O MacGuffin: EPC sobre VPV e vice-versa

quarta-feira, abril 13, 2005

EPC sobre VPV e vice-versa

No seu Fio do Horizonte, Eduardo Prado Coelho resolveu mandar uma farpa a Vasco Pulido Valente, recorrendo ao velho queixume do “só diz mal”:

”Há crónicas de todos os géneros e feitios. Umas são comentários políticos. Outras têm uma dimensão panfletária. Algumas evocam aspectos da vida pessoal. Outras especializam-se, como Vasco Pulido Valente, em dizer mal de tudo e espalhar um ácido corrosivo sobre toda a realidade.(…)”

A melhor resposta a Eduardo Prado Coelho, escreveu-a Vasco Pulido Valente há cerca de trinta anos, numa publicação chamada O Cinéfilo. Tomem nota:

“O caso dele é, aliás, dos mais interessantes. Eu, por exemplo, nunca consegui decidir se o Eduardo escreve má prosa analítica ou má poesia confessional. Do arrebatamento lírico ao embrulhado comentário erudito, da dedicatória inflamada à citação sábia, passa por todos os registos em menos de meia página. A mim, isso levantou-me sempre insuperáveis problemas de leitura. A imprecisão e a verborreia do Eduardo-crítico não constituiriam precisamente a economia e a eficácia do Eduardo-poeta? E vice-versa? Não me desentenderia eu com um deles por pura incapacidade de apreciar o outro?”

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