The man behind the politician
A figura de José Sócrates tomou de assalto a generalidade dos jornais e das revistas. Incluindo as do «coração». Aliás, sobretudo as do «coração». De há duas semanas a esta parte, está em curso uma campanha de «humanização» do «animal» sem precedentes. Não há a menor dúvida de que a máquina de propaganda e imagem do PS não brinca em serviço. Nada é deixado ao acaso. Ficámos a saber, no espaço de poucos dias, dos dramas da família de José Sócrates, dos estados de alma de José Sócrates, do periquito de José Sócrates e, mais recentemente, da doce revelação de que é a namorada que lhe escolhe a roupa (Zegna, Boss, Armani?). O homem é, afinal, humano: capaz de amar, sofrer, chorar e sorrir. O problema é o resto: também é capaz de arriscar a pior demagogia, falsear ou deturpar declarações, pressionar jornalistas directa ou por interposta pessoa, fazer-se de vitima e de homem providencial. Afinal de contas, a campanha tem um mote: ou eu ou o caos. O homem é, de facto, do mais humano que há. Para o bem, mas sobretudo para o mal.
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