Ec= 1/2 mv2
Sabeis, certamente, que a fórmula em epígrafe diz respeito a uma coisa chamada “energia cinética”. Não sabeis, talvez, da utilidade da dita aplicada ao quotidiano. Por exemplo, no campo da motricidade e mobilidade humanas. Atentemos no caso dos gordos, ou dos indivíduos com tendência a «pôr quilos» (expressão assaz conhecida e difundida em zootecnia), e tentemos, munidos da milagrosa fórmula, dotar os conhecimentos emanados da experiência vulgar e não metódica, de uma reserva cientifica mínima.
Do exercício se conclui, logo à partida, que, quando em esforço, a energia cinética libertada por esses corpos pré-danone não pode ser desvalorizada. Desde logo porque, em situações extremas (por exemplo, num sprint de 30 metros), a carga de energia libertada é altíssima, não alheia a todo um bufar e um arfar que nos remetem, regra geral, para a imagem de uma máquina a vapor sob pressão, de onde saltam já parafusos, anilhas e juntas, tal é a necessidade de libertar toda uma carga energética a caminho do sobrenatural.
Recorrendo, então, à fórmula, interessa saber qual das variáveis mais contribui para tal resultado: se a massa (m), se a velocidade (v). É aqui que a observação nos permite concluir, de forma clara e precisa, que a massa, para tais criaturas, é tudo. Só com elevados índices de massa (m) tais indivíduos almejam libertar/produzir elevados níveis de energia, o que, por outro lado, os acaba por iludir sobre uma hipotética, embora na verdade patética, performance «de se lhe tirar o chapéu». Tais indivíduos nem sequer se dão conta de que, aos outros – silhueta fina, barriga flat, modos aristocráticos - lhes basta tirar partido da velocidade (v) de forma prazenteiramente controlada e, diria mesmo, desinteressada - beneficiada que está, aquela variável, de um expoente. E o expoente, aqui, não se limita a indicar a potência a que esta variável se encontra elevada, mas também, e sobretudo, a «importância» da dita variável na equação. Na prática, significa isto: facilmente os magros suplantam os gordos em sede de energia cinética, uma vez que dispõem de uma notável capacidade motriz, aliada a um nobre e elegante porte atlético, que lhes permite inclusivamente, no decorrer da função, adoptar um olhar blasé à medida que observam, olhando para trás, o ar esforçado de quem bufa energia por todos os poros.
O problema é que certos gordos insistem em não perceber que a camada adiposa de que se deixaram cercar - por via de comportamentos alimentares erráticos e socialmente tortuosos - lhes colhe, na prática, o discernimento bastante para avaliar que qualquer aceleração detroncos, perdão, de pernas está fatalmente comprometida quando encimadas por um elemento que manda a brejeirice chamar de «cagueiro» (também conhecido por «bunda» descomunal). É, pois, com base nesta ilusão que «certos e determinados» indivíduos fortes (eufemismo amiúde utilizado) se julgam príncipes nas pistas de atletismo da vida (Ah leão!, que imagem tão bonita!)
PS: meu caro Tulius: 1.º) não sei onde foste buscar essa ideia de que eu tenho um Porsche; 2.º) escolhi a da energia cinética por mero acaso...; 3.º) O Magritte sabia-a toda.
Do exercício se conclui, logo à partida, que, quando em esforço, a energia cinética libertada por esses corpos pré-danone não pode ser desvalorizada. Desde logo porque, em situações extremas (por exemplo, num sprint de 30 metros), a carga de energia libertada é altíssima, não alheia a todo um bufar e um arfar que nos remetem, regra geral, para a imagem de uma máquina a vapor sob pressão, de onde saltam já parafusos, anilhas e juntas, tal é a necessidade de libertar toda uma carga energética a caminho do sobrenatural.
Recorrendo, então, à fórmula, interessa saber qual das variáveis mais contribui para tal resultado: se a massa (m), se a velocidade (v). É aqui que a observação nos permite concluir, de forma clara e precisa, que a massa, para tais criaturas, é tudo. Só com elevados índices de massa (m) tais indivíduos almejam libertar/produzir elevados níveis de energia, o que, por outro lado, os acaba por iludir sobre uma hipotética, embora na verdade patética, performance «de se lhe tirar o chapéu». Tais indivíduos nem sequer se dão conta de que, aos outros – silhueta fina, barriga flat, modos aristocráticos - lhes basta tirar partido da velocidade (v) de forma prazenteiramente controlada e, diria mesmo, desinteressada - beneficiada que está, aquela variável, de um expoente. E o expoente, aqui, não se limita a indicar a potência a que esta variável se encontra elevada, mas também, e sobretudo, a «importância» da dita variável na equação. Na prática, significa isto: facilmente os magros suplantam os gordos em sede de energia cinética, uma vez que dispõem de uma notável capacidade motriz, aliada a um nobre e elegante porte atlético, que lhes permite inclusivamente, no decorrer da função, adoptar um olhar blasé à medida que observam, olhando para trás, o ar esforçado de quem bufa energia por todos os poros.
O problema é que certos gordos insistem em não perceber que a camada adiposa de que se deixaram cercar - por via de comportamentos alimentares erráticos e socialmente tortuosos - lhes colhe, na prática, o discernimento bastante para avaliar que qualquer aceleração de
PS: meu caro Tulius: 1.º) não sei onde foste buscar essa ideia de que eu tenho um Porsche; 2.º) escolhi a da energia cinética por mero acaso...; 3.º) O Magritte sabia-a toda.
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