Não me lixem
Digam o que disserem, tendo ambos sido eleitos por sufrágio universal, Aznar tem mais de democrata num cabelo do que Hugo Chávez no corpo inteiro. Sim, meus caros, estamos todos carecas de saber que Chávez foi eleito e (bocejo) lidera um país que pertence a um continente outrora subjugado por potências «imperiais» (Espanha e tal). Ocorrem-me duas perguntas. A primeira, no que respeita à forma: a eleição fará dele um democrata? A segunda, no que respeita à moral: os séculos de jugo absolvem-no? A História moderna está repleta de «democratas» que, uma vez no poder, trilharam a via autoritária e totalitária. Chávez é disso um exemplo. O esforço que o homem tem feito para não esconder a forma primária como anda a subverter o sistema democrático, a moldar a Lei a seu proveito, a tomar de assalto as instituições representativas do Estado de Direito, a limitar as entidades responsáveis pelo livre escrutínio público na Venezuela e, por último, a atacar tudo o que seja iniciativa privada com ligações às democracias «burguesas», só pode levantar dúvidas a quem é «lé-lé da cuca» (como diria o Prof. Marcelo). A Venezuela caminha a passos largos para um Estado policial, centralizado, despótico, onde só fala quem está autorizada para tal, liderado por um «índio» que fará tudo para lá ficar até que a morte o remova da cadeira. Não contente com isso, arroga-se no direito de lançar sobre os outros epítetos que lhe pertencem. Perante isto, vêm vocês falar no tom do rei Juan Carlos? Não me lixem.
Etiquetas: Mundo, Política, Relativismos
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