vontade popular” afirmou ele). Em Março de 1959 assassinou o que restava do “rule of law”, silenciando com chumbo o juiz do tribunal que tinha acabado de absolver, de crimes de guerra, 44 homens de Batista (posteriormente julgados por um juiz «amigo», desta vez com direito a 33 anos de prisão). A palavra a Castro: “A justiça revolucionária não tem por base preceitos legais mas sim convicções morais.” É engraçado falares em Camilo Cienfuegos: também ele não resistiu às purgas de Fidel, em finais de 1959. Mais tarde, com o desastre da Baia dos Porcos, acentuaram-se as campanhas de terror contra todos os focos de oposição – e desta vez com o apoio maciço da URSS. A grande maioria dos que se encontravam presos foram executados. Cerca de 100.000 foram encarcerados (só nos anos 60 mais de 1 milhão de cubanos abandonaram o seu país, provavelmente por causa do clima...). Em 1961 Cuba era, visto de qualquer perspectiva, um Estado socialista totalitário. Ao longo dos anos, Fidel teve ainda tempo e meios (URSS) para exportar a «revolução» para a América do Sul e Central, e enviar pelo menos três forças para África, para ajudar a política soviética nesse continente.
Não deixa de ser patética a forma como hoje, passados 44 anos, ainda haja quem alinhe no mesmo tipo de compreensão de quem, nos anos 70 e 80, olhava Fidel como o último reduto da força libertadora e igualitária do comunismo, à falta de Estaline e Mao (com o tempo desmascarados).
Perguntas-me se estou satisfeito. Não estou. Não posso estar enquanto, no seguimento de afirmações aparentemente pacíficas (“Fidel é um lider totalitário”), continue a surgir um “contudo”, um “mas”, um “no entanto” que abra caminho para justificar, absolver ou compreender ditaduras opressivas, que se perpetuaram no tempo com o beneplácito da intelligentsia ocidental, supostamente sofisticada. A mesma que tarda em dar o braço a torcer. Como poderei um dia explicar-te isto se, como tu próprio dizes, “oprimidos há-os por todo o lado, até em Portugal”...
Cuba e Fidel, III parte
O José Luis responde ao repto:
”Acerca de Cuba e de Fidel gostaria de responder à tua "Pergunta". Não podemos esquecer que Fidel foi um lider político que lutou e sofreu nos anos 50, juntamente com outros como Che Guevara (que os cubanos veneram), para derrotar um regime que mais não fez do que vender o país aos desígnios e interesses do vizinho, qual potência colonial, traindo a memória de heróis nacionais como José Marti ou Camilo Cienfuegos. Fulgêncio Baptista, apesar de longe do requinte torcionário de um Pinochet (também ele idealizado, construído e apoiado pelos EUA), não era mais do que uma marioneta dos norte americanos, os quais além de usufruírem dos encantos turísticos do país, lhe estorquiam todos os seus recursos naturais e faziam da sua população um exército de mão de obra barata ao seu (deles) dispôr. No pós revolução, algum ressentimento, alguma cegueira ou parolismo político dos EUA (pátria do McCarthismo...), empurraram Fidel Castro para os braços da União Soviética com a qual estabeleceu um relacionamento extremamente favorável no aspecto económico, que permitiu um conjunto de realizações nomeadamente no campo da saúde e da educação que ainda hoje são o orgulho dos cubanos, em troca, claro, de um regime político de contornos socialistas, que num contexto de guerra fria e dada a sua localização geográfica constituía uma pérola para os soviéticos. Fidel ter-se-á acomodado à situação e assim deixado resvalar o seu país para uma enorme e nova dependência externa, da qual a monocultura de açucar será o aspecto mais emblemático,paralelamente foi deixando criar à sua volta um aparelho político extremamente burocrático, sedento de privilégios, característica comum aos regimes socialistas de então. A queda do muro de Berlim e principalmente o fim da União Soviética apanharam Fidel de surpresa e acabaram com cerca de 90% do seu comércio externo, deixando o país numa situação penosa. Poder-se-á afirmar que então Fidel parou no tempo, o que não deixa de ser verdade, mas qual sería a alternativa? um Boris Ieltsine de rum e charuto? A gangsterização, destruição e degradação compulsiva de todo país tal como sucedeu na Rússia?
