Sorte, azar ou Pinóquio?
Quem por estes dias aterre em Portugal e, desconhecendo o território, os usos e costumes dos local peasants, procure alguma informação sobre a evolução política, económica e social do país utilizando um browser, pode ter, por um lado, a sorte de encontrar o SIMplex e, por outro, o azar de encontrar o SIMplex.
Sorte porque, como alienígena simpático e bem intencionado, ficará radiante por saber que chegou a um país na sua fase pós-trevas. Dissecando com alguma atenção (não muita porque aquilo é tão explicito e fundamentado que exige um esforço cognitivo mínimo) os relatos do SIMplex, chegará rapidamente à conclusão que esta paróquia viveu na escuridão até 2005, servida, até então, por um bando de alucinados basbaques alaranjados que nada fizeram pelo povo e tudo complicaram por manifesta incompetência e apego cego a interesses obscuros. Mais uma vez com relativa parcimónia intelectual (outra, aliás, não lhe é exigida), travará conhecimento com uma personagem extraordinária, mítica, dona de uma vontade indómita e de um coração de ouro – o Sr. Eng. José Sócrates, de seu nome -, o qual, durante quatro anos de dedicação sacrossanta e grande espírito de sacrifício, liderou com especial génio, notável zelo mas, acima de tudo, punho delico-forte o batalhão de bravos que resgataram o país do abismo.
Azar porque, como viajante não muito propenso a confusões e avesso a agitações de ordem social, aperceber-se-à de que aquela gente manhosa, acéfala e aparvalhada, cuja presença e acção tinha servido, até 2005, de tampão à luz, prepara agora com afinco, embora de forma meio atrapalhada segundo os cronistas do SIMplex, um regresso despudorado (a lata, vejam bem), utilizando, para o efeito, uma série de armas desleais. Bombas, mísseis, motins nos aquartelamentos, manobras subterrâneas de índole mercenária, obuzes de morteiro powered by Hamas? Nada disso. Muito pior: «maledicência», «linguagem politicamente paupérrima», «mentira travestida de verdade», populismo e demagogia muito, muito, muito ruins.
O que fazer, interrogar-se-à o forasteiro. Fugir para não ter que assistir ao fim do sonho e ao regresso das sombras? Ficar para ajudar esta gente de bem a liquidar a má gente, que se prepara agora para regressar e lixar o paraíso? Ou, numa insólita terceira via, acreditar que tudo aquilo não passa de retórica «paupérrima», fechar o browser, marcar mesa no Pinóquio e combater a gripe com o recurso à cervejinha? Escolha difícil, esta.
Sorte porque, como alienígena simpático e bem intencionado, ficará radiante por saber que chegou a um país na sua fase pós-trevas. Dissecando com alguma atenção (não muita porque aquilo é tão explicito e fundamentado que exige um esforço cognitivo mínimo) os relatos do SIMplex, chegará rapidamente à conclusão que esta paróquia viveu na escuridão até 2005, servida, até então, por um bando de alucinados basbaques alaranjados que nada fizeram pelo povo e tudo complicaram por manifesta incompetência e apego cego a interesses obscuros. Mais uma vez com relativa parcimónia intelectual (outra, aliás, não lhe é exigida), travará conhecimento com uma personagem extraordinária, mítica, dona de uma vontade indómita e de um coração de ouro – o Sr. Eng. José Sócrates, de seu nome -, o qual, durante quatro anos de dedicação sacrossanta e grande espírito de sacrifício, liderou com especial génio, notável zelo mas, acima de tudo, punho delico-forte o batalhão de bravos que resgataram o país do abismo.
Azar porque, como viajante não muito propenso a confusões e avesso a agitações de ordem social, aperceber-se-à de que aquela gente manhosa, acéfala e aparvalhada, cuja presença e acção tinha servido, até 2005, de tampão à luz, prepara agora com afinco, embora de forma meio atrapalhada segundo os cronistas do SIMplex, um regresso despudorado (a lata, vejam bem), utilizando, para o efeito, uma série de armas desleais. Bombas, mísseis, motins nos aquartelamentos, manobras subterrâneas de índole mercenária, obuzes de morteiro powered by Hamas? Nada disso. Muito pior: «maledicência», «linguagem politicamente paupérrima», «mentira travestida de verdade», populismo e demagogia muito, muito, muito ruins.
O que fazer, interrogar-se-à o forasteiro. Fugir para não ter que assistir ao fim do sonho e ao regresso das sombras? Ficar para ajudar esta gente de bem a liquidar a má gente, que se prepara agora para regressar e lixar o paraíso? Ou, numa insólita terceira via, acreditar que tudo aquilo não passa de retórica «paupérrima», fechar o browser, marcar mesa no Pinóquio e combater a gripe com o recurso à cervejinha? Escolha difícil, esta.
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