E, de repente, a crise política
Ou talvez não. A jovem democracia portuguesa parece acordar para um facto ainda desconhecido: governos de coligação, em épocas de crise, são caracterizados por uma «dialéctica» (usemos um termo querido à esquerda) particularmente viva. Mais: parece cada vez mais claro que a direita não é toda igual (havia um mito português em torno da suposta «homogeneidade» ideológica dos partidos de direita, guiados invariavelmente pelos esconjurados «interesses» económicos).
Tanto quanto sei – admito estar enganado -, uma coligação é formada por dois ou mais partidos cuja sintonia e harmonia são inversamente proporcionais à dimensão das crises económicas e à imaturidade das criaturas que a compõem.
Bem sei que, num mundo ideal, devia ser ao contrário: o agigantar das crises deveria suscitar maior coesão e um módico de sentido de responsabilidade – ou, pondo as coisas de forma mais comezinha, juizinho. Ora, o mundo tende a ser um pouco avesso a idealismos, sobretudo quando em presença de crises pouco menos que bíblicas.
É claro que a trupe comentadeira anda histérica com a perspectiva de golpadas palacianas, vichyssoises servidas a altas horas da madrugada, farpas avulsas e a lufa-lufa das «fontes» (do Caldas à Lapa). Observem-se Luis Delgado e Pedro Marques Lopes: estão de cabeça perdida. E até os mais ponderados abraçaram o toque tremendista da portuguese school of commentary.
A sério: tenham juízo. Todos.
Tanto quanto sei – admito estar enganado -, uma coligação é formada por dois ou mais partidos cuja sintonia e harmonia são inversamente proporcionais à dimensão das crises económicas e à imaturidade das criaturas que a compõem.
Bem sei que, num mundo ideal, devia ser ao contrário: o agigantar das crises deveria suscitar maior coesão e um módico de sentido de responsabilidade – ou, pondo as coisas de forma mais comezinha, juizinho. Ora, o mundo tende a ser um pouco avesso a idealismos, sobretudo quando em presença de crises pouco menos que bíblicas.
É claro que a trupe comentadeira anda histérica com a perspectiva de golpadas palacianas, vichyssoises servidas a altas horas da madrugada, farpas avulsas e a lufa-lufa das «fontes» (do Caldas à Lapa). Observem-se Luis Delgado e Pedro Marques Lopes: estão de cabeça perdida. E até os mais ponderados abraçaram o toque tremendista da portuguese school of commentary.
A sério: tenham juízo. Todos.
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