Alameda VPV
"(...)Quanto à paixão de Paulo Portas e dos antifederalistas pela soberania do Estado Português, ela parte de um equívoco: o equívoco de que a soberania nos protege contra a dependência ou a interferência da «Europa». Não protege. Soberania não significa poder e só o poder protege.
No séc. XIX e no princípio deste século, gozando de plena soberania, fomos uma espécie de protectorado da Inglaterra. A Inglaterra entregou o comando do exército português a Wellington e a Beresford e, durante anos, exigiu para o seu embaixador um lugar «ex officio» na regência do Reino, a Inglaterra intrometeu-se sistematicamente na política doméstica portuguesa, a Inglaterra determinou as fronteiras das colónias portuguesas de África e não hesitou em oferecer Angola e uma fatia de Moçambique aos alemães, a Inglaterra definiu os termos do crédito português nos mercados financeiros de Londres e Paris, a Inglaterra negociou a dívida externa portuguesa, a Inglaterra penhorou os rendimentos do Estado Português, a Inglaterra impôs a Portugal a paz, a guerra e a neutralidade consoante a sua estratégia e o seu proveito. A Inglaterra só nos deixou em paz, quando já não lhe servíamos para nada.(...)
Com ou sem soberania formal do Estado-Nação, com ou sem federalismos, os grandes mandam nos pequenos, os fortes nos fracos e os ricos nos pobres.(...)"
Vasco Pulido Valente
(via Mão Invisível)
No séc. XIX e no princípio deste século, gozando de plena soberania, fomos uma espécie de protectorado da Inglaterra. A Inglaterra entregou o comando do exército português a Wellington e a Beresford e, durante anos, exigiu para o seu embaixador um lugar «ex officio» na regência do Reino, a Inglaterra intrometeu-se sistematicamente na política doméstica portuguesa, a Inglaterra determinou as fronteiras das colónias portuguesas de África e não hesitou em oferecer Angola e uma fatia de Moçambique aos alemães, a Inglaterra definiu os termos do crédito português nos mercados financeiros de Londres e Paris, a Inglaterra negociou a dívida externa portuguesa, a Inglaterra penhorou os rendimentos do Estado Português, a Inglaterra impôs a Portugal a paz, a guerra e a neutralidade consoante a sua estratégia e o seu proveito. A Inglaterra só nos deixou em paz, quando já não lhe servíamos para nada.(...)
Com ou sem soberania formal do Estado-Nação, com ou sem federalismos, os grandes mandam nos pequenos, os fortes nos fracos e os ricos nos pobres.(...)"
Vasco Pulido Valente
(via Mão Invisível)
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