Não gosto de totalitarismos e Fidel é um líder totalitário (satisfeito, amigo Carlos ?), contudo penso que ao olharmos para cada um dos pontos nucleares da história de Cuba no sec XX, descobrimos que as alternativas em cada um deles não seriam muito melhores, e vendo as coisas sob outro prisma até poderíamos elogiar a inteligência de Fidel na sua relação com a URSS, da qual beneficiou todo o povo cubano, ou a sua tenacidade em manter a soberania nacional no contexto do pós guerra fria. Cuba é talvez o melhor exemplo do quanto a existência de duas superpotências era bem melhor do que uma só, e também de que o fim da União Soviética apenas beneficiou alguns e prejudicou muitos, em primeiro lugar os próprios Russos (mas isso são contas de outro rosário...). Para terminar devo dizer que apesar de considerar Cuba um regime totalitário com uma gestão económica e política bastante duvidosa, como muitos outros, não me parece que se possa afirmar tratar-se de uma ditadura opressiva (oprimidos há-os em todo o lado, até em Portugal...), torcionária e sanguinária, e a este respeito é curioso que quando lá estive algumas das críticas que ouví ao regime fossem feitas por um responsável do Museu da Revolução em Havana, em pleno museu e na frente de várias pessoas o que demonstra que Cuba ao contrário do que é comum ouvir-se, não é um estado policial onde as pessoas se sintam amordaçadas (o problema pareceu-me ser mais a anarquia e as economias paralelas do que a ordem e o terror) . Da minha parte pude falar com toda a gente, ouvir falar do regime (bem e mal) e entrar em todo o lado sem sequer sentir qualquer tipo de observação mais desconfiada, ao contrário do que sucedeu em outros países que visitei como a bela mas politicamente obscura Tunísia (segundo os EUA uma dócil democracia ocidentalizada...) e até países acabadinhos de entrar na União Europeia como a Hungria, a Eslováquia, a República Checa ou a Polónia, onde se nota a todo o momento um tipo de policiamento um tanto repressivo (embora aquí acredite que sem contornos políticos) ao qual nós portugueses não estamos habituados."
Caro Zé Luis: quando acabei de ler o teu comentário, lembrei-me de lhe arranjar o título em epígrafe. Robert Nozick, na obra “Invariances”, no capítulo sobre a verdade e o relativismo, lembrava, a título de exemplo, que embora Hayek e Friedman tivessem produzido argumentos sólidos e fortíssimos sobre a falência dos sistemas socialistas e a estagnação económica daí resultante, pouco tardou até ao aparecimento, na esteira de Thomas Khun, dos «paradigmas» relativizantes para dar a volta ao texto. Bem-vindos ao admirável mundo da pós-modernidade! “Contra factos não há argumentos”? Nãã. Errado. Chão que já deu uvas. Contra factos há... «paradigmas». “Sinta-se seguro dentro do seu «paradigma político» - albergue ideal para todo o tipo de revisionismos e perspectivas históricas” podia ser o slogan.
Reconheço que é esforçada a forma como tentas «enquadrar», «contextualizar» e «relativizar» - numa palavra: justificar – o que se passou em Cuba (afinal de contas, como tu dizes, Histórias há muitas...). Mas o esforço é inglório, caro Zé Luis. Castro foi um ditador opressivo, ponto final parágrafo. Se, para ti, um autocrata que aniquilou milhares de pessoas, levou ao exílio milhões, manteve, durante décadas, milhares de presos políticos, utilizou métodos de tortura primários e silenciou vozes dissonantes, ainda pode não ser considerado «opressivo», valerá a pena responder-te?
