Manuel Joseph Heller Alegre
Manuel Alegre é um homem encurralado. Ao ter aceite publica e assertivamente o apoio do PS, chegando a colar-se em mais do que uma ocasião a decisões do governo e ao próprio primeiro-ministro, dificilmente poderá, daqui para a frente, enveredar por uma via divergente ou emancipadora, relativamente a este desgraçado governo e a este desacreditado PS. Até porque não pode correr o risco de perder mais eleitores socialistas, como demonstra a mais recente sondagem estar já a acontecer.
Ao não o fazer, também por questões de ordem prática e/ou logística, Manuel Alegre perderá a aura de candidato apartidário ou suprapartidário, que tantas vezes tem pretendido adoptar. Se o tentar fazer, correrá o risco de perder mais uma fatia do eleitorado do PS (a fatia que, embora desconfiada, ainda o apoia por apego ao partido) e de fazer a figura de quem, à última da hora, por via do desespero, deita mão do mais pueril dos taticismos.
O nó parece górdio. Neste caso, nem a poesia o salvará.
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