O que essa cortina de fumo, em forma de explicação rosácea e arrumadinha, deixa à solta é um demónio descontrolado. É o demónio do relativismo, que abre portas à possibilidade de se poder a ele recorrer sempre que der «no jeito» – à esquerda, à direita, em cima, em baixo, etc. A partir do momento em que «contextualizas», «enquadras» e «compreendes» Fidel, abres caminho a «compreenderes», também, por exemplo, Pinochet. Onde está a diferença? No número de mortos? No tipo de instrumentos utilizados? No estilo? Um tinha barba, fumava Cohibas e bebia rum, o outro tinha bigode, fumava Romeu & Julieta importados e bebia Bombay Sapphire?
É bom não esquecer que Castro não foi o único opositor à ditadura de Batista. Mais: até à instituição da política de embargo à venda de armas, Castro tinha uma minoria de homens ao seu lado (nunca chegaram a ultrapassar os 3.000). Como bom oportunista e propagandista (era o próprio Che Guevara que dizia “a presença de jornalistas estrangeiros, de preferência americanos, é mais importante do que uma vitória militar”), Fidel Castro aproveitou o ‘gap’ momentâneo de liderança oposicionista para se instalar no poder. A sua principal intenção, longe do ideal de "libertação" e "esperança", romantizado pela intelligentsia ocidental (Herbert Mathews e o New York Times – grandes apoiantes de Castro nos EUA - viam-no como o T. E. Lawrence das Caraíbas), foi a da conquista desse mesmo poder.
Fidel Castro foi, e é, um ditador opressivo, leninista nos métodos e fascista nos dotes de oratória pública. Desde o inicio tratou de aniquilar e neutralizar as forças anti-Batista que não alinhavam consigo. Tratou de silenciar os liberais e os democratas do Directório Revolucionário. Aboliu por decreto todos os partidos políticos (“Há eleições todos os dias em Cuba. O regime revolucionário expressa a vontade popular” afirmou ele). Em Março de 1959 assassinou o que restava do “rule of law”, silenciando com chumbo o juiz do tribunal que tinha acabado de absolver, de crimes de guerra, 44 homens de Batista (posteriormente julgados por um juiz «amigo», desta vez com direito a 33 anos de prisão). A palavra a Castro: “A justiça revolucionária não tem por base preceitos legais mas sim convicções morais.” É engraçado falares em Camilo Cienfuegos: também ele não resistiu às purgas de Fidel, em finais de 1959. Mais tarde, com o desastre da Baia dos Porcos, acentuaram-se as campanhas de terror contra todos os focos de oposição – e desta vez com o apoio maciço da URSS. A grande maioria dos que se encontravam presos foram executados. Cerca de 100.000 foram encarcerados (só nos anos 60 mais de 1 milhão de cubanos abandonaram o seu país, provavelmente por causa do clima...). Em 1961 Cuba era, visto de qualquer perspectiva, um Estado socialista totalitário. Ao longo dos anos, Fidel teve ainda tempo e meios (URSS) para exportar a «revolução» para a América do Sul e Central, e enviar pelo menos três forças para África, para ajudar a política soviética nesse continente.
Não deixa de ser patética a forma como hoje, passados 44 anos, ainda haja quem alinhe no mesmo tipo de compreensão de quem, nos anos 70 e 80, olhava Fidel como o último reduto da força libertadora e igualitária do comunismo, à falta de Estaline e Mao (com o tempo desmascarados).
Perguntas-me se estou satisfeito. Não estou. Não posso estar enquanto, no seguimento de afirmações aparentemente pacíficas (“Fidel é um lider totalitário”), continue a surgir um “contudo”, um “mas”, um “no entanto” que abra caminho para justificar, absolver ou compreender ditaduras opressivas, que se perpetuaram no tempo com o beneplácito da intelligentsia ocidental, supostamente sofisticada. A mesma que tarda em dar o braço a torcer. Como poderei um dia explicar-te isto se, como tu próprio dizes, “oprimidos há-os por todo o lado, até em Portugal”...
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